O Guarda-Redes Moderno
Dadas as adversidades impostas pela calendarização e pelas lesões, Bizarro não tem tido margem para implementar o seu ADN no modelo de jogo. Tentámos aliviar essa carga emocional, e puxámos ao lado mais tático do agora treinador e questionámo-lo sobre o que deve ser um guarda-redes moderno, começando, claro, no jogo de pé, algo emergente- «hoje em dia é importantíssimo. Repare que 70% da minha carreira foi passada sem ter que jogar com os pés, só comecei a jogar mais com os pés com 26,27 anos».
Passamos para o posicionamento ofensivo de um guarda-redes: «hoje em dia, um guarda-redes é mais um jogador do onze, tanto no processo defensivo como ofensivo», acrescentando, porém, outro aspecto fundamental, e que se prende com o físico – «eu era alto para a posição, mas se jogasse hoje em dia, era baixo e esse fator, juntamente com o fator pés, é fundamental».
Perante tamanhas diferenças, da década de 90 para a de hoje em dia poderia tornar-se difícil encontrar o melhor na posição que foi de Bizarro, mas há lendas intemporais, que se adaptam ao que o contexto lhes traz, como Buffon, o melhor guarda-redes do mundo para Bizarro, a par de Manuel Neuer.
A nível nacional, Bizarro também não tem dúvidas- «Rui Patrício!».