Sérgio Conceição: «Ter contrato com o FC Porto não basta, é preciso jogar à Porto»

    Sérgio Conceição analisou o próximo adversário, Casa Pia AC. O técnico do FC Porto falou das dificuldades perante o GD Estoril-Praia.

    Sérgio Conceição esteve presente na conferência de imprensa de antevisão ao duelo entre o FC Porto e o Casa Pia AC, que decorre este sábado às 20h30 O técnico dos dragões começou por analisar a equipa do Casa Pia:

    «Esperamos o que o Casa Pia tem sido esta época: uma equipa com poucos golos sofridos que sabe o que faz defensivamente com uma linha de cinco, um setor intermédio composto por quatro com os alas a baixarem na linha do duplo pivot e um avançado poderoso na frente. É verdade que o Pedro Moreira privilegiava o 4-2-3-1 e 4-4-2 no Torreense. Agora pegou na equipa dentro da dinâmica que tinha. É também uma equipa vertical e incisa ofensivamente. É um jogo difícil».

    Sérgio Conceição foi questionado sobre uma sessão dupla de treino após a derrota e o castigo aos jogadores, porém não gostou da pergunta:

    «Vocês não querem saber porque é que o FC Porto perdeu com o Estoril (estratégia definida, o que foi pedido aos jogadores). Estou saturado disto, castigos, sessão bidiária. É tudo muito básico. Amanhã é o jogo 500 na Liga que faço. Não falam de futebol. Tem a ver com o pouco tempo de preparação que temos e com a dissecação do último jogo».

    O técnico do FC Porto falou sobre as dificuldades contra o Estoril:

    «Temos de olhar para os jogos com o Estoril e para aquilo que fizemos de bom e de menos bom. Temos de juntar algumas coisas que fizemos no primeiro jogo, no Dragão, no processo ofensivo, em que criámos situações para chegar ao intervalo com o jogo resolvido, e da falta de competência nalguns momentos em organização defensiva, com a preparação do próximo jogo com o Estoril, da Taça. Tenho convicção plena de que não era preciso perder este jogo para perceber o que não fizemos e devemos fazer para ganhar de uma forma tranquila ao Estoril. Se fizermos o que planeamos a nível de qualidade, no plano individual que somos superiores, temos tudo para ganhar o jogo. Esse trabalho foi feito».

    Sérgio Conceição abordou o jogar à FC Porto e o que é necessário para triunfar:

    «Estou a atacar-me a mim. Ter contrato com o FC Porto não basta. É preciso sentir o clube, como disse muitas vezes. Falando dos jogadores, ter contrato com o FC Porto não basta. É preciso jogar à FC Porto. E o que é jogar à FC Porto? É essa mentalidade, uma ambição muito grande, super focados nas tarefas individuais ao serviço do coletivo. Isto é ser jogador à FC Porto. Para todos os outros que compõem os vários departamentos, incluindo a equipa técnica e o treinador em primeiro lugar, não basta ter contrato, é preciso sentir o clube. É isto».

    Sérgio Conceição falou também sobre os poucos minutos de Iván Jaime e Fran Navarro:

    «Iván Jaime esteve dois meses parado, não posso treiná-lo no departamento médico. Quando temos sessões de vídeo e análise do adversário eles estão presentes e isso é aprendizagem e treino também. No campo fica mais difícil. Temos cinco avançados, e dentro do que são os nossos processos é normal que jogadores com o Fran não tenham tantos minutos. Se os vamos buscar é porque achamos que têm qualidade e que nos podem ajudar».

    Além de Sérgio Conceição dizer que João Mário está fora e Alan Varela fez treino condicionado, o técnico dos dragões foi questionado sobre o que falta para transferir os treinos para os jogos:

    «O facto de ter gente jovem… Não me quero justificar com isso, porque temos uma equipa B competente, o Folha está a fazer um trabalho espetacular. Temos jogadores da equipa principal que vieram da B, e entro em contradição. Mas a nossa equipa, no último jogo, essa solidez consegue-se se os microciclos derem tempo para recuperar os jogadores que têm mais minutos. Meter um outro jogador, momentaneamente, numa equipa rotinada, com os processos bem oleados é diferente do que meter três ou quatro e pedir que façam o mesmo que aqueles que têm mais minutos. Essa evolução, por vezes, é difícil, e tropeça-se aqui e acolá. Não é que queiramos, a azia é grande, como devem compreender, mas acontece. Temos de olhar para isso de forma direta, sem camuflar nada».

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    Diogo Lagos Reis
    Diogo Lagos Reishttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto lhe corre nas veias. Foi jogador de futsal, futebol e mais tarde tornou-se um dos poucos atletas de Futebol Freestyle, alcançando oficialmente o Top 8 de Portugal. Depois de ter estudado na Universidade Católica e tirado mestrado em Barcelona, o Diogo está a seguir uma carreira na área do jornalismo desportivo, sendo o futebol a sua verdadeira paixão.