Finalizada esta perspetiva da tecnologia no desporto, que é também a mais difundida, falta agora falar daquele lado tecnológico que já está presente no futebol há bem mais tempo e não é tão conhecido pelo adepto comum.
Os clubes de futebol cada vez mais sentiam a necessidade de compactar todas as informações da performance desportiva de cada jogador numa base de dados, de forma a ser mais fácil a sua consulta pela equipa técnica. Assim, os clubes olhavam para a tecnologia disponível no mercado como uma ferramenta útil para essa análise mais profunda.
Se no campo da arbitragem a tecnologia demorou a chegar, no futebol fora de campo e em treino, a tecnologia chegava bem cedo, pela mão dos clubes mais poderosos que investiam grandes quantidades de dinheiro nas empresas tecnológicas mais conhecidas, de forma a tirar o maior partido da tecnologia em prol da performance desportiva do clube.
Hoje em dia, os clubes conseguem reunir uma quantidade absurda de dados sobre os jogadores: desde as horas que dormem, à quantidade de quilómetros percorridos, os batimentos médios cardíacos, a taxa de acerto de passes de um jogador por jogo, etc: todas aquelas dificuldades que muitos treinadores sentiam no século passado em relação à performance individual de um jogador ou mesmo em estudar um adversário acabou, com esta nova tecnologia.
Se há coisa que estas inovações trouxeram aos treinadores de hoje foi a oportunidade de maximização da performance dos jogadores: com toda esta presença assídua da tecnologia no dia-a-dia do clube, é possível integrar, dentro da própria equipa técnica, pessoas ligadas ao ramo tecnológico e que fazem a ponte entre a tecnologia e o treinador – são os chamados analistas de dados.