BnR na Web Summit 2018: Villas Boas alemão, um Benfica tecnológico e o FM da vida real

    A Web Summit regressou a Lisboa e desta vez o Bola na Rede esteve lá. Realizada na capital portuguesa desde 2016, a maior conferência de tecnologia do mundo trouxe a palco – mais uma vez – grandes nomes do desporto nacional e internacional. No dia dedicado ao Desporto, com a sessão Sports Trade, foram várias as caras conhecidas a intervir.

    A primeira foi mesmo uma que já não víamos há algum tempo: André Villas Boas regressou a Portugal para explicar como teve tanto sucesso como jovem treinador não tendo sido jogador. A resposta ficou implícita, mas passou despercebida perante outras declarações do ex-treinador do FC Porto.

    O foco acabou por ser direcionado para os seus talentos. Do sonho de vencer o Rally Dakar, em que participou este ano, até à atração que tem pelo Japão, o destaque vai para a sua aprendizagem da língua alemã. “É um mercado que me interessa e é importante conhecer a língua. Quando estive na Rússia e na China não o fiz, mas acho que é importante”. Teremos Bundesliga à vista?

    André Villas Boas regressou a Portugal, com os olhos… na Alemanha?
    Fonte: Bola na Rede

    Abandonou Portugal há já sete anos, tendo seguido com passagens por ligas de topo e mercados mais exóticos, mesmo com tão tenra idade. Por isso mesmo continua a ser um personagem interessante. Tanto que o seguimos e fomos dar a outro mundo. E se lhe disséssemos que o Football Manager não se trata de um video-jogo, mas sim de vida real?

    Descobrimos isso na banca da FootballISM, acompanhados do treinador português. De que se trata? De um software em tudo semelhante ao famoso simulador de futebol, mas que é bem real. Criado a partir de várias experiências na Academia de Alcochete, o FootballISM pretende ser a maior ferramenta de gestão futebolística, feita para os clubes. Atributos não lhe falta:

    Da monitorização nutricional dos jogadores, à programação dos treinos, passando até pelo agendamento de transportes de todos os atletas, o FootballISM agrega os mais variados patamares de gestão da modalidade. Para Carlos Valentim, product manager do projeto, é essa polivalência que valoriza o software face aos demais e que tem valido boas críticas: “Por enquanto trabalhamos com o Sporting e com mais alguns clubes portugueses. Temos clientes em África, na Europa, mas não podemos falar ainda muito, por ser uma fase inicial”.

    O futuro da gestão desportiva num stand, com o presente dessa gestão mesmo ali ao lado: no palco do Sports Trade falavam Domingos Soares de Oliveira, CEO do SL Benfica, Pedro Marques, diretor-técnico do Caixa Futebol Campus, e a grande figura do painel, Luisão, o eterno capitão encarnado. O tema apresentava-se como “As tecnologias como forma de potenciar o talento dos futebolistas”. Sobre isto, Luisão não tem dúvidas: “Nos últimos dez anos, a tecnologia evoluiu muito rápido no futebol. Ajudou-me a responder a três perguntas: onde preciso melhorar, porque preciso melhorar e como posso melhorar”.

    Ainda que no início alguns jogadores tenham mostrado alguma resistência quanto à adesão de novas tecnologias de monitorização dos atletas por parte do clube da Luz, o brasileiro diz que neste momento o auxílio da tecnologia pode até tornar-se num bom vício: “Eu depois percebi que aquilo era útil. Sempre que acabava um jogo recebia os meus dados e começava logo a pensar no próximo encontro”.

    Um painel com chama imensa no Sports Trade da Web Summit 2018
    Fonte: Bola na Rede

    Uma evolução que foi muito rápida e que Domingos Soares de Oliveira resume usando o ponto de partida do defesa brasileiro em Portugal: “Quando o Luisão chegou ao Benfica, não havia nada disto. Com o passar dos anos houve um grande investimento e hoje até conseguimos analisar o sono dos nossos jogadores através de um relógio”.

    Um futuro que parece distante, mas que está mesmo aqui ao lado. Dos relógios do sono, passando pelo vídeo-árbitro, até aos softwares que gerem a alimentação dos jogadores, o futebol parece cada vez mais um vídeo-jogo, mas dos bons. Que assim continue. Por este andar, alguém consegue imaginar como será o desporto-rei quando a Web Summit abandonar Portugal, em 2028?

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