A meio da temporada, os clubes têm a oportunidade para combater lacunas existentes nos plantéis – ou pelo menos era isso que deveria acontecer. E foi no último período de transferências que o Sporting Clube de Portugal reforçou o seu ataque, contratando Luiz Phellype – o melhor marcador (na altura) da Segunda Liga Portuguesa. O avançado brasileiro, proveniente do FC Paços de Ferreira, contava com nove golos marcados em quinze partidas realizadas ao serviço dos castores, registo que ainda o deixa no top dez dos melhores marcadores da Segunda Liga.
A disputar um lugar no onze leonino, o ex-pacense tinha a tarefa complicadíssima de concorrer com Bas Dost. E todos sabemos a preponderância que tem o holandês nas manobras ofensivas dos leões, tendo sido o melhor marcador dos leões nas últimas temporadas.
Numa primeira fase, Luiz Phellype foi aproveitando os poucos minutos que lhe foram dados para mostrar aos sportinguistas e a Marcel Keizer as suas qualidades. Com as limitações físicas de Bas Dost, o avançado brasileiro foi ganhando algum protagonismo até conseguir assegurar o seu lugar no onze leonino.
Ao serviço do Sporting CP, o avançado brasileiro esteve onze jogos sem conseguir faturar, causando alguma falta de confiança. E foi na deslocação ao terreno do Desportivo de Chaves que se estreou a marcar de leão ao peito, e logo por duas vezes. No primeiro golo, o avançado que enverga a camisola número vinte e nove dos leões, acabou mesmo por chorar de emoção, numa demonstração de “alívio” e alegria.
Pois bem, como se diz na gíria: só custa o primeiro. E foi exatamente no jogo da estreia a marcar que conseguiu chegar ao segundo golo. No entanto, a história prosseguiu para os restantes jogos do campeonato. Depois da partida em Chaves, Luiz Phellype realizou mais dois encontros para o campeonato, onde deixou a sua marca com um golo marcado em cada jogo. Em nove jogos realizados até ao momento na Primeira Liga, o ex-Paços de Ferreira marcou quatro golos.
Com a fase positiva do atual titular no ataque dos leões, a comparação com Bas Dost intensifica-se. Para mim, não há dois jogadores iguais, apesar de jogarem na mesma posição. Um é mais letal na área (como demonstrou noutras temporadas), o outro é mais “lutador” e procura ser o primeiro defesa no momento sem bola. Considero os dois bons jogadores e importantes para a estratégia montada pelo mister Marcel Keizer. Apesar desta temporada ter sido a menos positiva para Bas Dost, não nos podemos esquecer da sua preponderância nas temporadas anteriores. No entanto, penso que se deve aproveitar a boa fase do brasileiro e continuar a dar-lhe confiança, por acreditar que na próxima temporada se irá afirmar e ser uma mais-valia para a equipa leonina.
Foto de Capa: Sporting CP
artigo revisto por: Ana Ferreira