Sevilla FC 1-1 (4-1 g. p.) AS Roma: Rojiblancos conquistam Liga Europa pela sétima vez

    A CRÓNICA: SEVILLA FC VENCE MAIS UM (ENFADONHO) EPISÓDIO DE “AS FINAIS NÃO SE JOGAM, GANHAM-SE”

    A Liga Europa tem-se tornado, nos últimos anos, uma competição ainda mais equilibrada, e vencê-la não é tarefa nada fácil. Na esgotada Puskás Arena, em terras húngaras, entraram em campo o Sevilla FC, dono e senhor da competição (nunca perdeu uma final da Liga Europa), e a AS Roma, orientada pelo português José Mourinho, que somava, à entrada para este jogo, cinco vitórias em cinco finais europeias, nunca perdendo, portanto, qualquer final de uma competição continental. Uma coisa era certa: no final do jogo, um dos ’nuncas’ teria o seu fim.

    Durante a primeira metade do encontro, o espetáculo nas bancadas ia contrastando com o futebol algo enfadonho a que se assistia. Tanto Mourinho como Mendilibar preparam uma estratégia extremamente cautelosa. Num jogo com duas equipas mais preocupadas em não sofrer do que em marcar, os primeiros 45 minutos tiveram mais momentos de protesto para com as decisões de Anthony Taylor do que verdadeiras oportunidades de golo. Ainda assim, depois de um aviso de Spinazzola aos 11’ (boa defesa de Bounou), o golo romano surgiu aos 35’. Perda de bola de Rakitic, passe de Mancini e finalização certeira de Paulo Dybala. La Joya, que até só tinha feito 14´ nas meias-finais contra o Bayer Leverkusen, voltou a levar ao delírio milhares de adeptos dos giallorossi

    Até ao final da primeira parte, os espanhóis ainda avisaram Rui Patrício por duas vezes. Primeiro Fernando, de cabeça, aos 43´, e depois Rakitic, aos 45+6’, com um remate fortíssimo ao poste.

    À saída para os balneários, era José Mourinho quem tinha mais razões para sorrir.

    O plano do técnico português para a segunda parte pareceu claro: dar a bola ao Sevilla FC e defender com todos, tal como já tinha acontecido em Leverkusen, nas meias-finais. No entanto, a estratégia não durou muito tempo, já que Mancini, aos 55’, e após um cruzamento de Jesús Navas, introduziu a bola na própria baliza. Nos minutos que se seguiram, os giallorossi voltaram a aproximar-se da baliza de Bounou e até poderiam ter marcado aos 67’, mas Roger Ibañez errou o alvo depois de uma confusão na grande área. 

    No meio de um jogo que ia fazendo lembrar o futebol do início do século, os “ares da modernidade” apareceram aos 76’: Anthony Taylor ainda marcou uma grande penalidade a favor do Sevilla FC, mas após aviso do VAR, o árbitro inglês anulou (e bem) a sua decisão inicial.

    Até ao final, a história do jogo resumiu-se a dois lances: remate de Bellotti para boa defesa de Bounou, após bola parada estudada por parte da AS Roma, e um remate ao lado de Fernando no último suspiro do encontro. 90 minutos depois, tudo empatado.

    No prolongamento, a história (neste caso, falta dela) voltou a repetir-se. Muita cautela, poucas oportunidades e vários jogadores acusaram o cansaço. Só as bolas paradas permitiram aos adeptos sonhar com um golo. Sem grande surpresa, o jogo seguiu para as grandes penalidades. Aí, o herói foi Bounou e o desfecho voltou a ser “o de sempre”. Lucas Ocampos, Erik Lamela, Rakitic e Montiel marcaram para o Sevilla FC, enquanto que Mancini e Ibañez, ao contrário de Bryan Cristante, não conseguiram bater o guardião marroquino.

    A FIGURA

    Bounou – Num jogo com pouca nota artística, o prémio de ‘Figura do Jogo’ tem de ser dado a Bounou. Inspirou-se em Beto, herói da final de 2013/2014, e defendeu uma das grandes penalidades. Ao longo dos 120’ mostrou-se sempre atento.

    O FORA DE JOGO

    As duas equipas – O espetáculo foi para lá de medíocre como tem sido habitual em finais europeias, infelizmente. Ainda que no final de tudo o importante seja a vitória, jogos destes em nada favorecem o futebol. O Sevilla FC acabou por ser a “menos má”.

    Rescaldo da opinião de Carlos Pedro.

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