Apaixonei-me por isto e a culpa é tua

    Entretanto cresceu, começou a dar importância, igualmente, a outras coisas. As cartas de amor, pintadas a batom, já não eram amassadas para servir de bolas de futebol. O gosto musical foi-se diversificando para lá de Limp Bizkits, Eminems e Linkin Parks, os filmes que via deixaram de ser só sobre bonecos e/ou bola e até encontrava mensagens filosóficas dentro dos que passou a ver.

    Passou a ser mais completo, a diversificar o conhecimento, a ter mais amores, mas nunca se divorciou do principal, mesmo sabendo que não podia jogar mais em competição de alto nível e que o sonho de criança não podia ser concretizado. Então estudou o fenómeno, a teoria depois da prática, e tropeçou na sabedoria de frases como “Durante um jogo, está provado que um jogador tem a bola nos pés durante três minutos. Portanto, o mais importante é o que ele vai fazer durante os 87 minutos que passa sem ela. É isso que vai demonstrar quão bom ele é” ou “Jogar futebol é muito simples, mas jogar futebol simples é das coisas mais difíceis que existem”. As sub-raízes do futebol total, começado por Rinus Michels.

    O redator deste texto, mais tarde, começou a escrever. Primeiro sobre outras coisas; depois, sobre futebol. Falou dos catalisadores da sua paixão, mas nunca sobre quem os influenciou. Sobre quem tinha sido o verdadeiro responsável pelo vício, pelo amor, pela paixão.

    Quando era mais novo, o redator deste texto não sabia, mas, sem um senhor chamado Johan Cruyff, provavelmente, a magnitude da sua paixão para com o futebol não teria conhecido a escala que conheceu.

    Nunca lhe agradeceu, e já não vai a tempo. Mas pode sempre deixar a sua homenagem.

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