ITÁLIA
A Itália sempre foi – sem nunca deixar de ser – a prova viva da supremacia do colectivo em relação ao indivíduo; o melhor exemplo daquilo que o grupo, coeso e solidário, pode alcançar, mesmo que órfão de um puro talento à escala universal. A actual Squadra Azzurra, cumprindo fielmente os preceitos das suas antecessoras, chegava a esta fase repartindo o favoritismo à vitória (no jogo e na competição), depois de uma excelente exibição – talvez o jogo mais bem conseguido por qualquer das equipas em toda a prova – e um triunfo que arremessou para fora de cena a bicampeã Espanha.
Antonio Conte tem mérito ao conseguir aliar, neste grupo, a identidade histórica do futebol italiano à qualidade irreverente de um lote de jogadores tecnicamente evoluídos. Sem alterar (ou hesitar) um milímetro, o técnico transalpino manteve-se fiel às suas escolhas, tanto na forma como no conteúdo, conseguindo colocar a sua equipa a pautar o ritmo, durante toda a 1.ª parte, com mais bola e circulação e, sobretudo, com profundidade pelas alas por onde se fariam as aproximações mais perigosas junto de qualquer das balizas. O jogo decorreu morno, sem serem tomados riscos comprometedores, e, com naturalidade, foi a Itália a ter a melhor, e única, grande ocasião de golo na 1.ª parte: aos 43 minutos, Giaccherini beneficiou de (raríssimo) tempo e espaço, já na área alemã, descobrindo Sturaro, que, enchendo o pé, viu o golo ser-lhe negado por um desvio ligeiro e providencial de Boateng.
Na 2.ª parte, e sem surpresas, as dificuldades aumentaram. A Alemanha surgiu mais pressionante, obrigando as linhas italianas a recuar. O jogo endureceu e o tão temido (e proibitivo) erro acabou mesmo por surgir, permitindo a Mesut Ozil inaugurar o marcador. Foi difícil reagir. A Itália chegou a parecer rendida, derrotada, tal a superioridade alemã e, principalmente, a incapacidade demonstrada perante a desvantagem. No entanto, aconteceu um milagre: um penálti, caído do céu, por mão de Boateng dentro da área. Aos 78 minutos, Bonnucci empatou dos “onze” metros e levou o jogo para prolongamento – onde a equipa se manteve contida, deixando o tempo rolar. No penáltis, os nervos atraiçoaram os especialistas – e até Zaza, entrado aos 120’ com o exclusivo objectivo de marcar o seu penálti, falhou, atirando para as nuvens.
Classificação dos Jogadores:
Buffon – 6
Chiellini – 7
Barzagli – 7
Bonucci – 7
Sciglio – 6
Sturaro – 6
Florenzi – 6
Parolo – 6
Giaccherini – 6
Pelle – 6
Eder – 6
Darmian – 5
Insigne – 6
Zaza – Sem tempo