Análise do Grupo C | Euro 2020

    PAÍSES BAIXOS

    A SELEÇÃO

    A favorita do grupo e a que se mostra com nomes mais conhecidos no espetro internacional. Conta não só com jogadores mais experientes nos grandes palcos europeus, mas também com várias revelações de quem se esperam grandes “voos”. A grande ausência é Virgil Van Dijk por lesão, sendo que para além de ser o capitão habitual da seleção é também o jogador chave na defesa e na equipa.

    A Holanda foi uma das principais ausentes do último Europeu, criando espanto naqueles que a tinham como presença assídua e uma das grandes seleções mundiais. No entanto para este ano, a “Laranja-Mecânica” não mostrou sinais de querer repetir o falhanço e qualificou-se com alguma facilidade, mesmo tendo ficado atrás da Alemanha no seu grupo de qualificação.

    A ESTRELA

    Memphis Depay – A Holanda tem vários nomes que poderiam aqui constar, mas optei por Depay. Um jogador pouco unânime na hora de elogiar e que, por vezes, consegue ser inconstante, para tal basta olhar para a sua passagem pelo Manchester United FC.

    No entanto, os seus números esta época são a imagem das suas melhores épocas, com 22 golos marcados em 40 jogos realizados pelo Olympique Lyonnais. É um jogador em final de contrato e que terá o EURO 2020 como grande montra para os clubes interessados.

    Depay terá como grande missão levar a seleção holandesa aos golos, pois mesmo não sendo ele um ponta de lança, é nas suas características que tem passado o futebol ofensivo da seleção.

    A REVELAÇÃO

    Ryan Gravenberch – A seleção holandesa sempre nos habituou a ver jogadores jovens a serem convocados, muito devido à Liga Holandesa ser uma competição onde essa aposta é feita. Este ano o caso não é diferente, sendo que seis dos convocados possuem menos de 23 anos. No entanto tendo eu de escolher apenas um, a minha decisão recaiu sobre Gravenberch.

    O jovem holandês de 19 anos é o jogador mais novo da convocatória, no entanto é um elemento capaz de trazer qualidade e irreverência à seleção holandesa. Esta foi a sua terceira época na equipa principal do AFC Ajax, sendo que realizou 47 jogos, nos quais marcou cinco golos.

    Ainda pode representar a Holanda na equipa de sub-21, mas já representou a seleção principal por quatro vezes, três delas na qualificação para o Campeonato do Mundo.

    O SELECIONADOR

    Frank de Boer é o atual selecionador holandês e o responsável pelo treino e jogo da “laranja-mecânica”. O antigo defesa do AFC Ajax e do FC Barcelona tem agora a sua segunda passagem pela equipa técnica da seleção da Holanda, sendo que de 2008 a 2011 foi treinador-adjunto.

    Desta vez com mais experiência a nível de treinador (sendo que já passou pelo FC Internazionale Milano, Atlanta United FC, Crystal Palace FC e com títulos no AFC Ajax), irá procurar levar esta seleção holandesa a resultados positivos e a tentar relembrar velhos tempos dourados.

    ATÉ ONDE PODEM IR?

    Apesar da sua ausência no último Campeonato da Europa, a Holanda é uma seleção com história na competição, sendo que já conquistou em 1988, perante a União Soviética. Também já chegou às meias-finais por quatro vezes, sendo que uma delas foi em 2004 contra Portugal, onde Maniche envia a seleção holandesa para casa com um golaço da esquina da área.

    Penso ser unânime quando digo que esta seleção da Holanda se encontra muitos “furos” abaixo das seleções passadas que disputaram meias-finais e finais do Euro e do Mundial, no entanto é um conjunto de jogadores interessantes e capazes de surpreender. É a favorita a vencer o grupo e a passar em primeiro, mas acredito que venha a ter dificuldades nas fases a eliminar, sendo capaz de passar a primeira, dependendo da equipa que enfrentar. Veremos se é uma Holanda que consegue surpreender todos e ganhar de novo o rumo da vitória nas grandes competições.

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    João Maravilha
    João Maravilhahttp://www.bolanarede.pt
    Pós graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, é no desporto que possui um dos maiores amores, com especial atenção ao futebol. Ávido adepto da Primeira Liga nacional, mas é na Premier League que encontra o futebol que mais ama e assiste.Tem como grande objetivo singrar no mundo do jornalismo desportivo.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.