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França 2-1 Roménia: O individual venceu o colectivo

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Cabeçalho Futebol Internacional

ROMÉNIA

Fonte: UEFA
Fonte: UEFA

Uma equipa sem grandes valores individuais que não encontre outros caminhos está condenada ao fracasso. Consciente disso mesmo, o seleccionador Anghel Iordanescu montou um conjunto muitíssimo aguerrido, que compensa com disponibilidade física e mental aquilo que lhe falta em qualidade técnica. Ainda assim, a Roménia está longe de ser uma equipa frágil. Muito organizados e serenos, os tricolorii souberam contrariar o poderio francês mas não se remeteram apenas à defesa, nunca abdicando de jogar no campo todo. Resultado: a equipa não foi “sufocada” por um adversário superior, criou algumas ocasiões de golo, conseguiu chegar ao empate depois de a França ter marcado e esteve a pouco mais de dois minutos de arrancar um ponto – algo que nem seria injusto.

Com o hábil Chiriches a comandar a defesa (primeira parte de excelente nível), Grigore, o outro central, começou um pouco mais intranquilo mas depressa se recompôs. Nas laterais, Rat e o ex-portista Sapunaru privilegiaram sempre a segurança defensiva, não tendo contudo deixado de apoiar o ataque. O meio-campo romeno foi, no entanto, a chave para a boa exibição da equipa de leste. Pintili e Hoban, dois pivots com pouquíssima propensão ofensiva mas muito competentes a destruir, estiveram à altura do temível meio-campo gaulês. Nem a defesa nem o sector intermediário romenos se deixaram suplantar pelo dinamismo posicional dos da casa, que poderia ter baralhado as marcações.

Já o ataque foi o sector menos brilhante – o que não é de estranhar, visto que é mais fácil defender do que criar jogo. Além disso, do outro lado estava um excelente adversário com quem, é bom recordar, Portugal perdeu por duas vezes no último ano e meio (2-1 fora e 0-1 em casa). Com Adrian Popa e Bogdan Stancu a tentarem, sem grande êxito, fazer transições rápidas que expusessem a França, o ponta-de-lança Andone foi praticamente “engolido” pelos centrais. Nicolae Stanciu, jovem craque do Steaua, jogou como médio ofensivo, teve pouca bola mas mostrou alguma qualidade e conseguiu cavar um penálti.

Apetece perguntar: e se Stancu tivesse feito golo logo aos 5’, na ocasião mais flagrante da Roménia em toda a partida? Ninguém poderá dizê-lo mas, face à boa organização defensiva da equipa do leste europeu ao longo de toda a partida, adivinhar-se-iam ainda maiores dificuldades para a França. A Roménia vendeu cara a derrota – o empate, como já se disse, não seria injusto – e deixou, neste primeiro jogo, uma imagem claramente positiva. Porém, defrontados os favoritos, agora começa outro torneio. Conseguirá a equipa de Iordanescu levar de vencida a Suíça e a Albânia, tendo para isso de adoptar uma atitude mais dominadora? É bem possível, porque uma equipa que estende o seu jogo para o meio-campo de França pode superiorizar-se selecções menos temíveis. Mas cada jogo é um jogo, e é nesse carácter imprevisível que está, em larga medida, a beleza do futebol.

Notas dos Jogadores:

Ciprian Tatarusanu – 5

Cristian Sapunaru – 6

Vlad Chiriches – 7

Dragos Grigore – 6

Razvan Rat – 6

Mihai Pintilii – 7

Ovidiu Hoban – 6

Nicolae Stanciu – 6

Adrian Popa – 5

Bogdan Stancu – 5

Florin Andone – 4

Suplentes:

Denis Alibec – 5

Alexandru Chipciu – –

Gabriel Torje – –

 

Foto de Capa: UEFA

João V. Sousa
João V. Sousahttp://www.bolanarede.pt
O João Sousa anseia pelo dia em que os sportinguistas materializem o orgulho que têm no ecletismo do clube numa afluência massiva às modalidades. Porque, segundo ele, elas são uma parte importantíssima da identidade do clube. Deseja ardentemente a construção de um pavilhão e defende a aposta nos futebolistas da casa, enquadrados por 2 ou 3 jogadores de nível internacional que permitam lutar por títulos. Bate-se por um Sporting sério, organizado e vencedor.                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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