Hungria 0–4 Bélgica: A afirmação de um verdadeiro candidato

HUNGRIA

Fonte: UEFA
Fonte: UEFA

A Hungria havia espantado a Europa do futebol – portugueses incluídos –, mostrando-se competitiva, capaz de fazer frente (e de se superiorizar) a qualquer adversário. Porém, a complexa “chave” definida pela UEFA para esta competição não premiou a prestação da equipa magiar na fase de grupos, que, embora terminando no 1.º lugar, encontrou pela frente nos oitavos-de-final a poderosa Bélgica – uma das grandes favoritas à vitória final.

As diferenças de valor foram notórias do princípio ao fim e, apesar das boas intenções, foi impossível travar um adversário mais forte, tanto individual como colectivamente. Era necessário impedir, sobretudo, a construção ofensiva contrária numa fase mais inicial, onde Witsel e De Bruyne, ao meio, e Hazard, junto às alas, eram os principais dínamos. Porém, o conjunto de Bernd Storck não se mostrou tão coeso como em jogos anteriores, permitindo, desde cedo, que o seu guardião Gabor Kiraly se convertesse na principal barreira ao insucesso.

Foi num lance de bola parada, pelo ar, que a Bélgica chegou à vantagem, naquilo que seria o prenúncio de uma noite menos feliz do sector húngaro mais recuado. A toada manteve-se e, na 1.ª parte, apenas durante cerca de cinco minutos foi possível à Hungria respirar; nesta fase, Dzsudzcsák (39’) e Lovrensics (41’) – os mais inconformados – atiraram com perigo à baliza de Courtois.

Na 2.ª parte, um remate de Szalai logo à abrir, cortado por Vermaelen, e outro de Pinter (66’), para grande defesa de Courtois, voltaram a fazer acreditar num desfecho diferente. No entanto, a Bélgica voltou a tomar conta do jogo e, até ao final, a Hungria nunca encontrou antídoto para a sua visível inferioridade. Com o passar dos minutos, a equipa perdeu frescura e clarividência e, com elevado grau de crueldade, entrou nuns sofríveis 15 minutos finais onde sofreu mais três golos, em lances onde, uma vez mais, o seu sector mais recuado não agiu como deveria.

A Hungria despede-se do Euro’2016 de cabeça erguida, após uma excelente fase de grupos – onde somou uma vitória e dois empates –, num jogo em que o adversário foi claramente superior, mas onde o resultado acaba por ser algo exagerado.

Classificação dos jogadores:

Gabor Kiraly – 7

Tamas Kadar – 5

Roland Juhasz – 5

Richard Guzmics – 5

Adam Lang – 5

Zoltan Gera – 5

Adam Nagy – 5

Balazs Dzsudzsak – 6

Pinter – 5

Gergo Lovrencsics – 6

Adam Szalai – 5

Elek – 5

Nikolic – 4

Bode – 4

João Amaral Santos
João Amaral Santoshttp://www.bolanarede.pt
O João já nasceu apaixonado por desporto. Depois, veio a escrita – onde encontra o seu lugar feliz. Embora apaixonado por futebol, a natureza tosca dos seus pés cedo o convenceu a jogar ao teclado. Ex-jogador de andebol, é jornalista desde 2002 (de jornal e rádio) e adora (tentar) contar uma boa história envolvendo os verdadeiros protagonistas. Adora viajar, literatura e cinema. E anseia pelo regresso da Académica à 1.ª divisão..                                                                                                                                                 O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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