Alemanha 2-2 Gana: Um empate com sabor amargo para os africanos

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    O RESCALDO

    Com um onze igual ao mesmo que defrontou (e goleou) Portugal, a poderosa Alemanha enfrentou hoje a actual melhor selecção africana: Gana. Uma selecção remodelada, “europeizada” e com um grande rigor táctico. Curiosamente, foram os ganeses a entrar melhor, mandando no jogo e tentando impedir, com linhas altas, que Lahm e Khedira conseguissem pegar na bola na primeira fase de construção do futebol germânico.

    Com avançados muito móveis e de difícil marcação (Ayew, Atsu e Gyan), foi o ex-portista a criar a primeira situação de real perigo, com um remate depois de um bom trabalho, ao qual Neuer respondeu com uma grande defesa. Aos poucos, e explorando o contra-ataque quase sempre conduzido por Özil, a “frieza alemã” fazia-se notar, conseguindo chegar à área adversária com três ou quatro toques na bola.

    Decorridos 30 minutos o jogo estava a ser, parafraseando o comentador Luís Freitas Lobo, um “xanax táctico”. Volvido um minuto, Neuer voltou a mostrar o porquê de ser um dos melhores guarda-redes do mundo: com um voo lindo, negou o golo a Muntari, que rematou “do meio da rua”.

    Uma Alemanha descaracterizada, sem os seus princípios de jogo, estava a ser domada pela teia criada pelo timoneiro ganês, com os seus jogadores a pecar apenas nos excessos de foras-de-jogo em que se deixavam ser apanhados.

    Intervalo no Castelão, com muitos adeptos (principalmente os alemães) certamente a estarem tristes por terem pago bilhete para um espectáculo que de espectáculo nada teve. Jogo demasiado táctico, lento e sem pressões, apenas com o conjunto africano a dar um ar da sua graça, embora a espaços.

    À entrada para o segundo tempo, o treinador alemão, Joachim Löw, tentou alterar um pouco o rumo dos acontecimentos e fez entrar Mustafi para o lugar do desinspirado (como todo o conjunto germânico) Boateng, numa tentativa de dar mais profundidade ao jogo dos europeus. Por sua vez, o seu homólogo africano manteve tudo igual, satisfeito, certamente, com a exibição e o resultado.

    Contra a corrente do jogo, aos 50 minutos, Mário Götze faz, num lance algo caricato, o primeiro golo do jogo: no meio dos centrais, após cabecear a bola como “mandam as regras”, de cima para baixo, esta foi embater-lhe no joelho esquerdo e acabou por fazer o golo. Em resposta ao golo sofrido, o treinador ganês fez entrar Jordan Ayew para o lugar de Boateng. E teve resultados! Um minuto depois, no meio de Mertsacker e Mustafi (que ficaram estáticos), André Ayew cabeceou (sim, esta foi mesmo de cabeça!) violentamente para o golo do conjunto africano. Estava feito o empate e, novamente, o jogo em aberto!

    SURPRESA no Castelão! Gana deu a volta ao marcador através do capitão de equipa, Gyan, depois de um fantástico passe de Muntari. Uma vez mais, má abordagem por parte da defesa alemã ao lance.

    Como resposta ao golo sofrido, Löw fez imediatamente “saltar” do banco Klose e Schweinsteiger para os lugares de Götze e Khedira, respectivamente. Que banco de luxo!

    Klose festeja o seu 15º golo em Mundiais Fonte: Facebook FIFA
    Klose festeja o seu 15º golo em Mundiais
    Fonte: Facebook FIFA

    Continuavam os treinadores a acertar nas substituições, e, cerca de dois minutos depois de entrar, Klose, na sua estreia neste Mundial, fez o golo na primeira vez em que tocou na bola, a desviar a bola para a baliza após um canto, onde, uma vez mais, o Gana demonstrou fragilidades defensivas. Klose tornava-se, então, no melhor marcador de sempre em fases finais de Mundiais, igualando Ronaldo, o Fenómeno. Em 25 minutos, quatro golos… Assim sim!

    Os minutos finais foram de grande intensidade, com ambas as equipais já com o meio-campo “partido” e a jogar, essencialmente, através de bolas longas para os jogadores mais frescos em campo.E assim chegou ao fim a partida no Castelão. Sinal mais para os homens africanos que conseguiram anular, devido à sua organização, uma desorganizada Alemanha.

    A Figura

    André Ayew – O capitão ganês fez o que quis da defesa alemã, composta, inicialmente, por quatro centrais. Jogador a ter em conta, à atenção de Portugal!

    O Fora-de-Jogo

    Defesa da Alemanha – Com dois golos onde a passividade do quarteto defensivo germânico foi aberrante, o empate foi um mal menor para o conjunto europeu.

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    José Maria Monteiro
    José Maria Monteirohttp://www.bolanarede.pt
    O Zé Maria é um estudante de desporto e apaixonado por futebol (onde o pratica como guarda-redes por esses grandes distritais e tem o curso de treinador). Adora discutir o desporto-rei e tenta ser o mais imparcial possível.                                                                                                                                                 O José não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.