Sem surpresas | Diário do Mundial #10

    Começou a última jornada do Mundial e, como consequência, começamos a definir o futuro de cada seleção, sendo que umas terão de regressar a casa e outras, pelo contrário, assumem um lugar no caminho que desejam que termine no dia 18 de dezembro, data da final da competição.

    No Grupo A, sabíamos que o país organizador já estava eliminado deste Mundial, jogando apenas pelo orgulho frente aos Países Baixos que ainda precisavam de garantir o apuramento, existindo a boa oportunidade de terminar na primeira posição, o que acabou por acontecer com a vitória tranquila por 2-0. No mesmo grupo e à mesma hora, um confronto direto entre Equador e Senegal que acabou por resultar no apuramento da campeã africana que foi a equipa que procurou mais a vitória.

    No último grupo do dia, todas as seleções tinham hipóteses de conseguir o apuramento, ainda que Inglaterra e Irão entrassem com alguma vantagem. No caso da seleção inglesa, esperou pela segunda parte para, sem sobressaltos, resolver a partida com três golos, dois deles numa fase inicial dos segundos quarenta e cinco minutos. No outro desafio, a frequência cardíaca dos adeptos das seleções que estiveram em campo terá sido bem diferente, já que acabou por ser um jogo em que os Estados Unidos precisavam de uma vitória para avançar neste Mundial e, no caso do Irão, a certa altura da partida, com o resultado que se verificava no outro jogo do grupo, o empate era suficiente. Assim, num desafio emocionante, o golo de Pulisic acabou por fazer a diferença, impedindo a seleção de Carlos Queiroz de fazer história, já que nunca ultrapassou a fase de grupos de um Campeonato do Mundo.

     

    O JOGO DO DIA

    No duelo mais emocionante do dia no Mundial 2022, jogava-se uma vaga nos “oitavos”, tendo o Irão mais margem para alcançar o seu objetivo, já que partia para esta última jornada com mais um ponto que os Estados Unidos.

    Naturalmente, o contexto influenciou a postura das equipas, sendo que os americanos entraram com mais ambições ofensivas, voltando a exibir um estilo de jogo que, esteticamente, é atrativo, construindo várias jogadas com “cabeça, tronco e membros”, tornando-se demonstrativa a finalização para golo da estrela da companhia, Christian Pulisic, na sequência de uma jogada muito bem trabalhada dos Estados Unidos.

    Do outro lado, a seleção iraniana foi bem mais contida na primeira-parte, até porque o resultado ia interessando contudo, nos segundos quarenta e cinco minutos, o Irão foi obrigado a arriscar mais, isto se também queria algo mais do jogo e, claro, da competição. Assim, não apresentando um futebol tão agradável como o seu adversário, não deixou de apresentar qualidade, com destaque para alguns jogadores que, tecnicamente, têm outros argumentos, ainda que não deva ser desvalorizada a qualidade coletiva que, por norma, Carlos Queiroz consegue implementar nas suas equipas.

    Em suma, o resultado acaba por ser um espelho fiável do que aconteceu em campo, oferecendo também ao Grupo B uma classificação que acaba por ser reveladora da valia que cada equipa evidenciou ao longo das três jornadas.

     

    A FIGURA DO DIA

    Marcus Rashford acaba por ser a nossa escolha natural já que, no único jogo em que foi titular desde o início da competição, fez dois dos três golos da Inglaterra, juntando-os ao que havia feito ao Irão na jornada inaugural, o que também lhe oferece a oportunidade de integrar o pelotão da frente na lista de melhores marcadores do torneio até ao momento.

     

    O FORA DE JOGO DO DIA

    Não sendo a única seleção a despedir-se do Campeonato do Mundo, a verdade é que o País de Gales acabou por desiludir um pouco na forma como não conseguiu ser tão competitivo como já conseguiu ser noutras competições. Para a história, fica apenas um golo de Gareth Bale num jogo em que acabou por também garantir o único ponto conquistado na competição.

    De um modo geral, fica a ideia de que os galeses foram uma seleção que sempre esteve mais perto de empatar e nunca de vencer qualquer partida, tudo isto devido a um estilo de jogo pouco ambicioso a nível ofensivo.

     

    A CURIOSIDADE DO DIA

    Com o apuramento dos Estados Unidos para a fase seguinte, podemos afirmar que, nas últimas três participações da seleção americana na competição, os oitavos-de-final foram sempre uma realidade. Contudo, desde 2002 que não ultrapassam o primeiro patamar a eliminar. Será desta? Para o conseguirem, terão de eliminar os Países Baixos.

     

    RESULTADOS

    GRUPO A

    Equador 1-2 Senegal

    Países Baixos 2-0 Catar

    GRUPO B

    Irão 0-1 Estados Unidos

    País de Gales 0-3 Inglaterra

     

    Artigo com a opinião de Orlando Esteves, comentador BnR TV.
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