Carreiras estagnadas por más opções

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    Como acontece todos os anos, houve muitos jogadores que não tomaram as melhores opções de carreira para a temporada 2013/14. Um desses casos é Stevan Jovetic. O montenegrino mudou-se para um Man City com muita qualidade ofensiva e não passou de um suplente regularmente utilizado (foi a quarta opção para o ataque, atrás de Agüero, Dzeko e Negredo). É certo que esteve algum tempo lesionado, mas isso não justifica a falta de protagonismo que teve. O craque, que brilhou durante vários anos na Fiorentina, é indiscutivelmente um avançado muito acima da média e parecia ter todas as condições – técnicas e físicas – para se destacar no futebol inglês. Contudo, isso não aconteceu, e a verdade é que se não sair nenhum jogador do ataque Jovetic vai ter muitas dificuldades para se afirmar nos citizens.

    Younès Belhanda foi o melhor jogador da Liga Francesa no ano em que o Montpellier se sagrou campeão (de forma mais do que inesperada). A actuar no papel de criativo, o marroquino mostrou ter uma qualidade técnica soberba e uma enorme facilidade de aparecer em zonas de finalização. O seu talento não passou despercebido aos grandes clubes europeus, mas a opção que tomou não foi propriamente a melhor. A mudança para o Dínamo de Kiev foi um passo atrás na carreira (pelo menos no plano desportivo). Para além de o retirar dos grandes palcos do futebol europeu, não lhe tem dado a possibilidade de continuar a evoluir e de se afirmar como um jogador de topo.

    Younès Belhanda brilhou na Ligue 1 Fonte: mirror.co.uk
    Younès Belhanda brilhou na Ligue 1
    Fonte: mirror.co.uk

    Nas últimas épocas, Adam Maher foi um dos melhores jogadores a actuar na Eredivisie. Deu nas vistas no AZ Alkmaar ainda muito jovem e, com todo o mérito, chegou à principal selecção holandesa. Por se esperar que o médio desse o salto para o campeonato inglês (onde havia muitos clubes interessados), foi surpreendente a decisão de continuar no seu país. Depois de uma época, parece claro que a transferência para o PSV não foi benéfica para a sua carreira. Houve, essencialmente, dois aspectos que prejudicaram a adaptação de Maher: o facto de ter ocupado terrenos demasiado recuados, mais longe das zonas onde a sua qualidade de passe e visão de jogo fazem a diferença; e, claro, o facto de o emblema de Eindhoven ter andado longe dos lugares da frente (conseguiu o 4º lugar já nas últimas jornadas). Veremos como será a próxima época, sendo certo que, tendo apenas 20 anos, o médio tem tempo de recuperar a boa forma.

    Vitinho foi a grande revelação do último campeonato brasileiro. Ao serviço do Botafogo, o jovem de 20 anos impressionou pela capacidade de desequilíbrio – fortíssimo no 1×1 e muito dotado tecnicamente – e facilidade de remate. Teve uma ascensão muito rápida e, em Agosto (ou seja, a meio do Brasileirão), transferiu-se para o CSKA. Como acontece frequentemente com os brasileiros que se mudam para os campeonatos de leste, Vitinho não teve uma adaptação fácil e esteve longe de justificar os 10 milhões de euros investidos pelos moscovitas. A sua saída da Rússia é um dado praticamente adquirido nesta altura e, com tanto talento, seria uma contratação fantástica para Porto ou Sporting.

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    Tomás da Cunha
    Tomás da Cunha
    Para o Tomás, o futebol é sem dúvida a coisa mais importante das menos importantes. Não se fica pelas "Big 5" europeias e tem muito interesse no futebol jovem.                                                                                                                                                 O Tomás não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.