Colômbia 0–0 Chile (4-5 g.p.): Na linha de 11 metros reina o Chile

    A Arena Corinthians foi nesta madrugada palco do terceiro jogo dos quartos-de-final da Copa América 2019 e colocou frente a frente Colombia e Chile, um dos jogos mais esperados desta fase dado o elevado equilíbrio entre as duas seleções.

    Os comandados de Carlos Queiroz, à semelhança do que nos têm habituado nos outros jogos da competição, entraram fortes na partida, colocaram o Chile sob pressão e forçaram os primeiros minutos de jogo a serem disputados no meio campo ofensivo. Se os primeiros instantes apresentavam a Colômbia como dominante, exigia-se ao Chile que superasse as dificuldades iniciais e que se libertasse do sufoco colombiano.

    Assim foi, os chilenos lançaram-se para o ataque e primeiro foi Aránguiz a passe de Fuenzalida que obrigou Ospina a uma enorme defesa e depois houve mesmo golo. Numa distração monumental de Dávinson Sánchez, Aránguiz de forma inteligente aproveitou e bateu o guarda-redes colombiano, mas o lance mereceu a atenção do VAR e acabou mesmo por ser anulado por fora de jogo.

    Após o bom começo colombiano, gradualmente o Chile ia tomando conta da partida o que se deveu sobretudo ao domínio no setor intermediário por parte do Chile com o comandante Arturo Vidal a inviabilizar por completo a capacidade construtiva de James Rodriguez.

    A Colômbia não conseguia criar perigo e por isso foi o Chile que dispôs de mais duas oportunidades até ao intervalo, mas nem Maripán nem Vidal conseguiram inaugurar o marcador.

    Prevalecia, portanto, a igualdade na partida com um estilo de jogo atrativo que fazia prever uma bela segunda parte de futebol.

    Néstor Pitana pede cabeça a Yerri Mina
    Fonte: CONMEBOL

    À Colômbia pedia-se muito mais e o segundo tempo começou logo com uma grande oportunidade de perigo por intermédio de James Rodriguez na cobrança de um livre lateral direto que passou a arrasar o poste esquerdo da baliza de Arias.

    As seleções estavam anuladas uma na outra e só um pormenor individual ou um erro clamoroso vislumbrava a vitória de alguma. O jogo somava minutos e à medida que se aproximava o fim do tempo regulamentar, Colômbia e Chile estavam já de olhos postos no prolongamento e por isso arriscavam menos.

    Com uma seleção do Chile visivelmente mais desgastada, Queiroz promoveu a entrada de Cardona numa tentativa clara de dar mais criatividade e objetividade na ação ofensiva da Colômbia, mas acabaram por ser os chilenos a surpreender na reta final.

    Num raro ataque chileno nesta fase do encontro, Vidal aproveitou uma bola perdida dentro da grande área e sem hesitar disparou um míssel para o fundo das redes, mas a tecnologia voltou a entrar em ação e o juíz da partida Pitana anulou novamente os festejos chilenos, desta feita por mão na bola.

    Este foi precisamente o último motivo de destaque do tempo regulamentar e até final da partida com mais coração do que cabeça, as duas seleções protegeram-se e forçaram o desempate por grandes penalidades.

    Na marca dos 11 metros, o Chile voltou a mostrar que provavelmente as grandes penalidades não são uma simples lotaria e com recurso à fórmula que valeu o triunfo das duas últimas edições da Copa América, bateram a Colômbia e qualificaram-se para as meias-finais.

    Conversão das grandes penalidades, primeiro a Colômbia e depois o Chile:

    James Rodriguez marcou; Vidal marcou; Cardona marcou; Vargas marcou; Cuadrado marcou; Pulgar marcou; Yerri Mina marcou; Aranguiz marcou; William Tesillo falhou e Alexis Sánchez marcou o golo da vitória.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

    Colômbia: David Ospina ; Medina; Yerri Mina; Sánchez; Tesillo; Barrios; James Rodriguez; Uribe (67´Cardona); Cuadrado; Falcao (77´Zapata); Roger Martínez (81´Luis Diaz).

    Chile: Gabriel Arias; Isla; Maripán ; Gary Medel ; Beausejor ; Arturo Vidal; Pulgar; Aránguiz; Fuenzalida (75´Pavez); Vargas; Alexis Sánchez.

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    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.