Copa América Centenário: O que esperar?

    Colômbia

    Pouca gente sabe mas a Colômbia em 2001 foi campeã da CA sem nenhuma derrota consentida ou qualquer golo sofrido. Embora, apenas a partir desta segunda década, aos comandos do argentino José Pékerman (desde 2012), que vemos a Colômbia como uma seleção arrojada e competitiva ascendida ao 4º posto do Ranking FIFA.

    Pékerman chamou para esta CA os 11 jogadores que têm sido mais utilizados durante o apuramento para a fase final do Mundial, e observem só: Falcao (Chelsea); Jackson Martinéz (Guangzhou); Teo Gutiérrez (Sporting) e Adrián Ramos (B. Dortmund) não fazem parte dessas escolhas. Parece surreal como uma seleção se dá ao luxo de dispensar quatro avançados deste nível. Mas, é certo que, além de não estarem na forma de outros tempos, a Colômbia consegue ainda convocar os experientes e não menos qualificados atacantes Carlos Bacca (AC Milan) e Dayro Moreno (Tijuana). Impressionante a quantidade de atacantes desta geração!

    A selecção da Colômbia a treinar Fonte: Selección Colombia - FCFSeleccionCol
    A selecção da Colômbia a treinar
    Fonte: Selección Colombia – FCFSeleccionCol

    Os 11 jogadores mais utilizados que acredito darem corpo ao onze base da Colômbia nesta CA são: Ospina (Arsenal); os laterais F. Fabra (Boca Juniors) e Santiago Arias (PSV); os centrais Cristián Zapata (Milan) e Jeison Murillo (Inter); médios Daniel Torres (Medellín), Carlos Sanchez (Aston Villa), James Rodriguez (R. Madrid), Juan Quadrado (Juventus) e Edwin Cardona (Monterrey); mais o atacante Carlos Bacca (AC Milan).

    A Colômbia não veio para passear! Embora adversários como a Costa Rica e o Paraguai possam ser considerados traiçoeiros, acredito que a grande cartada da Colômbia poderá ser dada com uma vitória no jogo da abertura contra os anfitriões da prova. Em caso de vitória aumentará a confiança para obter o 1º lugar do Grupo A. E, no seguimento natural do papel de favorito, poderão chegar nas meias finais com Argentina/Chile ou Uruguai/México. Só prognósticos, mas acontecendo e em caso de vitória perante uma equipa destas pode colocá-los na final.

    As armas da Colômbia serão: a estrela da equipa James Rodriguez que estará com frescura e disponibilidade física para demonstrar todo o seu talento, por não ter jogado muito este ano no Real Madrid e lembrando-nos do elevadíssimo desempenho no último Mundial; a intensidade e verticalidade que o futebol colombiano sempre impôs no seu estilo de jogo; e a capacidade ofensiva se Bacca, Cardona e Quadrado estiverem ao seu melhor nível. Estas três condições reunidas e acredito que a Colômbia possa superar qualquer adversário.

    As fragilidades são o momento de forma que atravessa atualmente: um dos piores dos últimos tempos. Serve dizer que a Colômbia venceu apenas 4 dos últimos 10 jogos realizados, tendo 4 empates e 2 derrotas, sem conseguir vencer adversários como Argentina, Chile e Uruguai. Outras das fragilidades poderá ser o inconstante desempenho defensivo já que sofre golos em praticamente todos os jogos, embora tenha 4 dos 5 jogadores da defesa base atuando ao mais alto nível Europeu.

    A Colômbia conta apenas com 8 jogadores “Europeus” dos 23 convocados, com 7 campeões Nacionais (a maior parte do Atl. Nacional) e 1 finalista Europeu. Os 11 jogadores mais utilizados não jogaram tanto quanto os de outras seleções: 24.371 minutos e uma média de 2.215 por jogador. A frescura geral da equipa, com menos minutos nas pernas, pode ser favorável!

    As Figuras: James Rodriguez / Carlos Bacca / Quadrado / Cristian Zapata

    As Promessas: Murillo (23) / Cardona (23) / R. Martinez (19) / M. Moreno (19)

    Prognóstico Final: 2º ao 4º Lugar

     

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    Paulo Sousa
    Paulo Sousahttp://www.bolanarede.pt
    Um português residente no Brasil. Vive com intensidade e aprendeu a não ter medo de escolher. Ama e trabalha com o Futebol, que colide com alguns dos seus valores morais. Futebolísticamente interessa-se por assuntos polémicos e desmistificar ideias não sustentadas em fatos. Inconformado, contagia-se pelos porquês que o levam a amadurecer.                                                                                                                                                 O Paulo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.