📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Copa América’2015 – Argentina 0-0 Colômbia (5-4, g.p.): Ospina de mãos quentes e… a abanar

- Advertisement -

internacional cabeçalho

A Argentina consumou a passagem às meias-finais da Copa América, depois de ter sido mais forte do que a Colômbia na marca dos onze metros. O empate a zero traduz 90 minutos intensos, disputados em constante alta rotação, com maior domínio alviceleste e com um Ospina praticamente intransponível, que só cedeu na marcação das grandes penalidades.

Quem esperava um jogo bonito e repleto de momentos de bom futebol viu as suas expectativas defraudadas. Ainda que a qualidade dos executantes que entraram em campo fosse sobejamente conhecida, foi uma partida que se pautou maioritariamente pelo músculo e desequilíbrios táticos. Pekerman optou por um onze de cadência extremamente ofensiva: privado dos médios de contenção Sánchez e Valencia, ausentes por castigo e lesão, respetivamente, colocou Mejía no vértice mais recuado do meio campo e deu liberdade ofensiva a James, Ibarbo e Cuadrado, que surgiram no apoio à dupla Jackson Martínez-Teo Gutiérrez. O capitão Radamel Falcao só viria a entrar no decorrer da segunda parte. A Argentina apenas trocou Demichelis por Otamendi, em relação ao jogo com a Jamaica.

Logicamente, os comandados de Tata Martino começaram desde cedo a explorar ostensivamente o fosso criado entre os médios colombianos e a sua linha defensiva, através das incursões de Di María, Messi e Pastore. Nem a entrada madrugadora de Edwin Cardona para o lugar de um inexistente Gutiérrez foi capaz de conter a pressão da turma argentina, que só não chegou ao intervalo em vantagem por culpa de David Ospina, que, aos 26 minutos, protagonizou a intervenção mais espetacular desta edição da Copa América. Aliás, dupla-intervenção, a remate de Agüero e consequente recarga de Lionel Messi. O guarda-redes do Arsenal voltou a mostrar a sua atenção ao encaixar um mau alívio de Zapata, que por pouco não resultou em autogolo.

Ao intervalo, sinal mais para a Argentina, que assentou o seu jogo nas recuperações de Mascherano (excelente jogo) e nos raides de Messi e Di María. Nota para a incapacidade da Colômbia em acertar o momento de transição defensiva e para uma atuação algo nervosa do juiz mexicano García Orozco, que não foi capaz de resfriar os ânimos dentro de campo e deixou passar em branco uma falta cometida sobre Kun Agüero no interior da grande área colombiana.

Na segunda parte, a Colômbia surgiu de “cara lavada”. Apesar de ter sido confrontada por nova entrada incisiva da Argentina, conseguiu resistir e acabou por equilibrar a contenda. Por intermédio de Ibarbo e Cuadrado, ameaçou a baliza de Sergio Romero e, com o jovem Murillo e o felino Ospina (defesa espantosa a remate de Otamendi, aos 80 minutos) a servirem de prontos-socorros no reduto defensivo, conseguiu manter o nulo registado no marcador até ao final do tempo regulamentar. De referir alguma falta de ambição do selecionador argentino: numa altura em que a sombra das grandes penalidades já pairava, Tata Martino não foi capaz de dar maior dimensão atacante à sua equipa, já que, depois das trocas diretas no ataque, preferiu gerir a posse de bola com a entrada de Éver Banega para o lugar de Pastore.

Num jogo intenso e de muita luta, Mascherano foi imperial a destruir as iniciativas colombianas Fonte: Página do Facebook da ‘AFA – Selección Argentina’
Num jogo intenso e de muita luta, Mascherano foi imperial a destruir as iniciativas colombianas
Fonte: Página do Facebook da ‘AFA – Selección Argentina’

No desempate por penáltis, assistiu-se a uma marcação exemplar dos mesmos até ao primeiro falhanço: com o marcador em 3-3, Luis Muriel atirou por cima e, a partir daí, foi um festival de nervosismo e falta de discernimento. Os argentinos Biglia e Rojo não foram capazes de dar a vitória à seleção das “pampas” após os pontapés descabidos de Muriel e Zúñiga. Teve que ser Carlitos Tévez a serenar os argentinos, já que não tremeu na hora H e aproveitou a bola que Murillo havia enviado para fora do estádio momentos antes.

Os vice-campeões do Mundo integram assim o lote de semi-finalistas da Copa América e ficam à espera do resultado do jogo entre Brasil e Paraguai, para conhecer o adversário do próximo certame. Fim de linha para a Colômbia, a terminar uma campanha onde esteve aquém das suas capacidades e daquilo que a tarimba e talento dos seus jogadores prometiam. Agora, nas meias-finais, espera-nos mais uma edição do “Superclássico das Américas”?

A Figura:

David Ospina – O keeper ‘cafetero’ encheu a sua baliza durante os 90 minutos e efetuou três defesas para mostrar aos netos. A par de Murillo, foi o colombiano que menos mereceu a eliminação na lotaria final. Se ficou com as mãos a arder pelas paradas que completou, saiu com as mesmas a abanar de um jogo onde foi uma autêntica muralha.

O Fora-de-Jogo:

Lucas Biglia – Digam o que disserem, continuo a não compreender o porquê da aposta no médio da Lazio a titular na alviceleste. Um ‘6’ de origem, não consegue ser o transportador de que a equipa precisa no momento ofensivo. Demasiado preso às ações defensivas, passou completamente ao lado do jogo. Além disso, falhou o primeiro match-point ao não conseguir bater Ospina na conversão do seu penálti. Anda à deriva na seleção de Tata Martino, onde é constantemente anulado pelo companheiro Mascherano.

Foto de Capa: Página do Facebook da ‘AFA – Selección Argentina’

Francisco Sebe
Francisco Sebehttp://www.bolanarede.pt
"Acordou" para o desporto-rei quando viu o FC Porto golear a Lazio, no dilúvio das Antas. Análises táticas e desportivismo são com ele, mas o amor pelo azul e branco minimiza tudo o resto.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Triunfar para sonhar | Sporting x Club Brugge

Pouco mais de três semanas depois do empate do Sporting em Turim (1-1), diante da Juventus, os verdes e brancos preparam os seus motores para novo embate da Liga dos Campeões, desta vez no Estádio José Alvalade, diante do Club Brugge.

José Mourinho mantém números e continua 100% vitorioso contra o Ajax na carreira

O Benfica venceu o Ajax por 2-0 na Champions League. Emblema neerlandês é uma das vítimas prediletas de José Mourinho.

Amar Dedic vence na Champions League ao fim de 12 derrotas e manda para longe recorde negativo de ex-Sporting

O Benfica venceu o Ajax por 2-0 na Champions League. Amar Dedic venceu na prova ao final de 12 derrotas consecutivas.

PUB

Mais Artigos Populares

Ajax entra nos livros negros dos Países Baixos na Champions League depois da derrota com o Benfica

O Benfica venceu o Ajax por 2-0 na Champions League. Neerlandeses perderam os cinco primeiros jogos na prova.

Chelsea pode vir ‘pescar’ ao Dragão e levar 2 craques do FC Porto

O Chelsea pode avançar para as contratações de Samu Aghehowa e Victor Froholdt na janela de transferências de verão.

Vangelis Pavlidis com confiança em Franjo Ivanovic: «Pode mudar a negatividade que surge e não percebo porquê»

Vangelis Pavlidis analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica, ganho pelas águias. Jogo da quinta jornada da Champions League.