O Palmeiras sagrou-se eneacampeão (nove títulos) brasileiro. O nome tem paralelismo com a grande obra do famosíssimo autor romano, Virgílio. A Eneida narra a fantástica aventura de Eneias e dos seus companheiros, num sentido profético de missão civilizadora do Estado Romano.
Este título do Palmeiras também teve algo de profético. É certo que o campeonato ainda não acabou, mas é o segundo melhor ataque (só atrás do Atlético Mineiro) e a melhor defesa. Defesa, essa, que foi a arma de conquista de um título que escapava desde 1994. Cuca, que tinha sido campeão da Taça dos Libertadores da América pelo Galo Mineiro – mas que nunca tinha ganho um Brasileiro – foi o timoneiro desta proeza.
A Sociedade Esportiva Palmeiras teve apenas seis derrotas: muito pouco para o Brasileirão. Mais vitórias em casa e mais vitórias fora do que qualquer outra equipa. Este título é inteiramente merecido para o Porco – a mascote do Verdão. Um clube que conheceu as profundezas do inferno ao cair para a segunda divisão há alguns anos atrás e que se vê agora reerguido com um novo e bonito estádio e coroado com o título mais importante do Brasil; tornando-se, assim, o maior campeão brasileiro. Aquele que mais títulos nacionais conquistou até hoje.
Os jogadores foram muito competentes e os palmeirenses podem estar felizes, pois a equipe mostrou maturidade e não cedeu à pressão dos adversários, ficando na liderança desde muito cedo e nunca mais largando o primeiro lugar.
Falta uma jornada para terminar o Brasileirão 2016. Já há campeão. O Palmeiras. Verde é a cor da esperança. Para os palmeirenses e para Eneias. Ambos tiveram uma missão. E ambos concluíram-na com sucesso. Os milhões de corações alviverdes já podem bater mais forte. E que comece o foguetório: não só em São Paulo, mas por todo o Brasil!
Imagem de capa: SE Palmeiras