A edição de 2023/24 da Liga dos Campeões está a um jogo de terminar, o que significa que já podemos especular sobre quem entra no 11 do torneio.
A escolha dos jogadores foi feita não só pelas qualidades das exibições dos vários jogadores, mas também pela quantidade de jogos e minutos e se houve (ou não) contribuição para vitórias e qualificações.
Por isso, aqui vão os 11 jogadores, por posição, que mais se destacaram na melhor competição de clubes do mundo nesta época.
Guarda-Redes
Andriy Lunin – Apesar de só ter jogado em dois dos seis jogos da fase de grupos, o guarda-redes esteve em todos os minutos das rondas a eliminar e foi especialmente decisivo nas eliminatórias contra o RB Leipzig e Manchester City.
Frente aos alemães, o Real Madrid teve mais dificuldades do que se esperaria e Lunin foi o melhor jogador em campo na vitória na Alemanha e segurou o empate no Santiago Bernabéu na segunda mão. Já contra o Manchester City, os “Los Blancos” viram-se encurralados no seu próprio meio-campo, levando o jogo para as grandes penalidades, onde o ucraniano voltou a salvar.
Quem diria que o suplente de Thibaut Courtois iria entrar neste 11?
Lateral Direito
Dani Carvajal – Este jogador do Real Madrid já é mais consagrado e, apesar de não ter feito uma campanha repleta de golos ou assistências, foi consistente sempre que esteve em campo e usufruiu da sua experiência e qualidade defensiva nos confrontos com Gnabry, Alphonso Davies, Grealish e Doku.
Foi um constante numa linha de quatro que sofreu muitas alterações, devido a lesões, mas teve um líder e uma voz de comando na lateral direita o tempo todo.
Defesa Central
Mats Hummels – Pode sair depois do grande jogo de sábado em Wembley em final de contrato, e que saída seria. Fez uma campanha que poucos esperariam aos 35 anos de idade, mas foi vital na classificação em 1.º na fase de grupos, nas eliminações ao PSV, Atlético de Madrid e, especialmente, PSG.
Imperial a defender a área e o fenómeno que já conhecíamos na construção. Esta época podia ter valido uma chamada por Julian Nagelsmann ao Euro 2024 em casa, mas, infelizmente para o central, não foi convocado.
Defesa Central
Antonio Rüdiger – Mais um defesa, mais um jogador da equipa mais titulada de sempre na Liga dos Campeões. Podia, simplesmente, deixar os “highlights” dos dois jogos com o Manchester City em que lidou, como muito poucos fazem, com Haaland deixando o avançado norueguês num estado impotente.
Batalhou em todos os duelos com uma maturidade rara e uma eficácia tremenda. Esteve em todos os outros jogos, à exceção da primeira mão com o Leipzig e demonstrou evolução, em comparação com os anos de Chelsea, não fazendo erros inglórios jogo sim, jogo não.
Lateral Esquerdo
Nico Schlotterbeck – Completando uma defesa apenas composta por jogadores dos dois clubes finalistas, eis que entra o “parceiro no crime” de Mats Hummels, Nico Schlotterbeck.
Vamos disfarçá-lo como lateral esquerdo, não havendo nenhum lateral esquerdo natural que se tenha destacado ao longo da competição.
Designado como um central forte no jogo ofensivo, tanto através do passe como da condução, revelou-se fiável a defender a área. Vai ao Euro, merecidamente.
Médio Defensivo
Rodri – Não pode haver um 11 ideal que não tenha Rodri. Mesmo tendo o Manchester City ficado pelos quartos de final, o médio foi dos primeiros jogadores a entrar.
Não se pode subestimar a importância do espanhol na sua equipa, não só pela qualidade óbvia – pode-se debater a sua posição como um dos melhores pivôs de sempre – mas também pela ausência de um substituto direto.
Com Rodri a jogar, o Manchester City nunca perdeu para a Liga dos Campeões… Malditas grandes penalidades!
Médio Centro
Vitinha – Foi proclamado por Luis Enrique como o melhor jogador do PSG na época e um dos melhores médios do mundo, e para quem viu a equipa francesa na Liga dos Campeões entende tais afirmações.
Em momentos de dificuldade em subir no terreno, Vitinha era a personificação de progressão, quer a passar, quer a conduzir a bola. Fez de tudo para ajudar o clube a ganhar este torneio, marcando até dois brilhantes ao Barcelona no processo, mas é mais um ano de deceção parisiense.
Extremo Direito
Phil Foden – Segundo “Cityzen” e jogador do ano da Premier League 2023/24. Não fez mais que 8 jogos e 700 minutos na competição, mas o impacto foi tal que tinha de entrar neste 11.
Já é conhecido por não jogar muito tempo, mas aproveitar todos os momentos que lhe são dados, e o inglês foi o que mais “apreciou” da lesão de Kevin de Bruyne, jogando mais no meio onde é nitidamente melhor. Excelente campanha, com um final infeliz. Na memória fica o grande golo no Santiago Bernabéu.
Extremo Esquerdo
Kylian Mbappé – A última época de Mbappé em Paris esteve à beira da glória, mas tal como todas as outras, não teve um final feliz.
Apesar disso, não se pode dizer que o extremo/avançado tenha tido uma má campanha individual. Muito pelo contrário, é inocente pensar que um dos melhores jogadores da atualidade possa não estar envolvido nesta discussão.
Curiosamente, efetuou todos os minutos possíveis, marcando um total de oito golos.
Segundo Avançado
Vinicius Júnior – Só esteve em nove jogos, mal teve um impacto tremendo em todas as rondas a eliminar. Marcou na segunda mão contra o Leipzig para tranquilizar o Real Madrid, assistiu em dois golos na primeira mão contra o Manchester City e marcou por duas vezes em Munique. Num dos golos tem um momento brilhante de atrair Kim Min-jae a vir com ele para depois atacar o espaço nas costas onde foi servido de forma exemplar por Toni Kroos.
Vinicius já não é só um extremo de linha, como também é agora um avançado capaz de jogar melhor em espaços interiores – toque de Don Carlo.
Ponta de Lança
Harry Kane – Primeiro e único jogador do Bayern nesta equipa, porque apesar da época dos alemães não ter sido gloriosa coletivamente, contou com um Harry Kane perfeito a nível individual.
Sai da competição nas meias-finais como melhor marcador (oito golos) e no Top 5 do ranking de assistências (quatro), contando uma média de uma contribuição direta para golo por jogo.
Estranhamente, a Liga dos Campeões foi a competição da temporada que esteve mais ao alcance do avançado inglês. Será com Kompany que Kane alcançará o seu primeiro título coletivo?
