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Bayern 0-4 Real Madrid: Furacão blanco rumo a La Decima

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Está encontrado o primeiro finalista da presente edição da Liga dos Campeões. O Real Madrid, num Allianz Arena absolutamente cheio, deu um “banho de bola” ao Bayern, venceu por 0-4 e carimbou o passaporte para Lisboa. Sergio Ramos e Cristiano Ronaldo bisaram na partida e foram dois dos protagonistas de uma noite histórica para o futebol europeu.

Ambos os conjuntos apresentaram onzes muito idênticos aos da semana passada – apenas uma alteração em cada lado. No Real Madrid, Ancelotti fez entrar Bale para o lugar de Isco, mas os merengues mantiveram o 4-4-2, com Di María na esquerda, Bale na direita, Modric e Xabi Alonso no centro e Ronaldo no apoio a Benzema. No Bayern, Guardiola optou por um meio-campo mais ofensivo, deixando Rafinha no banco, encostando o capitão Lahm à direita e concedendo a titularidade a Thomas Müller, que jogou nas costas de Mandzukic. Desta forma, cabia a Kroos (como pivot) e Schweinsteiger (como box-to-box) a ligação entre a defesa e o ataque.

O Bayern começou por tentar impor-se através do seu jogo de posse, mas cedo se percebeu que o cenário da primeira mão se ia repetir: o Real Madrid, com uma defesa extraordinariamente agressiva e bem organizada, saía quase sempre com grande clarividência e velocidade para o contra-ataque. Bale teve nos pés a primeira grande ocasião de perigo da partida – aproveitando uma saída disparatada de Neuer, que deixou a baliza aberta, o galês, de muito longe, rematou por cima. Aos 16’ e aos 20’, a eliminatória ficou praticamente decidida: primeiro, num canto cobrado por Modric, Sergio Ramos ganhou nas alturas e fuzilou de cabeça para o 0-1; depois, num livre de Di María, o mesmo Sergio Ramos voltou a facturar, mergulhando para o 0-2.

Dois golpes de cabeça de Sergio Ramos, dois golos  Fonte: UEFA
Dois golpes de cabeça de Sergio Ramos, dois golos
Fonte: UEFA

A partir daí, o Real Madrid elevou ainda mais os seus índices de confiança e, sempre em contra-golpe, fez o que quis da defesa do Bayern. Pouco depois da meia hora, numa transição supersónica, Benzema soltou para Bale, o britânico ultrapassou Boateng em velocidade e assistiu Ronaldo, que, isolado, fez o terceiro do Real com toda a tranquilidade. Game-over para o Bayern – Die Roten passavam a necessitar de marcar cinco (!) golos para se apurarem para a final.

Depois de Ronaldo falhar o alvo em mais um remate com a baliza escancarada – Neuer apareceu várias vezes como verdadeiro líbero -, ainda houve tempo para Xabi Alonso ver um amarelo que o deixa de fora da final de Lisboa, para Ribéry esbofetear Carvajal dentro da área sem que ninguém tivesse dado por nada e para uma série de escaramuças entre os jogadores das duas equipas antes do intervalo. De resto, o luso Pedro Proença teve muito trabalho, mas controlou muito bem todos os conflitos e fez uma excelente arbitragem. O Real terminou claramente por cima e o Bayern revelou-se incapaz de ameaçar a baliza de Casillas.

No regresso dos balneários, o Bayern entrou com Javi Martinez no lugar de Mandukic, à procura de um golo que pudesse limpar a péssima imagem deixada durante o primeiro tempo. O Real, ligeiramente menos agressivo no momento defensivo, embora sempre muito concentrado, consentiu algumas oportunidades de golo ao adversário, mas os bávaros acabaram mesmo por não conseguir marcar. Robben e Ribéry, aparecendo pelo meio, tentaram a sua sorte com remates muito perigosos, e Kroos, de meia e longa distância, também assustou. Já sem Müller e Ribéry em campo e com Pizarro e Götze nos seus lugares, foi o ex-Dortmund a desperdiçar a última grande ocasião de perigo para os alemães.

Ronaldo fez jus ao título de melhor do mundo e foi decisivo  Fonte: UEFA
Ronaldo fez jus ao título de melhor do mundo, marcou dois e bateu records 
Fonte: UEFA

Os blancos, utilizando menos o contra-ataque e privilegiando, sempre que possível, transições pausadas e em apoio, iam procurando evitar que o ritmo de jogo aumentasse e nunca perderam o controlo da partida. A um quarto de hora do fim, Ancelotti começou a queimar substituições: Varane substituiu um super-Sergio Ramos em risco de suspensão, Benzema cedeu o lugar a Isco e Casemiro permitiu a saída de Di María, que hoje teve mais um desempenho assombroso.

O jogo não podia terminar sem a cereja no topo do bolo: em cima dos noventa minutos, Ronaldo ganhou uma falta à entrada da área, assumiu a cobrança do livre e, quando todos esperavam um tiro, o internacional português atirou rasteiro, por baixo da barreira, fazendo o 0-4 final. Foi a estocada final num Bayern completamente impotente face à excelência e à mestria do Real  – uma exibição de sonho para os merengues, um autêntico pesadelo para o germânicos.

Sem me querer alongar muito mais, não posso deixar de fazer referência às exibições estratosféricas de alguns (na verdade, quase todos!) jogadores do Real Madrid: Carvajal e Coentrão foram intransponíveis e fizeram um jogo a rondar a perfeição; Pepe e Ramos dominaram no jogo aéreo e foram dois monstros no eixo defensivo; Xabi Alonso fez mais um grande jogo – tem uma classe e uma experiência enormes e vai fazer falta na final; Modric está num momento de forma assustador – faz tudo bem, joga com uma intensidade incrível, é estupidamente inteligente, mete a bola onde quer e defende e ataca como muito poucos; Di María é um talento, muito rápido e com pormenores técnicos soberbos, mas é igualmente um mouro de trabalho que nunca pára de correr – hoje foi fundamental para o sucesso da sua equipa; Bale foi um perigo à solta e também trabalhou muito em prol do colectivo; Ronaldo… é Ronaldo.

Coentrão esteve irrepreensível mais uma vez - fantástica performance  Fonte: UEFA
Coentrão esteve irrepreensível mais uma vez – fantástica performance
Fonte: UEFA

O Real Madrid destruiu por completo o actual campeão europeu, como muito poucos acreditavam ser possível. Defenderam com tudo e atacaram com tudo, estiveram bem em todos os momentos do jogo, foram mais inteligentes e mais determinados. Há que fazer a devida vénia a Carlo Ancelotti, que preparou muito bem o duelo e ganhou em toda a linha. O técnico italiano está, assim, a uma vitória de conquistar a sua quinta Liga dos Campeões (terceira como treinador). Independentemente do finalista apurado amanhã, o Real Madrid será sempre o favorito na Luz. Resta agora saber se vai ter pela frente o rival madrileño do Atlético ou um Chelsea comandado pelo seu anterior treinador, José Mourinho.

A Figura
Cristiano Ronaldo – tem 16 golos em 10 jogos. Repito: 16 golos. Hoje apontou dois e fez história, batendo o record de número de golos alcançados numa só edição da Liga dos Campeões/Taça dos Campeões Europeus. É, sem dúvida, dos melhores futebolistas de sempre e hoje esteve ao seu melhor nível.

O Fora-de-Jogo
Pep Guardiola – sou um profundo admirador do catalão, mas tem de ser ele a assumir o rotundo fracasso da equipa. Ao cabo de 180 minutos de tiki-taka, o Bayern sofreu cinco golos e não foi capaz de marcar. Os campeões alemães acabaram humilhados no Allianz Arena e isso deve ser motivo de reflexão interna.

Francisco Manuel Reis
Francisco Manuel Reishttp://www.bolanarede.pt
Apaixonado pela escrita, o Francisco é um verdadeiro viciado em desporto. O seu passatempo favorito é ver e discutir futebol e adora vestir a pele de treinador de bancada.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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