FC Schalke 04 2-3 Manchester City FC: Cinco minutos de classe dão reviravolta aos citizens

Frente a frente nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões estavam dois opostos nos respetivos campeonatos nacionais, com o Schalke a ter uma temporada pobre que o deixa perto da zona de descida, enquanto o City é líder à condição da Premier League.

A justificar o favoritismo, o City esteve por cima nos primeiros minutos de jogo, com um tiki-taka furtivo que deu dores de cabeça à defesa local, com Fahrmann a ser chamado a aplicar-se bem cedo a um cabeceamento de Aguero.

Não surpreendeu ninguém no Veltins-Arena que o City se colocasse à frente do marcador ainda antes dos 20 minutos, com enquanto o Schalke pouco perigo conseguia criar no ataque, com David Silva a roubar a bola a um desatento Sané e a oferecer o golo de baliza aberta ao inevitável Aguero, com os jogadores germânicos a reclamar falta no início do lance.

O Schalke procurou a resposta, com Mark Uth a assustar Ederson num remate de longe aos 25 minutos que saiu ligeiramente ao lado, mas os germânicos encontraram uma defesa compacta e matreira dos citizens, que procurava trocas de bola rápidas para chegar em pouco tempo à baliza de Fahrmann.

Porém, aos 35 minutos, um remate do Schalke acabou desviado pelo braço de Otamendi, com o árbitro a assinalar penálti após quatro minutos à espera da decisão do VAR e com o sistema de vídeo do relvado… Avariado. Na marcação do castigo máximo, Bentaleb enganou Ederson com um remate forte e colocado, a restabelecer a igualdade no marcador.

O empate parecia incomodar as duas equipas, que mostraram displicência na construção e cometeram várias faltas, até que o árbitro vê falta de Fernandinho dentro da grande área do City e assinalou imediatamente o castigo máximo.

Novamente frente a frente com Ederson, Bentaleb atirou colocado, sem hipóteses para o guarda-redes brasileiro, e confirmou a reviravolta já perto do minuto 45. Bernardo Silva ainda tentou empatar num remate de longe, mas a vantagem do Schalke manteve-se e o Manchester City foi para os balneários em desvantagem.

Bentaleb, com dois penáltis exímios, deu esperança num triunfo aos adeptos do Schalke 04
Fonte: UEFA

Guardiola precisava que a equipa entrasse mais feroz na segunda parte e Aguero apareceu especialmente inconformado na etapa complementar, mas o astro argentino esteve sempre fortemente pressionado pelos defesas do Schalke, enquanto muitas jogadas ofensivas do Manchester City morriam nos pés de um desinspirado Raheem Sterling.

O avançar dos minutos favorecia a formação germânica, que se fechava cada vez mais e tapava os caminhos para a baliza aos citizens, que mostravam cada vez mais nervosismo e dificuldades na manobra ofensiva. Pior ficou a situação do Manchester City quando Otamendi fez uma falta desnecessária a meio-campo e viu o segundo amarelo aos 68 minutos, obrigando Guardiola a lançar Kompany para manter a coesão defensiva.

Já com David Silva sacrificado após a expulsão de Otamendi, o técnico do City, surpreendentemente, decidiu tirar Sergio Aguero – um dos mais inconformados da equipa – e lançar Leroy Sané, cedo recebendo os lucros da alteração. Aos 85 minutos, num livre a uns bons 25 metros da baliza, Sané atirou com força e em arco para o fundo da baliza de Fahrmann, num golaço que restabelecia a igualdade do Manchester City diante da antiga equipa do extremo alemão.

Com a equipa relançada no jogo, coube a Ederson aparecer nos minutos finais para dar um contributo ofensivo aos citizens, com um pontapé longo a encontrar Raheem Sterling, que entrou pela área do Schalke adentro e bateu Fahrmann com um remate colocado já a chegar ao minuto 90, confirmando a reviravolta e punindo o conjunto alemão, displicente nos últimos momentos do jogo.

No final, os comandados de Guardiola levam um presente para casa, mas aquilo que sofreram para bater o conjunto alemão tem de servir de aviso para a segunda mão.

ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES

Schalke 04: R. Fahrmann, D. Caligiuri, J. Bruma, S. Sané, M. Nastasic, B. Oczipka, N. Bentaleb, W. McKennie (S. Skrzybski, 77’), S. Serdar, M. Uth (A. Harit, 88’), H. Mendyl (G. Burgstaller, 65’).

Manchester City: Ederson, K.  Walker, N. Otamendi, Fernandinho, A. Laporte, K. De Bruyne (O. Zinchenko, 87’), I. Gundogan, D. Silva (V. Kompany, 69’), , R. Sterling, B. Silva, S. Aguero (L. Sané, 78’).

João Reis
João Reishttp://www.bolanarede.pt
Desde de 1993 que a cor que lhe corre nas veias é vermelha e branca! Quando era mais novo, chegou a jogar no clube rival de Lisboa, mas nunca escondeu que o seu grande amor era o Glorioso. Tem uma enorme admiração pelo Liverpool FC. Gostava de um dia ir a Anfield Road e cantar bem alto a canção que imortalizou os Gerry & The Pacemakers: "You'll Never Walk Alone!" A dar os primeiros passos como treinador de futebol, o seu maior sonho é treinar o clube de coração e alma, o Sport Lisboa e Benfica.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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