Juventus FC 1-2 Paris Saint-Germain FC: Vitória magra foi insuficiente para chegar ao topo

A CRÓNICA: NUNO MENDES TRAVOU ESFORÇO DA ‘VECCHIA SIGNORA’

Dava para fazer um onze inicial com os ausentes do lado da Juventus FC, muitos deles importantes, mas nem isso fez a Vecchia Signora encarar este duelo de forma diferente.

Apesar de a Juve ter estado muito rematadora de fora de área, até foram, ironicamente, os franceses que chegaram à vantagem, pelo inevitável Kylian Mbappé.

O Paris Saint-Germain FC não ia atacando com demasiado volume, revelando-se bem mais eficaz que o seu oponente, que ia somando oportunidades claras de golo. A Juventus FC precisava da vitória, ou pelo menos de fazer um melhor resultado que o Maccabi Haifa em Israel, mas a falta de sentido de oportunidade ia custando caro aos italianos, que só foi desbloqueado por um… central. Leonardo Bonnuci, ele mesmo, subiu até à área e qual ponta de lança, enviou a bola para o fundo das redes de cabeça.

Com o passar dos minutos na segunda parte o SL Benfica foi ampliando a vantagem em Israel e com a vitória encarnada os franceses sabiam que tinham de marcar pelo menos mais um golo para voltar ao primeiro lugar do grupo.

Christophe Galtier olhou para o banco e chamou Hugo Ekitiké e Nuno Mendes, que entrou em campo para resolver o jogo, logo nos primeiros 30 segundos em que lá esteve. Entrada incrível do português com um golo fulminante, que ainda assim não chega para passar em primeiro lugar, dada a diferença de cinco golos do Benfica em Israel. A Juve, com a vitória benfiquista, segue para a Liga Europa, no terceiro lugar do grupo. Fica a ideia de um PSG que terá de fazer bem mais para chegar longe nesta Liga dos Campeões. Nem sempre ter as peças de xadrez certas pode chegar para fazer a diferença, é preciso saber movimentá-las da melhor forma. Veremos se Galtier tem estofo para aguentar este difícil jogo de tabuleiro.

A FIGURA


Kylian Mbappé – O francês é completamente diferenciado. Pode gostar-se mais ou menos dele e das suas supostas atitudes fora de campo, mas é impossível não olhar para Mbappé como uma das armas mais perigosas do futebol mundial da atualidade. Sempre que a bola lhe chega aos pés, o perigo é constante para os adversários. As mudanças de velocidade e a qualidade no remate fazem dele um verdadeiro matador, com todas as características para continuar nestas andanças por mais tempo ainda.

 

O FORA DE JOGO


Juan Bernat – A diferença para Nuno Mendes não é perto de ser comparável. Foi claramente o elo mais fraco da equipa e permitiu a Juan Cuadrado a criação de muitas das jogadas de perigo. Com a entrada do lateral português em campo, e consequente golo aos primeiros toques, ficou ainda mais evidente a diferença entre os dois, tanto defensiva, como ofensivamente.

 

ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

A Juventus FC organizou-se em 3-5-1-1, num conjunto que se apresentou imensamente desfalcado no arranque para esta partida, muito fustigado por lesões nas suas principais armas.

Com Leonardo Bonnucci como elemento central da defesa, Alex Sandro adaptava-se à esquerda, com Federico Gatti do outro lado. Os laterais eram projetados na frente de ataque, principalmente Juan Cuadrado, que acabou por ter mais visibilidade, dadas as dificuldades de Juan Bernat do ponto de vista defensivo em acompanhar a rapidez de execução do colombiano.

Do meio-campo, destacou-se o papel decisivo de Manuel Locatelli, que deu o mote aos seus colegas a rematar de longe, e bem, levando muito perigo à baliza de Gianluigi Donnarumma. Fabio Miretti, ainda a dar os primeiros passos neste nível do futebol europeu, esteve na retaguarda de Milik, mas foi acumulando alguns erros, também naturais para alguém da sua idade. Onde não chegava o talento, chegava a vontade e determinação italiana em chegar ao golo. A posse de bola era menos confiante e menos ponderada, mas a equipa da Juventus tornava-se mais agressiva nas disputas de bola e parecia ter sempre mais ‘vontade’ em chegar à baliza contrária de forma mais vertical.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

WOJCIECH SZCZESNY (6)

FEDERICO GATTI (5)

LEONARDO BONNUCI (7)

ALEX SANDRO (6)

MANUEL LOCATELLI (7)

NICOLO FAGIOLI (6)

ADRIEN RABIOT (6)

JUAN CUADRADO (7)

FILIP KOSTIC (5)

FABIO MIRETTI (5)

ARKADIUSZ MILIK (6)

SUPLENTES UTILIZADOS

FEDERICO CHIESA (5)

MATÍAS SOLUÉ (-)

TOMMASO BARBIERI (-)

ENZO BARRENECHEA (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – PARIS SANT-GERMAIN FC

O PSG de Christophe Galtier apresentou-se em 4-3-1-2 em Turim. Com uma linha de quatro defesas, Galtier oferecia a bola, como costuma fazer, aos três médios, todos eles de características semelhantes entre si, principalmente por Vitinha e Marco Verratti, os dois maestros a pautar o jogo. Fabián Ruiz saiu cedo e cedeu lugar a Renatos Sanches, que tentou criar ligação entre a defesa e ataque, com mais iniciativas a conduzir a bola para a frente. Carlos Soler fez o papel de Neymar à frente, mas esteve algo apagado e desaparecido da partida.

Kylian Mbappé e Lionel Messi estavam soltos na frente de ataque, mas raramente estiveram devidamente apoiados e as jogadas tornavam-se previsíveis. Messi envolvia-se mais na circulação junto dos médios e Mbappé recebia essencialmente a partir da esquerda, puxando para dentro para tentar rematar de fora para dentro.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

GIANLUIGI DONNARUMMA (6)

ACHRAF HAKIMI (6)

SERGIO RAMOS (5)

MARQUINHOS (6)

JUAN BERNAT (4)

MARCO VERRATTI (7)

FÁBIAN RUIZ (3)

VITINHA (7)

CARLOS SOLER (5)

LIONEL MESSI (6)

KYLIAN MBAPPÉ (8)

SUPLENTES UTILIZADOS

RENATO SANCHES (6)

NUNO MENDES (7)

HUGO EKITIKÉ (5)

DANILO PEREIRA (-)

Gabriel Henriques Reis
Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.

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