No dia 18 de setembro de 2025, às oito da noite, e depois de percorridos cerca de 7400 km, Lisboa recebe um jogo inédito da Champions League, o Sporting defronta o Kairat Almaty, do Cazaquistão, que se estreia na prova milionária.
Os Leões são naturalmente favoritos, mas não podem cair na armadilha de pensar que o jogo está ganho à partida. O Kairat traz consigo talento e experiência, contando com dois portugueses no plantel – Jorginho e Luís Mata – e apresentando ao grande palco europeu a maior promessa do futebol cazaque, Dastan Satpaev, já garantido pelo Chelsea para a próxima temporada. A estes juntam-se nomes como o médio israelita Dan Glazer e o avançado brasileiro Elder Santana, conhecido do futebol português.

A particularidade que torna este jogo memorável é a distância que o separa. Trata-se do confronto entre equipas mais distantes na história da Liga dos Campeões.
O futebol moderno permite estas viagens e encontros improváveis, mas nunca antes uma equipa europeia percorreu tantos quilómetros para disputar um jogo oficial da competição. Desta vez, a sorte sorriu à equipa de Rui Borges, que recebe em casa este confronto e não terá que percorrer estes quilómetros todos.
Este encontro marca também o início da caminhada europeia do Sporting numa fase de grupos particularmente exigente, onde cada ponto pode ser decisivo. Rui Borges, que ainda está a consolidar a equipa após a era Amorim, tem nesta estreia a oportunidade de afirmar a sua visão: a defesa a quatro com um futebol mais pragmático, mas igualmente capaz de entusiasmar.
Apesar da recente derrota com o FC Porto, os Leões vivem um momento de crescimento, com as contratações a afirmarem-se e com a confiança de que, em Alvalade, os três pontos não podem escapar.

Mais do que um simples jogo, este Sporting x Kairat representa a globalização do futebol europeu, que já não conhece fronteiras. Para os adeptos, é uma oportunidade de conhecer equipas novas, novos talentos e culturas diferentes. Para os jogadores, mais uma oportunidade de se mostrarem no maior palco mundial de clubes e, desta vez, num confronto que une pontos opostos do velho continente.
O Sporting terá de mostrar a sua força em Alvalade, mas também respeito por um adversário que chega de tão longe para provar que a Liga dos Campeões é verdadeiramente universal.