Javi Prendes, treinador do Puerto de Vega, fez o rescaldo da derrota do clube na Taça do Rei. Técnico com palavras fortes após o jogo.
O Puerto de Vega, modesta equipa das regionais das Astúrias, bateu-se de frente contra o Celta de Vigo. Depois da derrota por 2-0, Javi Prendes, treinador do clube, deixou uma mensagem clara e críticas ao futebol espanhol.
«Estamos num país democrático e podemos expressar-nos, não é? Quantas pessoas valem a pena e não têm uma oportunidade? Se eu não for a um clube de strip à uma da manhã não assino contratos. Aí sim, tenho uma oportunidade. Vamos ver se têm coragem de publicar isto», começou Javi Prendes.
«Por mais que eu faça hoje ou promova a equipa, tenho a certeza de que ninguém me vai ligar. Que se lixe a mãe que me deu à luz. É assim que as coisas são. Proletariado, trabalhadores», prosseguiu o treinador.
Quanto ao jogo, que o Puerto de Vega deixou chegar ao intervalo empatado, Javi Prendes destacou a festa dos adeptos e deixou elogios a Claudio Giráldez, treinador celtista.
«Foi um dia histórico, com uns primeiros 45 minutos excepcionais. A festa foi incrível. Não esperava o 0-0 ao intervalo. O objetivo era não desiludir, que não nos marcassem dez golos. Fizemos muita gente feliz», confessou Javi Prendes.
«Eu disse ao Claudio Giraldez que ele vem da lama, é um dos treinadores de que gosto, de treinar em ligas juvenis. Do nada. No entanto, neste país de merda, treinam aqueles que conhecem um presidente. Ninguém é promovido por mérito próprio», voltou a destacar o treinador.

