A CRÓNICA: UM BARÇA QUE DEU GOSTO VER JOGAR
A jornada 23 foi sinónima de Clássico no campeonato espanhol, com o FC Barcelona a receber o Club Atlético Madrid, num encontro muito esperado, principalmente para os adeptos catalães, após um mercado de transferências de inverno muito mexido para a formação anfitriã.
Numa primeira parte frenética, o Barcelona foi a equipa que melhor entrou no encontro, visando consistentemente a baliza adversária à procura do tento, com o estreante Adama Traoré a ser uma constante dor de cabeça para a defensiva madrilena. Ainda assim, apesar do maior ascendente dos caseiros no jogo, foi o Atlético que inaugurou o marcador, ao minuto 8, depois de Carrasco finalizar um grande lance de contra-ataque dos visitantes.
A resposta veio de imediato, com Jordi Alba a assinar uma autêntica obra de arte, que permitiu restaurar a igualdade no marcador. A formação culé manteve-se por cima na partida e, à passagem do minuto 21, o menino Gavi ampliou a vantagem para os catalães, novamente com Adama na assistência. Por sua vez, o Atlético acusou a pressão, e mostrou imensas dificuldades em ter bola, tendo sido raras as vezes em que conseguiu cruzar a linha de meio-campo. Ainda antes do intervalo, o Barça voltou a marcar, com Ronald Araújo a estar no sítio certo para a recarga de um livre.
A alta intensidade imprimida pelo Barcelona no encontrou manteve-se na segunda parte, reflexo disso foi o golo de Dani Alves cinco minutos depois do recomeço da partida, e que colocou os colchoneros numa posição ainda mais delicada. O Atlético conseguiu responder por intermédio de Luis Suárez, ao minuto 58, e viu as suas esperanças renovadas quando, cerca de dez minutos depois, Dani Alves foi expulso após conduta violenta. Ainda assim, a turma de Madrid não foi capaz de aproveitar a superioridade numérica, e o marcador não voltou a mexer até final.
Com este grande resultado, o Barcelona sobe ao quarto lugar do campeonato, com 38 pontos, ultrapassando o Atlético que desce para a quinta posição, e agudiza ainda mais a crise dos colchoneros, que ficam a dois pontos dos catalães.
A FIGURA
Muaks! pic.twitter.com/0YlWuv0ZcB
— FC Barcelona (@FCBarcelona) February 6, 2022
Gavi – O menino-prodígio do Barcelona FC fez uma partida como gente grande, sendo um autêntico patrão da equipa em toda a linha, tanto a atacar como a defender. Destaque ainda para o golo apontado que embalou os catalães para o resto do encontro.
O FORA DE JOGO
✏ ¡Completa tu pronóstico para el encuentro de hoy! ⤵
⚽ Barcelona _ – _ Atleti
👟 Goleador(es): __ pic.twitter.com/zPdq0XgMW2
— Atlético de Madrid (@Atleti) February 6, 2022
Mario Hermoso – O lateral esquerdo do Club Atlético Madrid viu-se num autêntico pesadelo neste encontro, sendo incapaz de parar as investidas do Barcelona FC pela sua faixa, principalmente as incursões de Adama Traoré que deixou o espanhol aos papéis. Um jogo francamente fraco do jogador colchonero.
ANÁLISE TÁTICA – FC BARCELONA
Os comandados de Xavi Hernández alinharam num sistema tático de 4-3-3. Com destaque para a estreia de Adama Traoré no onze inicial, o Barcelona fez uma partida muito completa a todos os níveis. Através de uma pressão alta e rápida reação à perda, conseguiram estancar as iniciativas adversárias quase à nascença, especialmente no primeiro tempo. Ofensivamente, o jogo exterior foi muito importante, com os extremos a serem capazes de dar largura à equipa, o que permitiu não só aproveitar os corredores, como abrir espaços entrelinhas. Após a expulsão de Dani Alves, os caseiros mantiveram uma excelente organização defensiva.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
ter Stegen (6)
Alves (7)
Araújo (7)
Piqué (7)
Alba (7)
Pedri (6)
Busquets (6)
de Jong (6)
Traoré (7)
Torres (7)
Gavi (8)
SUBS UTILIZADOS
Aubameyang (6)
Nico (6)
Dest (6)
ANÁLISE TÁTICA – CLUB ATLÉTICO MADRID
Já os pupilos de Diego Simeone, apresentaram-se no seu habitual dispositivo tático base em 4-3-3, mas com dinâmicas bem diferentes do 4-3-3 adversário. Num primeiro tempo muito pobre, em que até abriram o marcador, os colchoneros mostraram imensas dificuldades, nomeadamente na primeira e segundas fases de construção, face à pressão enorme aplicada pelo Barcelona. Já na segunda parte, apesar da entrada em falso com mais um golo sofrido e a correr atrás do prejuízo, o Atlético conseguiu subir linhas, desmarcando-se da pressão adversária e foi mais capaz de criar perigo junto da baliza catalã. Para isso, foram benéficas as alterações promovidas por “Cholo”.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Oblak (5)
Vrsaljko (5)
Savić (6)
Giménez (7)
Hermoso (5)
De Paul (7)
Koke (6)
Lemar (6)
Carrasco (7)
Suárez (7)
Félix (6)
SUBS UTILIZADOS
Wass (6)
Cunha (6)
Reinildo (6)
Correa (6)
Herrera (6)