Real Madrid CF 3-1 FC Barcelona: Merengues tremem, mas não caiem

    A CRÓNICA: REAL MADRID CF LEVA A MELHOR EM JOGO COM ERROS FATAIS PARA O FC BARCELONA

    O primeiro “El Clásico” da temporada foi jogado no renovado Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid CF. Quando falamos do que para muitos é o melhor clássico de futebol, decerto lembramo-nos da utopia criada em torno de Ronaldo e Messi, mas também dos duelos efervescentes que Guardiola e Mourinho nos proporcionavam.

    Utopia esta que caiu em esquecimento, deixando somente lembranças. Contudo e mesmo sem ter estes craques do futebol que outrora tinha, não deixa de ser um clássico cheio de espetacularidade. Até porque FC Barcelona e Real Madrid seguiam no topo da classificação com os mesmos pontos.

    Sanchéz Martinez deu o mote inicial para o começo do jogo. O ambiente em Madrid era fantástico, antevendo um grande jogo de futebol.

    Num começo bastante alucinante com as equipas a entrarem com vontade de ganhar, o Real acabou por ser eficaz e na primeira ocasião de golo fez balançar as redes. Autoria do suspeito do costume, Karim Benzema. Numa jogada cerebral de Kroos que lançou Vinícius. O brasileiro não conseguiu bater Ter Stegen mas na recarga, Benzema não perdoou.

    A resposta dos comandados de Xavi não tardou, Lewandoski podia ter reposto a igualdade ainda antes de chegarmos à meia hora de jogo, mas desperdiçou uma grande ocasião de golo. Quem não desperdiçou foi Valverde que voltou a balançar as redes da equipa catalã, com um excelente remate de fora de área. As fragilidades defensivas do Barcelona faziam a balançar pender para o lado merengue.

    As equipas recolheram aos balneários com o Real a levar esta vantagem de dois golos para a segunda parte.

    A equipa de Madrid voltou a entrar muito bem e Benzema voltaria a colocar a bola no fundo da rede. Porém o golo seria invalidado por posição irregular do avançado francês.

    Com o Real Madrid a respirar confiança o Barcelona via-se obrigado a correr atrás da bola. Xavi percebia isso e rapidamente mexeu na equipa. Gavi rendeu Busquets, Balde saiu para a entrada de Alba e Ferran entrou para o lugar de Raphinha. À passagem do minuto 70, o técnico espanhol voltaria a mexer com a entrada de Ansu Fati para o lugar de Dembélé.

    O número 10 do Barça não demorou a causar estragos e num lance entre jogadores saídos do banco, os catalães viriam a reduzir a desvantagem no marcador. Ferran Torres foi o autor do golo, numa grande jogada de Fati.

    O golo deu vida ao Barcelona e, por outro lado, os merengues pareciam estar a quebrar. Contudo, mais um erro defensivo de Eric Garcia acabou por condenar os comandados de Xavi. Rodrygo, que havia entrado para o lugar de Vinícius, bateu Ter Stegen e fechou as contas do jogo em 3-1 para os de Madrid.

     

    A FIGURA

    Federico Valverde – Confesso que, entre Valverde e Tchouameni, a dúvida foi muita. O golo acabou por me levar a eleger o uruguaio, mas a sua exibição foi muito mais do que um simples golo. Durante a primeira parte, pareceu estar num ritmo totalmente distinto dos demais. A mobilidade que aporta ao sistema tático do Real é fantástica.

     

    O FORA DE JOGO

    Eric García – Eric foi o baluarte da péssima exibição defensiva do Barcelona. Comprometeu no segundo golo e cometeu o penalti que tiraria a hipótese da equipa catalã disputar o jogo até final. Exibição para esquecer do central da seleção espanhola.

     

    ANÁLISE TÁTICA – REAL MADRID CF

    Ancelotti utilizou o onze mais comum quando disputa os jogos teoricamente “grandes”. O seu típico 4-3-3/4-4-2. Lunin na baliza continuou a render o lesionado Courtois. Militão e Alaba ocuparam os lugares centrais da defesa, com Mendy e Carvajal encarregues dos corredores laterais. No meio-campo, Tchouameni têm se imposto de forma categórica na equipa. Ao seu lado os “míudos”, Kroos e Modric. Na frente, Vini Jr. na ala esquerda, Benzema no centro e Valverde a fazer a ala direita, dando esta mobilidade tática e variação entre o 4-3-3 e o 4-4-2.

    Mesmo com as mexidas na segunda parte, Ancelotti foi fiel a si mesmo. Fez mudanças cirúrgicas que não mexeram com o sistema tático.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Lunin (6)

    Carvajal (6)

    Militão (6)

    Alaba (6)

    Mendy (6)

    Tchouameni (8)

    Modric (6)

    Kroos (7)

    Valverde (8)

    Vinícius (6)

    Benzema (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Camavinga (5)

    Rodrygo (6)

    Rudiger (4)

    Asensio (4)

    ANÁLISE TÁTICA – FC BARCELONA

    O técnico espanhol e ex-capitão dos catalães apresentou também o esquema tático habitual (4-3-3). Ter Stegen na baliza, com Eric Garcia e Koundé a ocuparem o centro da defesa. Nas laterais, Xavi apostou no jovem Balde na esquerda e no experiente Sergi Roberto na lateral direita. Num meio-campo muito cerebral, jogaram Busquets, Pedri e De Jong. Na frente Lewandowski ocupou o centro, Raphinha e Dembélé traziam vertiem ao ataque catalão.

    Na segunda parte e ao ver que a equipa não estava a produzir o que devia, Xavi mexeu. Lançou Gavi no lugar de Busquets, Ferran no lugar de Raphinha e Fati no lugar de Dembélé. Aposta ganha do treinador espanhol. Gavi levou o jogo sem bola do Barça para outro nível e o golo que reduziu a desvantagem surgiu numa jogada destes três homens lançados.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ter Stegen (5)

    Sergi Roberto (5)

    Koundé (5)

    Eric (3)

    Balde (4)

    Busquets (5)

    Pedri (6)

    De Jong (6)

    Raphinha (6)

    Dembélé (5)

    Lewandowski (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Torres (5)

    Alba (5)

    Gavi (7)

    Fati (6)

    Kessie (5)

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Duarte Amaro
    Duarte Amarohttp://www.bolanarede.pt
    Duas são as paixões que definem o Duarte: A Comunicação e o Desporto. Desde muito novo aprendeu a amar o desporto, muito por culpa dos intervenientes que o compõem. Cresceu a apreciar a mestria de Guardiola, a valentia de Rossi e a habilidade de Hamilton, poder escrever sobre estes é algo com que sempre sonhou.