Real Sociedad de Fútbol | Los txuri-urdin de Imanol Alguacil

    A Real Sociedad de Fútbol tem sido um dos projetos mais bem conseguidos do futebol espanhol e um dos destaques da temporada europeia conquistando ao redor do mundo diversos fãs, não só pelo futebol que apresentam, mas também pela sua mística.

    Até ao momento, está a ser um início de época frenético por parte da Real Sociedad de Imanol Alguacil que chega a esta paragem para os compromissos das seleções, destaque para os cinco jogadores convocados para a seleção espanhola, com 18 jogos disputados, 10 vitórias, cinco empates, apenas três derrotas e a juntar a estes dados um futebol rápido, agressivo e jovem que impressiona os seus adversários, principalmente nas competições europeias.

    Imanol Alguacil, atual treinador da equipa, é um dos nomes que leva los txuri-urdin à Liga dos Campeões, após seis anos no cargo de treinador principal da equipa basca, sendo este o quinto que inicia a época ao leme dos bascos, e o seu trabalho tem sido fantástico. De recordar que o treinador espanhol conquistou o apuramento para a liga milionária após 10 anos da última participação.

    Uma equipa que chama à atenção por, desde sempre, apostar muito na prata da casa como a sua arma principal, e basta olhar para o plantel principal, onde 26 dos jogadores utilizados ao longo da presente época, 15 são formados na Real Sociedad. Esta é uma crença que faz parte da cultura basca que se baseia no forte investimento das formações, o outro grande exemplo é o Athletic Club. E convenhamos, não se têm saído nada mal na formação de craques.

    Um onze base formado por Álex Remiro (guarda-redes), Hamari Traoré (defesa direito), Igor Zubeldia (defesa central), Robin Le Normand (defesa central), Aihen Muñoz (defesa esquerdo), Martin Zubimendi (médio), Mikel Merino (médio), Brais Méndez (médio), Takefusa Kubo (extremo direito), Ánder Barrenetxea (extremo esquerdo) e Mikel Oyarzabal (avançado/falso nove). A fortaleza desta equipa, sem dúvida, que é o meio-campo formado por três médios centros que se completam e podem, cada um, agregar algo que qualquer jogo precisa, desde a parte técnica onde o ex-Celta de Vigo, Méndez se destaca, a física com Zubimendi e uma mescla destes dois requisitos com o inernacional espanhol, Mérino.

    A Real Sociedad está entre as cinco equipas com mais posse de bola da Liga Espanhola e curiosamente são das que menos cruzam e rematam, mas apesar disso não praticam um futebol, de todo, enfadonho como, por vezes, o Barcelona que tem muito a bola, mas não fazem nada além de a trocar entre si. A real, não.

    Los txuri-urdin praticam um futebol de “alta rodagem”, onde os picos de adrenalina sobem lá a cima. Podemos compará-los com o Liverpool de Klopp, por exemplo, que é uma equipa que coloca muito ritmo nas partidas, atrai bastante para aproveitar a profundidade, é muito intensa e física no meio-campo sempre com o objetivo de chegar o mais rápido possível à área adversária e a Real Sociedad é mais ao menos isso, com as suas devidas diferenças, por motivos óbvios (matéria humana, investimento).

    Mas claro, para se praticar este tipo de futebol é necessário ter jogadores com condições físicas e mentais para o fazer e a Real Sociedad tem-nos e forma-os para isso mesmo. Um plantel feito para jogar da forma que Imanol Alguacil se identifica e os resultados falam por si. O ano transato apuraram-se para a Liga dos Campeões, na qual já estão nos oitavos de final 20 anos depois, e na Liga espanhola, apesar do sexto lugar, não fazem uma má campanha.

    Sem dúvida uma das equipas que, atualmente, mais me dá gosto assistir. Sabem fazer tudo bem, mas por que é que perderam três vezes no campeonato espanhol? É uma boa pergunta e pode ser respondida pela inexperiência do plantel que, por vezes, é boa, pois a irreverência decide jogos, mas, por outro lado, também perde. Exemplos de jogos com o Atlético de Madrid, Real Madrid e Barcelona expressam isso mesmo. Jogaram melhor, mas faltou ser eficaz.

    Contudo, é mais um dos “pequenos” projetos que está a dar cartas na Europa e tem tudo para fazer história, tanto dentro de portas como fora delas.

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    Miguel Costa
    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.