A CRÓNICA: DE DOIS A ZERO PARA DOIS E BENZEMA
A entrada no encontro foi, na prática, do Sevilla. Até à meia hora de jogo, não havia nada mais no campo a não ser a pressão dos comandados de Lopetegui. Deu em dois golos. Rakitic atirou pelo meio da barreira do Real Madrid CF, no seguimento de um livre direto. Apesar da bola não ganhar muita altura, abriu-se um buraco na barreira. Estava o primeiro.
No segundo, Lamela apareceu à entrada da área na recarga do incómodo de Jesús Corona perante a má saída de Courtois. Golo.
O jogo só começou, realmente, para o Real Madrid após a desvantagem por dois golos. Até lá, pouco ou nada se viu para além da passividade em todos os momentos de jogo.
Depois, a situação alarmante da primeira parte. Podia ter sido expulso Camavinga. Parou Martial numa investida do Sevilla e seria o segundo amarelo. O avançado da equipa da casa foi substituído, o árbitro decidiu continuar o jogo sem qualquer admoestação.
Ninguém queria a bola. Eram constantes as trocas de bolas de equipa para equipa, com ataques inconsequentes. Mérito das defesas, mas possível demérito dos ataques. Sem ocasiões claras para o Real Madrid (para além de uma bola de Alaba que podia ter culminado em golo de Benzema) e nada mais do que as ocasiões que deram em golo para o Sevilla, recolheu tudo aos balneários.
Diz-se que à terceira é de vez. Depois de dois remates de Benzema, aparece Rodrygo. Numa jogada combinada pela esquerda entre Vinicius, Carvajal e o marcador de golo. Uma verdadeira triangulação quase perfeita ao primeiro poste para o diminuir da vantagem do Sevilla.
O jogo também foi de Bono. Se não foi quase na íntegra. Bono foi um verdadeiro inimigo dos madridistas, sendo que, na única defesa falhada até à hora de jogo, não podia fazer mais do que fez.
Pareceu uma segunda parte apática para o Sevilla, onde a única grande oportunidade surge, apenas aos 72 minutos. Podia ter ficado tudo praticamente resolvido nesse momento, mas a equipa não conseguia ter bola, pareceu bastante desligada entre setores e já não existia o mesmo nível de pressão defensiva da primeira parte.
Quem não marca, eventualmente sofre e Vinicius Júnior acabou por meter a bola no fundo das redes de Bono, mas o lance suscitou dúvidas. Cuadra Fernandéz consultou o vídeoárbitro, mas o golo acabou invalidado porque o árbitro entendeu que a bola bateu no braço do jogador da equipa de Madrid. Foi um suspiro de alívio nas bancadas do Sanchéz Pizjuán.
Mas aconteceu mesmo. Carvajal ganha o duelo, cruza para o centro da área para Nacho que, tinha acabado de entrar, empatou a sério a partida. Lia-se um 2-2 no marcador e u, balde de água fria em Sevilla.
Rapidamente a água fria virou gelada numa noite de Primavera. De dois a zero para dois e Benzema. Numa jogada de envolvimento bem desenhada, o calcanhar de Vinicius Júnior foi o calcanhar de Aquiles do Sevilla. Deu a assistência ao avançado francês e a remontada da tropa de Ancelotti.
A FIGURA
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— Real Madrid C.F. (@realmadrid) April 17, 2022
Substituições do Real Madrid CF – Ancelotti acertou em tudo. A perder por duas bolas, faz as substituições acertas que garantiram a reviravolta que, a certo ponto do encontro, pareceu improvável. Rodrygo e Nacho entraram para fazer a diferença no marcador e em todo o encontro.
O FORA DE JOGO
Por si no me conocían, me llamo Eduardo…@Camavinga | #UCL pic.twitter.com/OB9LTOcfyL
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Eduardo Camavinga – Disciplinarmente “à bica” e só não passou despercebido no encontro por isso mesmo. Dentro daquilo que foi a primeira parte, Camavinga não marcou o jogo de forma suficientemente ofensiva para as necessidades do Real Madrid.
ANÁLISE TÁTICA – SEVILLA FC
O Sevilla FC de Julien Lopetegui alinhou num 4-3-3, com uma equipa subida no terreno na primeira fase de construção do Real Madrid, com muita pressão exercida sobre os centrais.
Defesa da casa pressionante e marcação homem a homem, bastante subida com Acuña a ser um dos jogadores mais subidos.
A entrada de Óliver permitiu uma maior ligação com Corona e com o ataque, com Joan Jórdan e Rakitic a construir o restante do jogo pelo interior. Corona foi dos mais interventivos no encontro, com uma assistência e uma enorme pressão sobre os jogadores do Real Madrid em muitos momentos do encontro.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Bono (7)
Marcos Acuña (7)
Diego Carlos (6)
Jules Koundé (7)
Jesús Navas (6)
Ivan Rakitic (7)
Joan Jordán (7)
Jesús Corona (7)
Papu Gómez (6)
Erik Lamela (7)
Anthony Martial (6)
SUBS UTLIZADOS
Rafa Mir (7)
Óliver Torres (7)
Augustinsson (6)
Nemanja Gudelj (6)
Lucas Ocampos (5)
ANÁLISE TÁTICA – REAL MADRID CF
Alinhado num 4-4-2 sem bola e 4-3-3 com bola e largura pela direita, o Real Madrid de Ancelotti pegou em Valverde como extremo direito, onde, sem bola, recuava ao meio-campo.
Dani Carvajal teve de render como lateral esquerdo devido às lesões de Marcelo e Mendy. Toni Kroos foi o médio a baixar mais no triângulo do meio-campo, com Modric e Valverde (sem bola) a serem os dois “oito” da equipa de Madrid.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Thibaut Courtois (6)
Dani Carvajal (7)
Éder Militão (7)
David Alaba (6)
Lucas Vázquez (7)
Toni Kroos (7)
Eduardo Camavinga (5)
Luka Modric (7)
Fede Valverde (6)
Vinicius Júnior (6)
Karim Benzema (6)
SUBS UTILIZADOS
Rodrygo (7)
Marcos Asensio (6)
Nacho Fernandez (6)
Mariano (5)