FC Internazionale Milano 5-0 FC Shakhtar Donetsk: Inter traiçoeiro marca final inédita com o Sevilha

    A CRÓNICA: Lição à italiana

    A experiência europeia de ambas as equipas é bem distinta e notou-se. O FC Internazionale Milano entrou em campo para jogar a sua 15.ª meia-final europeia, enquanto o FC Shakhtar Donetsk jogou a sua terceira. O conhecimento adquirido em anteriores experiências bem que valeu aos italianos.

    O Inter mostrou-se impenetrável, não tivesse sido a melhor defesa da Serie A. Aliás, nesta edição da Liga Europa tinha sofrido apenas dois golos, mantendo esse registo no final deste jogo. O Shakhtar entrou com fé nos seus criativos e na estratégia de Luís Castro.

    Um erro de Pyatov levou a que o Inter chegasse ao primeiro golo, por intermédio de Lautaro Martínez. A qualidade técnica que o guarda-redes ucraniano não tem, reside em sobra nos pés dos seus colegas e foi daí que a equipa começou a carburar.

    Sempre na lógica do catenaccio, o Inter, sem parecer querer assumir muito o jogo, lá foi criando perigo, sem se desorganizar. A esperança de Luís Castro estava na paciência dos seus baixinhos do meio-campo para encontrar uma nesga por onde atacar, mas estes foram sempre batendo e esbarrando com estrondo no muro italiano.

    Luís Castro alertou para o perigo do Inter nos esquemas táticos. Como sempre, somos melhores a dar conselhos do que a cumpri-los. Foi de um canto que o Inter marcou o seu segundo golo, através da cabeça de D’Ambrosio.

    Depois começou tudo a desmoronar-se e o sonho a fugir para a equipa ucraniana. Por cada erro que cometeu, sofreu um golo. Lautaro marcou novamente e Lukaku também bisou.

    A inédita final entre Sevilha e Inter joga-se na sexta-feira às 20 horas, em Colónia. Os nerazzurri tentarão conquistar o troféu pela quarta vez, a primeira desde que a competição se denomina Liga Europa.

     

    A FIGURA


    Lautaro Martínez – abriu caminho à construção da vitória e acabou com dois golos e uma assistência. Lukaku fixou os centrais e ele aproveitou os espaços disponíveis. Mortífero.

     

    O FORA DE JOGO


    Júnior Moraes – o melhor marcador dos Shakhtar não se viu. Esteve sempre bem guardado entre os três centrais do Inter. Esta temporada, sempre que marcou, a equipa não perdeu, no entanto, hoje não foi dia para ele.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC Internazionale Milano

    Na antevisão à partida, Luís Castro referiu que ambas as equipas tinham o seu modelo de jogo bem definido. Antonio Conte alinhou no discurso e dispôs a sua equipa no habitual 3-5-2.

    O Inter arrancou o jogo a pressionar alto a saída de bola recuada do Shakhtar, nomeadamente com o adiantamento de Brozović, sempre com a preocupação de cercar Stepanenko, o médio mais recuado dos ucranianos, que acabou mesmo por errar. Uma vez em organização defensiva, permaneceu sólido e coeso, dificultando a procura dos espaços por parte do adversário.

    A equipa de Milão ainda tentou atrair o Shakhtar a pressionar, mas os campeões ucranianos não caíram no engodo.

    Barella apareceu como médio mais adiantado e foi por ali, através dos seus rasgos de criatividade, que o Inter se tentou aventurar na frente, sempre tendo Lukaku como referência. Lautaro aproveitou as sobras.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Handanovič (6)

    Godín (6)

    Gagliardini (5)

    de Vrij (6)

    Lukaku (8)

    Martínez (8)

    Young (5)

    Barella (7)

    D’Ambrosio (6)

    Brozović (6)

    Bastoni (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Moses (-)

    Sensi (-)

    Eriksen (-)

    Esposito (-)

    Biraghi (3)

    ANÁLISE TÁTICA – FC Shakhtar Donetsk

    O Shakhtar apareceu no tradicional 4-3-3 com Stepanenko destacado no vértice defensivo do meio-campo, acompanhado por Alan Patrick e Marcos Antônio. No centro do terreno juntaram-se os extremos da equipa, Taison e Marlos, que, muitas vezes, trocaram passes entre si naquela zona.

    A proatividade defensiva dos italianos não fez com que o Shakhtar desistisse de trabalhar pacientemente a bola.

    Os ucranianos permitiram a saída do Inter, recuando, num bloco médio/baixo, e preocupando-se em ocupar os espaços e intercetar linhas de passe, estratégia que foi brutalmente destronada. Para impedir o um para um dos centrais com os avançados, frequentemente, o camisola seis da equipa juntou-se aos seus defesas.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pyatov (4)

    Kryvtsov (4)

    Khocholava (4)

    Stepanenko (6)

    Taison (6)

    Antônio (6)

    Moraes (4)

    Marlos (4)

    Patrick (5)

    Matviyenko (4)

    Dodô (4)

    SUBS UTILIZADOS

    Konoplyanka (3)

    Solomon (3)

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.