📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

FC Sheriff Tiraspol 2-0 SC Braga: Respeito a mais e relvado a menos

- Advertisement -

A CRÓNICA: A SOBREVALORIZAÇÃO DO ADVERSÁRIO COMO ERRO CAPITAL  

A vitória do FC Sheriff no Bernabéu ecoou pela Europa e construiu à equipa da Transnístria uma imagem falsa da sua qualidade. Os moldavos não passam duma equipa competente quanto baste, muito dependente dos rasgos individuais das suas ‘flechas’ ofensivas – Yansane ou Traoré, o autor do segundo – e do cérebro Thill na intermediária.

O SC Braga viu-se constrangido pela própria ideia que criou, erradamente, de que defrontava adversário ao seu nível. O choque com a realidade terá sido surpreendente para todos na comitiva, em especial para Carvalhal pela forma como fez alinhar a equipa.

Os primeiros minutos tornaram-se quase cómicos pela perplexidade arsenalista perante uma pressão ineficiente – muito mais impulsiva que coordenada – dos visitados e talvez por aí a inusitada em demora em tomar conta da ocorrência. Viu-se no relvado que aos portugueses bastava um pouco mais de criatividade no último terço – a bola gostou sempre mais de estar em nossa posse, ficando a faltar a verticalidade da qual abusou o Sheriff.

O cerco à baliza de Anasthasiadis só era interrompido por incursões expresso pela defensiva arsenalista, interpretados maioritariamente pelos dois supracitados: Yansane esteve sempre muito irrequieto na pressão e agressivo nos duelos, enquanto que Adama Traoré – com a mesma irreverência do homónimo mas sem a estampa física – aproveitou como pode o espaço entre Tormena e Bruno Rodrigues.

Podem-se apontar muitos factores determinantes para resultado tão negativo face á disparidade de qualidade individual das duas equipas. O relvado em mau estado – seco, relva alta, muitos remendos – não ajudou quando somado ao natural cansaço duma viagem de 6300 quilómetros, com um intervalo de quatro dias desde o último jogo.

Contudo, a desvantagem de dois golos torna-se acessível quando pensarmos na diferença de condições que Carlos Carvalhal encontrará em casa: perante o seu público, num relvado á medida dum futebol mais fluído e com a equipa mais ciente de que os moldavos estão perfeitamente ao seu alcance, o SC Braga tem todas as condições para ser feliz. Hoje não o foi muito por culpa própria.

 

A FIGURA

Evangelou, Radeljic e Petro – A linha de três do Sheriff foi sempre muito eficaz na resolução de problemas. Se conseguiram manietar Vitinha em primeira instância, fizeram o mesmo a Abel Ruiz; Horta e Medeiros andaram sempre muito distantes para serem problemas sérios e, em bloco baixo, tudo se tornou mais fácil para a tripla, que mostrou sempre altos níveis de concentração.

O FORA DE JOGO

Relvado do Sheriff Stadium – Não serve como desculpa, mas as más condições do tapete só acentuaram a desinspiração portuguesa e a má qualidade do espectáculo.

 

ANÁLISE TÁTICA – FC SHERIFF TIRASPOL

Os dois meses sem competição permitiram uma preparação muito cuidada ao conjunto liderado por Yuri Vernydub. Decidiu-se por encaixar na formação arsenalista e alinhar igualmente num 3-4-3, com Nikolov e Thill em cima de Castro e Musrati. Bruno, uma adaptação, e Julien, foram sempre muito mais laterais que verdadeiros alas, cumprindo na maioria do tempo a linha de cinco que se tornou inultrapassável quanto mais confortável a equipa foi ficando no jogo e com a vantagem no placard – o recuo exagerado (mas conveniente) do bloco dificultou até a Yansane e Traoré o aproveitamento da profundidade no contra-golpe.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Athanasiadis (7)

Evangelou (8)

Radelijc (8)

Petro (8)

Bruno (7)

Nikolov (8)

Sebastien Thill (8)

Keston Julien (7)

Traoré(8)

Yansane (7)

Yakshiboev (6)

SUBS UTILIZADOS

Basit Khalid (6)

Kyabou (-)

Belousov (-)

Cojocari (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

O 3-4-3 habitual que muitas vezes se torna num 4-2-3-1 foi espelhado pelos moldavos e tornou-se impotente para penetrar no último terço. Cedo se percebeu que a consistência oferecida pela dupla Castro-Musrati era dispensável num desafio que pediu, desde o ínicio, cérebro que descobrisse caminhos mais á frente – já que Iuri Medeiros pouco conseguiu fazer e Ricardo Horta esteve sempre muito ocupado em livrar-se da marcação.

Quando entrou o irmão André, aos 64’, notou-se desde logo a diferença no controlo arsenalista, ajudando tambem a troca de Rodrigo Gomes – um destro – por Francisco Moura, muito mais rotinado naquela ala e com a canhota á disposição para explorar convenientemente o espaço exterior. Yan Couto aventurou-se sempre de forma pouco convicta  e a equipa ressentiu-se dessa falta de largura.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Matheus (5)

Yan Couto (5)

Bruno Rodrigues (5)

Paulo Oliveira (6)

Vítor Tormena (6)

Rodrigo Gomes (6)

Musrati (8)

Castro (5)

Iuri Medeiros (5)

Ricardo Horta (6)

Vitinha (5)

SUBS UTILIZADOS

André Horta (7)

Francisco Moura (6)

Abel Ruiz (-)

Roger (-)

Miguel Falé (-)

Pedro Cantoneiro
Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, de opinião que o futebol é a arte suprema.

Subscreve!

Artigos Populares

Atenção: Nuno Santos está de volta depois de 389 dias da grave lesão

Nuno Santos está preparado para voltar aos treinos do Sporting. Foram 389 dias de fora e 59 jogos falhados para o ala.

Andy Robertson guiou a Escócia ao Mundial 2026 e emocionou-se nos festejos: «Não consegui tirar o meu amigo Diogo Jota da cabeça»

Andy Robertson, capitão da Escócia, deixou um testemunho emocionado após a qualificação escocesa para o Mundial 2026. Defesa lembrou Diogo Jota.

João Rego estreia-se pelos sub-21 de Portugal: «O futuro será risonho»

João Rego somou os primeiros minutos pelos sub-21 de Portugal. O jovem refletiu sobre a estreia às ordens de Luís Freire.

Zé Pedro explica saída do FC Porto: «Procurei um espaço diferente para ter esses minutos»

Zé Pedro trocou o FC Porto pelo Cagliari no último verão. O defesa-central português de 28 anos explicou a saída do clube azul e branco.

PUB

Mais Artigos Populares

Eis os potes do playoff europeu no caminho até ao Mundial 2026

O playoff europeu para o Mundial 2026 será jogado em março. Já são conhecidos os potes da UEFA, que ainda tem quatro vagas.

Ivan Baptista faz a antevisão do Paris FC x Benfica e assume: «Duas equipas que estão claramente dependentes de uma vitória»

Ivan Baptista fez a antevisão do Paris FC x Benfica, da quarta jornada da fase de liga da Champions League Feminina. Também Beatriz Cameirão falou antes do encontro.

Eis as equipas e os potenciais confrontos no playoff intercontinental para o Mundial 2026

Seis equipas procuram segurar duas vagas intercontinentais para o Mundial 2026. Sorteio realiza-se esta quinta-feira.