SC Braga 0-2 AS Roma: Golo madrugador ditou resultado

    A CRÓNICA: VITÓRIA ROMANA PRESSIONA SC BRAGA PARA A SEGUNDA MÃO

    Foi o 150.º jogo nas competições europeias da história do SC Braga. O Estádio Municipal de Braga acolheu a primeira mão dos dezasseis-avos de final da Liga Europa, num encontro que opôs os minhotos e a AS Roma, do tão conhecido da casa, Paulo Fonseca.

    Não foram precisos mais de cinco minutos para o marcador ser inaugurado. A ofensiva italiana meteu “pés à obra” e, por Dzeko, abriu a vantagem no resultado. Num passe fatal feito por Spinazzola, o avançado bósnio ficou frente a frente com Matheus e não houve nada que o guarda-redes pudesse fazer para evitar o golo da AS Roma.

    Na sequência deste lance, e na consequente transição ofensiva do SC Braga, Cristante apresentou queixas e acabou por ser substituído. A partir daqui o jogo apresentou-se partido, dada a vontade de virar o resultado por parte do SC Braga, mas a determinação italiana em mantê-lo desta forma, ou até aumentar vantagem.

    A formação de Carlos Carvalhal apresentava algum perigo aquando das transições ofensivas, mas faltava o critério para definir e concretizar as jogadas. O que faltava aos minhotos, existia em barda na AS Roma. Cada transição para o ataque feita por parte da turma de Paulo Fonseca, colocava total pressão sobre a defesa do SC Braga, dado o critério, a velocidade e sincronia entre o setor avançado romano.

    Algo que poderia ter custado muito mais ao SC Braga, até à chegada do intervalo, poderiam ter sido as saídas “a cabeça quente” da baliza por parte de Matheus. Mas quem criou a última oportunidade grande perigo, no final dos primeiros 45 minutos, foram os minhotos. À entrada da área, Sporar pareceu não ter a noção do quanto a baliza chamava por um remate dele, estando mesmo ali à sua frente, e o lance acabou por ser terminado depois de um corte da defesa da AS Roma.

    Uma segunda parte com mais oportunidade para a equipa portuguesa, face a uma AS Roma com cansaço físico mais evidente, mas ainda esforçosa. Aos 49 minutos, surge a oportunidade dos bracarenses converterem o marcado, depois de Sporar cair na área após choque um dos defesas italianos, os jogadores e o banco do SC Braga ficam a pedir grande penalidade, negada de imediato pelo árbitro.

    A equipa de Paulo Fonseca não aprova a posse criada pelo adversário e reage de imediato, numa tentativa de impedir a jogada de prosseguir Ricardo Esgaio faz uma entrada forçosa em Gonzalo Villar. Vendo assim o segundo amarelo da partida e, consequentemente, expulsão, observando a noite europeia ter um desfecho prematuro para o lateral português. Segue jogo com um SC Braga agressivo, no entanto mais exposto aos golpes perigosos da equipa visitantes, principalmente com menos um em campo.

    Se nos primeiros minutos, a equipa de Carlos Carvalhal estava num domínio claro que oportunidades, nos últimos 15 minutos, a AS Roma jogou futebol, com vários perigos à baliza de Matheus.

    As oportunidades criadas dão lugar a um festejo dos jogadores da AS Roma nos últimos momentos do minuto 85, Mayoral infiltra-se na defesa exposta e engana o guarda-redes brasileiro fazendo o 2-0 para a equipa de Paulo Fonseca.

    Cada vez mais notável o cansaço físico e psicológico de ambas as equipas, a partida termina com a Roma de Paulo Fonseca superior – no marcador e não só – frente ao Braga de Carlos Carvalhal.

    A FIGURA


    Ligação ofensiva da AS Roma – O perigo e o critério na finalização apresentados pela AS Roma, principalmente notório na primeira parte, foi fulcral para a elaboração do resultado A ligação entre setores surgiu de forma fluída, o que tornou o jogo da equipa italiana bastante imprevisível e facilitou as transições ofensivas da equipa.

    O FORA DE JOGO

     

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    Ricardo Esgaio – Entradas agressivas e erros individuais que acabam por deixar o SC Braga penalizado com menos um elemento importante na criação de oportunidades em campo. Após a expulsão, o conjunto orientado por Carlos Carvalhal viu-se obrigado a recuar no terreno e ceder mais espaço à Roma, que aproveitou e fez o segundo golo desta forma.

     ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Carlos Carvalhal aposta num onze inicial completamente diferente daquele que era utilizado na eliminatória. No entanto, aposta sempre na técnica de 4-3-3 com um SC Braga mais recuado no terreno e mais defensivo, com Sequeira, Raul Silva, Tormena e Esgaio na zona da defesa.

    Gaitan assume a titularidade pela primeira vez desde a sua chegada, talvez devido à experiência mais extensa na Europa (e não só). O médio argentino alinha como médio ofensivo, com Fransergio e Elmusrati no meio campo. Surpresa da titularidade de Sporar enquanto homem mais avançado no terreno.

    Com a expulsão de Ricardo Esgaio, o SC Braga viu-se obrigado a descer no terreno e a substituir a tática para um 5-3-1.

     ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (5)

    Esgaio (1)

    Tomena (4)

    Raul Silva (4)

    Sequeira (3)

    Elmusrati (5)

    Fransergio (5)

    Gaitan (7)

    Ricardo Horta (5)

    Sporar (5)

    Galeno (4)

     SUBS UTILIZADOS

    Zé Carlos (4)

    Lucas Piazón (5)

    Abel Ruiz (3)

    André Horta (6)

    Borja (4)

     

    ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

    A equipa de Paulo Fonseca que, por norma, se apresenta num 3-4-2-1, sente-se algo desconfortável sem bola. Consequentemente, e ao apostar na profundida ofensiva, elabora transições com bastantes jogadores, descompensando a defesa.

    Neste encontro frente ao SC Braga, isso pareceu não se ver. Apesar de apresentar, muitas vezes, dificuldade na transição defensiva e em baixar terreno, no encontro frente aos minhotos esse problema pareceu resolvido. Apesar da lesão aparente de Cristante, que acabou por ser substituído nos minutos iniciais do encontro, Bruno Peres cobriu bem a posição e, possivelmente, a solução do problema partiu daí.

    O posicionamento da linha defensiva travou, muitas das vezes, potenciais jogadas de perigo feitas por parte do SC Braga. Tanto o setor do meio-campo como o setor avançado, demonstravam, em transições ofensivas, totalmente naturalidade e, por vezes, imprevisibilidade.

    A ligação entre os três homens mais avançados fluiu de forma natural, pois a velocidade e sincronia nas transições ofensivas conseguiam descoordenar a defesa minhota.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

     Lopez (6)

    Mancini (6)

    Cristante (-)

    Ibanez (6)

    Spinazzola (7)

    Diawara (6)

    Veretout (6)

    Karsdorp (6)

    Pedro (6)

    Mkhitaryan (6)

    Dzeko (7)

    SUBS UTILIZADOS

     Bruno Peres (6)

    Gonzalo Villar (5)

    Borja Mayoral (7)

    El Sharaawy (6)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SC Braga

    BnR: Os dois golos da AS Roma surgiram em jogadas particularmente semelhantes. Acha que existe alguma lacuna específica na linha defensiva do SC Braga que tenha culminado na concretização dessas oportunidades?

    Carlos Carvalhal: Não consigo encontrar semelhanças.

    AS Roma

    Não foi possível colocar questões ao técnico da AS Roma, Paulo Fonseca.

    Artigo redigido por Andreia Araújo e Ana Martins

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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