Mas Cristiano é muito mais que golos: é um jogador com a capacidade de incutir nos seus colegas uma mentalidade vencedora, uma confiança que pode levar qualquer conjunto de jogadores à vitória. Com o PSG a cair nos oitavos ou nos quartos de final da Liga dos Campeões das últimas seis temporadas – desde que começou o grande investimento na equipa -, o extremo do Real Madrid, que já ganhou a competição cinco vezes, poderia ser o catalizador de uma caminhada de sucesso na Liga Milionária.´
Outro ingrediente necessário numa equipa como o PSG é a liderança: é preciso que alguém, tanto dentro como fora de campo, saiba conciliar todos os egos do clube. Dentro das quatro linhas, é Thiago Silva quem desempenha esta função. Fora de campo, era Unai Emery (entretanto substituído por Thomas Tuchel).
Mas episódios como Neymar e Cavani a discutirem devido à marcação de um penálti provam que esta liderança não é muito forte para os lados de Paris. Se os rumores se confirmarem e Gianluigi Buffon – que a partir de 1 de julho ficará sem clube – rumar ao PSG, o italiano poderá ser uma peça importante para unir um balneário que parece fragmentado. Resta saber que a autoridade que “Gigi” comportava na Juventus e na seleção italiana irá ser transmitida em em terras gaulesas.
Com os rumores da saída de Cristiano Ronaldo a abrandarem, o mais provável é que o PSG apenas consiga adquirir metade desta solução. Mas com os valores do mercado de transferências a mostrarem-se cada vez mais absurdos, aquela cláusula de mil milhões de euros que Florentino Pérez colocou no português já não parece tão inalcançável.
Foto de Capa: UEFA