Fulham FC | Vou só ali a baixo e já volto

Falemos do Fulham FC. Ao longo dos anos foram-se desenvolvendo novos métodos de competição diferentes do tradicional campeonato, que congratula a equipa mais regular e capaz ao longo de uma época. Grande parte das modalidades têm adotado o método do play-off, muito apreciado por uns, menosprezado por outros.

No futebol, em termos de primeiras ligas, essa é uma realidade que parece ainda bem distante, mas também na promoção de equipas dos escalões inferiores este esquema tem vindo a expandir-se. Em Inglaterra, país onde se pratica o melhor futebol do mundo, este é já um costume antigo. O primeiro e o segundo lugares são automaticamente promovidos e do terceiro ao sexto lugar é disputado um play-off de onde apenas um poderá sair vencedor e, consequentemente, também elevado à Primeira Liga Inglesa.

Este ano em tudo foi atípico, mas as três equipas que conseguiram um lugar na melhor liga de futebol da Europa pouco surpreendem os adeptos e analistas. Ao Leeds United FC e ao West Bromwich Albion FC juntou-se o Fulham FC, que bateu o Brentford FC por 2-1, no prolongamento. Desta forma estamos perante três emblemas que conhecem bem a realidade em que vão viver na próxima temporada e onde inclusive fizeram já grandes campanhas nos seus tempos mais gloriosos.

O Fulham FC, recorde-se, foi despromovido o ano passado, depois de não ter conseguido ir além do 19º lugar. O objetivo seria voltar o mais rapidamente possível e, embora não o tenham conseguido da forma mais simples, a verdade é que lá chegaram.

Olhando para as estatísticas, a equipa de Scott Parker atingiu os 81 pontos, (23 vitórias, 12 empates e 11 derrotas) com 64 golos marcados e 48 golos sofridos, números bem inferiores aos do Brentford FC, com quem acabou em igualdade pontual. Num formato convencional, a equipa de Londres teria de esperar mais uma temporada para tentar a sua sorte, mas também no play-off se mostrou dona de um pragmatismo que a levou ao sucesso, deixando para trás um símbolo que, apesar dos números mais expressivos, não os conseguiu traduzir em resultados palpáveis e acabou por morrer na praia.

 


Os Cottagers fizeram a festa, mas é já altura de começar a pensar no futuro. Devido aos condicionalismos que a pandemia proporcionou, a próxima época está aí à porta e uma equipa recém-promovida precisa de uma grande preparação para conseguir lutar pela manutenção.

Em relação a reforços, é provável que cheguem alguns, apesar da qualidade já existente no plantel. Recorde-se, por exemplo, que o avançado Aleksandar Mitrovic foi o melhor marcador do campeonato, depois de apontar 26 golos em apenas 41 partidas. De resto, há vários nomes que entusiasmam os adeptos e que têm mais do que qualidade para atuar na Primeira Liga Inglesa, como é o caso do português Ivan Cavaleiro, de Joe Bryan, de Anthony Knockaert, entre muitos outros.

Como referi, e à semelhança dos outros dois símbolos promovidos, numa primeira época de readaptação o objetivo passará por assegurar a manutenção de forma sólida para nos anos seguintes ser possível dar um passo com outras proporções que elevem o clube a patamares superiores. Esta é, talvez, a missão mais complicada, uma vez que conhecemos histórias bem recentes de equipas que, depois da subida, não se conseguiram afirmar e acabaram por voltar ao segundo escalão, como é o caso do Norwich City FC.

Posto isto, e sabendo a estrutura e equipa técnica do Fulham FC, melhor do que ninguém, as dificuldades que vão encontrar, é hora de começar a pensar em todos os detalhes que vão certamente ser decisivos no desfecho da próxima temporada. O campeonato começa a meio de setembro, o que dá cerca de 1 mês de pré-época. Não é o que as equipas idealizavam, mas é a realidade a que todas terão de se adaptar.

Em relação aos Lillywhites, que voltam a tornar o Craven Vottage num dos grandes palcos da Europa, a especulação e curiosidade são enormes para ver o que vão ser capazes de fazer neste retorno à melhor liga de futebol do mundo. A qualidade está, como foi visível na última época, bem presente, e os valores para a prática de um bom futebol também. Será importante começar bem e ganhar uma confiança extra que tire de todos os elementos o que de melhor eles têm.

 

Guilherme Vilabril Rodrigues
Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.

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