Manchester United FC 3-1 Arsenal FC: “Red Devils” travam série dos “Gunners”

    A CRÓNICA: RASHFORD SOLTOU O CAOS EM OLD TRAFFORD

    Ao contrário do que se poderia esperar o Manchester United FC entrou com vigor na partida perante o Arsenal, líder da Liga Inglesa, e demonstrou desde cedo “ao que vinha”. Sufocava o Arsenal FC por completo nos 10 minutos iniciais, mostrava ligação entre setores, muita paciência na construção e uma solidez defensiva que não se tem visto nas últimas partidas.

    Os jogadores dos Red Devils iam-se conectando na perfeição, mas quem deixou o primeiro grande susto da tarde foi mesmo o Arsenal, num lance de contra-ataque por Gabriel Martinelli, que acabou por ser anulado.  A química não era tão evidente do lado dos Gunners, com a maior parte das iniciativas de perigo a nascerem dos pés de Martin Odegaard, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli, sem que existisse grande conexão entre setores defensivo e ofensivo.

    Na sua estreia em Old Trafford, Antony não se fez rogado e marcou o primeiro golo da tarde e o seu primeiro golo oficial pelo emblema de Manchester. Na segunda parte, Bukayo Saka, até então apagado, empatou a partida, marcando e relançando o clássico entre Gunners e Red Devils, com culpas atribuídas à defesa de Manchester, bastante segura até ao momento.

    O erro defensivo foi, no entanto, pouco tempo depois, corrigido por duas ocasiões, pela estrela do dia, Marcus Rashford. Uma assistência e dois golos atribuem-lhe o distintivo de melhor em campo. Semeou o caos na defesa do Arsenal e travou a invencibilidade dos Gunners. Por outro lado, depois do arranque negativo, o Manchester United parece relançado na luta e soma a quarta vitória consecutiva, escalando até ao quinto lugar da tabela, a três pontos do líder.

     

    A FIGURA

    Marcus Rashford – Não há como negar que Rashford foi a estrela da tarde: dois golos e uma assistência foram o suficiente para travar a invencibilidade do Arsenal. O United vem em claro crescimento e Marcus Rashford, formado no clube, parece ser a cara deste projeto, cada vez mais aliciante.

     

    O FORA DE JOGO

    Ben White – Não acrescentou qualidade a jogar como defesa lateral direito. Arteta voltou a apostar na adaptação de Bem White para o corredor, mas dessa forma retirou poder de fogo à sua equipa. Bukayo Saka também acabou por sentir-se mais isolado e sozinho, dadas as características do seu companheiro de setor. Pedia-se um elemento mais ofensivo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER UNITED FC

    O Manchester United alinhou num claro 4-2-3-1, repetindo o esquema apresentado nas jornadas anteriores. Ao onze inicial, acrescentou-se Antony, relegando Elanga para o banco.

    Mais uma vez os Red Devils destacaram-se no setor defensivo, com nova exibição segura do reforço Lisandro Martinez e Raphael Varane. Diogo Dalot esteve em bom plano nos dois lados do campo e combinou na perfeição com Antony, complementando o extremo brasileiro e oferecendo-lhe todas as condições para brilhar. Fica mal na fotografia no lance do golo de Bukayo Saka, mas não lhe retira créditos.

    Marcus Rashford foi sempre um ponta de lança muito associativo e disponível para descer no terreno, distribuindo para os extremos e médios. O ataque à profundidade acabou por criar o caos na defesa contrária, ganhando espaço para brilhar.

    Confortável a jogar de costas, o inglês teve pouco espaço, mas soube adaptar-se ao seu papel em campo. Excelentes dinâmicas e uma equipa que, acima de tudo, sabia o que queria dentro de campo. Algo raro e que não se tem visto para os lados de Manchester…

     11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    DAVID DE GEA (6)

    DIOGO DALOT (7)

    LISANDRO MARTINEZ (8)

    RAPHAEL VARANE (6)

    TYRELL MALACIA (5)

    SCOTT MCTOMINAY (6)

    CHRISTIAN ERIKSEN (8)

    BRUNO FERNANDES (8)

    JADON SANCHO (6)

    ANTONY (7)

    MARCUS RASHFORD (9)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    CRISTIANO RONALDO (7)

    FRED (6)

    CASEMIRO (5)

    HARRY MAGUIRE (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – ARSENAL FC

    Os Gunners entraram com receio e foram encostados às cordas nos minutos iniciais da partida, mas mais tarde começaram a operar e ter mais bola, podendo demonstrar todas as potencialidades do 4-2-3-1 de Mikel Arteta.

    Destaca-se o papel de Martin Odegaard, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli. O primeiro serviu como elo de ligação entre defesa e setor mais avançado, sendo também o elemento mais criativo da equipa, inventando jogadas geniais através do seu pé esquerdo. O segundo, o ponta de lança da equipa, conviveu entre os médios e raramente foi um avançado fixo, tentando entrar em ligações em zonas mais recuadas. O último, a simbologia do faro de golo, mais finalizador e, partindo da esquerda, assume-se como um avançado interior. Apesar de ter marcado, Bukayo Saka esteve apagado e funcionava mais como extremo invertido, não aparecendo tanto em zonas de finalização.

    Ben White surgiu novamente pelo lado direito da defesa, sendo mais vezes visto como um terceiro lateral, o que retirou alguma explosão ao ataque dos Gunners por este corredor, fragilizando a equipa e promovendo a maioria dos ataques pelo lado esquerdo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    AARON RAMSDALE (7)

    ZINCHENKO (7)

    GABRIEL MAGALHÃES (8)

    WILLIAM SALIBA (6)

    BEM WHITE (5)

    SAMBI LOKONGA (5)

    GRANIT XHAKA (6)

    MARTIN ODEGAARD (8)

    GABRIEL MARTINELLI (7)

    BUKAYO SAKA (7)

    GABRIEL JESUS (8)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    EDDIE NKETIAH (5)

    FÁBIO VIEIRA (6)

    EMILE SMITH ROWE (5)

    TAKEHIRO TOMIYASU (-)

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    FPF instaura processos ao Boavista e ao Lank Vilaverdense

    O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol...

    Bayern Munique interessa-se por defesa central do Bayer Leverkusen

    O Bayern Munique pode apresentar uma proposta em Jonathan...

    Revelado clube interessado em Orkun Kokçu

    Orkun Kokçu pode deixar o Benfica no final da...
    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.