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Quando o medo de perder supera a vontade de vencer | Manchester City 0-0 Arsenal

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No passado domingo, Manchester City e Arsenal, duas das melhores equipas do mundo e sérios candidatos (a par do Liverpool) à conquista da Premier League, entraram em campo para medir forças num jogo que não decidia nada, mas que podia começar a atrasar um dos tubarões.

Talvez por isso, pelo medo de ambos os conjuntos ficarem demasiado para trás numa fase crítica da época, o duelo não tenha correspondido às expectativas daqueles que pensam logo em muitos golos, emoção e futebol de ataques vertiginosos quando o tema é o campeonato inglês. Em boa verdade, não é de agora que Cityzens e Gunners fogem um bocadinho a esse estereótipo futebolístico por terras de sua majestade.

São duas equipas de muita propensão ofensiva, que protagonizam belíssimos momentos de futebol e que não se fartam de marcar golos. No entanto, e apesar de Guardiola e Arteta se manterem sempre fiéis às suas ideias de jogo sobejamente conhecidas, os técnicos de City e Arsenal olham-se com muito, talvez até demasiado, respeito (o aprendiz saiu da “escola”  como o melhor aluno da turma e está, agora, ansioso para superar o professor).

Já tinha sido mais ou menos assim na primeira volta – os de Londres venceram por 1-0 no Emirates Stadium -, e mais de cinco meses depois, pouco ou nada se alterou na “desforra”. Desta vez, é legítimo afirmar que o Manchester City foi levemente superior. Procurou mais o golo, mas as oportunidades foram escassas. Num jogo demasiado amarrado, faltou alguma inspiração de parte a parte. As individualidades não fizeram a diferença (De Bruyne e Foden andaram desaparecidos, enquanto Haaland voltou a ser um ‘peso morto’ no ataque dos cityzens) e o jogo terminou, sem surpresa para quem o assistiu, num nulo que em nada traduz o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por ambas as formações. Bom, traduz, isso sim, o equilíbrio que há entre Sky Blues e Gunners

O grande destaque da partida vai mesmo para a solidez defensiva do conjunto comandado por Mikel Arteta. Na temporada transata, o Arsenal havia ido ao Etihad perder por 4-1, num jogo que marcou o ‘início do fim’ do sonho londrino. Na altura, ficaram evidentes as dificuldades do Arsenal para parar o ataque do Manchester City. Contudo, e até porque Arteta se pode considerar um privilegiado por tudo aquilo que foi aprendendo enquanto adjunto de Pep Guardiola, seria uma questão de tempo até o cenário se equilibrar ainda mais. Assim foi e assim tem sido ao longo deste campeonato. Não tão espetacular como o habitual, não tão à sua imagem, mas o Arsenal soube defender, e, sobretudo, passar tanto tempo sem bola, algo que não é tradição nos Gunners. Abdicando da posse e apostando mais em transições rápidas (embora ineficientes), Arteta colocou a nu um dos principais problemas deste City: um futebol extremamente robotizado (Haaland está como peixe fora de água e a equipa parece depender demasiado da irreverência de Doku e Foden, bem como da capacidade de execução de Kevin de Bruyne).

O ‘lado azul’ de Manchester vai certamente lutar até ao fim por todos os títulos ainda em discussão, mas é evidente que precisa soltar-se um bocadinho mais das amarras e, principalmente, resolver o problema do número 9. Ainda que os contratempos não sejam todos da responsabilidade de Haaland, o norueguês, quando não consegue marcar (e já lá vão cinco jogos de seca entre clube e seleção), pouca coisa positiva tem a oferecer ao coletivo. É legítimo pensar que com a presença de Álvarez em campo (muito mais confortável a pisar zonas recuadas do campo), o próprio desempenho de Haaland possa mudar radicalmente. Aliás, a fase do avançado de 23 anos é má, mas certamente não se terá esquecido de como se coloca a bola na baliza.

Quanto ao Arsenal, clarificou o crescimento existente em relação à temporada passada, provando que é hoje uma equipa bem mais madura e competente em todos os momentos do jogo. A forma como os Gunners responderam positivamente perante um adversário sempre complicado, e de uma maneira bastante estratégica, é também reveladora da versatilidade (sempre necessária) da equipa, algo que só pode deixar Arteta orgulhoso e esperançoso num final de temporada feliz.

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