O que se passa contigo, Kevin?

O internacional belga cumpre a quarta época ao serviço do Manchester City, mas está longe da sua melhor forma e perdeu por completo a sua predominância nos citizens.

Kevin De Bruyne foi invadido por uma onda de lesões que já lhe valeram a impossibilidade de entrar em campo por 23 ocasiões. A sua maior lesão ocorreu logo no arranque da temporada, quando um problema num dos ligamentos do joelho o obrigou a uma paragem de 63 dias, o que se revelou extremamente prejudicial para o jogador, que assim demorou a encontrar o seu ritmo de jogo em 2018/2019 e perdeu espaço para companheiros como Bernardo Silva, por exemplo.

Com grande parte da primeira metade da época a ser destinada à recuperação dos problemas físicos, De Bruyne ficou totalmente apto somente em 2019. No primeiro jogo do atual ano civil, o importante duelo com o Liverpool FC , o belga não chegou a sair do banco, mas iniciou na partida seguinte a sua melhor fase esta temporada. Em 15 jogos, foi aposta regular de Guardiola por 14 vezes, somou algumas assistências e até marcou dois golos, mas o seu melhor futebol teimou em não aparecer e assistiu-se a um De Bruyne muito diferente do habitual.

O internacional belga funcionava como o motor dos citizens na hora do movimento ofensivo, utilizando toda a sua visão de jogo para desenhar brilhantes jogadas. Por outro lado, na ação defensiva, destacava-se pela sua agressividade e entrega ao jogo, que se traduziam em diversas recuperações de bola.

Logicamente não deixou de saber jogar Futebol, mas ao alto nível que se joga a Premier League, os jogadores necessitam de estar na plenitude das suas aptidões físicas para assim demonstrarem todo o seu potencial. É precisamente por aqui que se justifica a prestação mais fraca do centro-campista formado no Genk: longe da sua melhor forma física, Kevin De Bruyne não joga de forma tão confiante e é notória a ausência dos piques de velocidade que transportavam a sua equipa para a frente e, sobretudo, dos potentes remates de longa distância que, como é sabido, já resultaram em muitos golos.

Ora, para recuperar tudo isto são necessários minutos de jogo e como referido em cima, Pep Guardiola correspondeu devidamente nesse capítulo. De Bruyne voltou aos relvados e, analisando todas as partidas que disputou, é possível até vislumbrar algum progresso, sobretudo na intensidade e no ritmo que incutia no jogo, mas o azar voltou a bater à porta…

Kevin De Bruyne saiu lesionado no jogo diante do Bournemouth
Fonte: Premier League

Nova lesão. No passado dia 3 de março, em cima do apito para o intervalo da visita do Manchester City ao reduto do AFC Bournemouth, o médio belga voltou a ser incomodado pelo “fantasma das lesões”, desta feita na coxa.

Não enfrenta uma grande paragem, mas além de ter falhado a última jornada da Premier League, estima-se também que não esteja disponível para a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, para os quartos de final da Taça de Inglaterra nem para os compromissos internacionais.

O melhor cenário aponta para o seu regresso no final do mês, ou seja, no começo da reta final da época.

Kevin De Bruyne é, portanto, um jogador que contabiliza praticamente o mesmo tempo como lesionado e apto a jogar. Esta será, sem dúvida, a sua época com menos jogos cumpridos e, acima disso, está a quebra evidente no seu contributo para o sucesso do Manchester City.

Deixou de ser o nome mais falado; o número de presenças em capas de jornal diminuiu e os vídeos mostram apenas os grandes golos da época transata.

Terá Kevin De Bruyne argumentos para inverter este estado de coisas, ou a sua infeliz relação com as lesões traçou-lhe outro destino?

Foto de capa: Manchester City FC

Gonçalo Miguel Santos
Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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