Logo à primeira vista, lembramo-nos (ou não) do seu tempo como treinador do FC Porto em 2016/2017, um clube que procura títulos todas as temporadas. Nessa época, o ponto mais alto foi logo ao início quando conseguiu o acesso à Liga dos Campeões depois de ‘cilindrar’ a Roma, em Itália, naquela 2ª mão do play-off de acesso por 0-3. Na liga milionária, caiu aos pés de outros italianos, a Juventus, nos oitavos de final. A nível interno, nunca conseguiu ‘assaltar’ o primeiro lugar do campeonato ao Benfica quando era possível. Na Taça de Portugal ficou-se pela quarta eliminatória e na Taça da Liga na fase de grupos. Ao longo dessa temporada, muito se pediu a Espírito Santo para arriscar mais e agora estamos a ver um pouco disso a acontecer em Inglaterra.
Antes de rumar ao Dragão, Nuno deu-se a conhecer como treinador no Rio Ave e no Valência. Recorde-se que os vila condenses chegaram em 2014 às finais da Taça da Liga e da Taça de Portugal, levando-os no ano seguinte à fase de grupos da Liga Europa pela primeira vez na história do clube, altura em que já estava no comando técnico do Valencia.
Na primeira época em Espanha conseguiu colocar os ‘Che’ de volta à Liga dos Campeões com um quarto lugar no campeonato, mas no ano seguinte foi uma campanha desastrosa, no 12.º lugar, o que levou a uma reconstrução do plantel nos anos seguintes. Num palco com objetivos mais modestos, Nuno Espírito Santo já mostrou ser capaz de brilhar, mas é necessária consistência, logo na Premier League, onde qualquer erro se paga caro.
Apesar do calor, “sem ovos, não se fazem omeletes”. O Wolverhampton ainda não tem claramente uma equipa de calibre Premier League, mesmo que mostre qualidade em campo. Apesar dos muitos milhões que se arrecada com a subida de divisão, não fez assim tantas aquisições. Ou seja, a equipa é muito semelhante à da época anterior e isso preocupa os seus adeptos.