A Juventus FC em 2022/23 | Pogba e Di Maria comandam a revolução

O RETORNO DE POGBA E A CONTRATAÇÃO DE DI MARIA

O visível declino do meio-campo juventino nos últimos tempos exigia a contratação de um jogador de outro nível, criativo, capaz de criar ritmo na equipa e perigo nos últimos 30 metros. Eis que surgiu de pronto a ideia de trazer de volta Paul Pogba para casa. Sim, para casa, porque o seu regresso foi celebrado como o do filho predileto, com entusiasmo e confiança, e interpretando as declarações do francês, voltou porque seguiu simplesmente o seu coração. É coisa sabida: voltamos sempre onde estivemos bem.

O primeiro Pogba foi filho de uma Juventus habituada a dominar e a ganhar, que o transformou de simples promessa a craque de nível internacional. Esta versão 2.0 do francês desperta-nos grande curiosidade, para sermos sinceros, porque foi chamado de volta para conduzir uma vez mais a Vecchia Signora até aos salões de festas.

Não duvidamos das suas habilidades e nem do facto que dará um impulso substancial ao meio-campo bianconero, sobretudo se colocado como ala esquerda. O que será interessante avaliar, a nosso ver, é sobretudo a maturidade conquistada na maneira de jogar e a postura perante a equipa. Não é certamente casual que a camisola número 10 voltou para as suas costas. Em casa da Juventus, a número 10 é sinónimo de liderança e responsabilidade, e Pogba parece não ter medo de assumi-las.

Conversa diferente para o argentino Ángel Di Maria. Se, por um lado, o povo bianconero ficou entusiasmado com a sua contratação, sendo um jogador experiente e com indiscutíveis qualidades técnicas, pelo outro, há uma fatia de adeptos que se questionou sobre a sua verdadeira vontade de abraçar o projeto Juventus. El Fideo sabe certamente como se levantam troféus e, apesar de uma temporada agitada com o Paris Saint-Germain FC, sobretudo pela exclusão antes do tempo da Liga dos Campeões, continua a ser um atleta que pode fazer uma enorme diferença.

Verdadeiro homem-assistência, achamos que a Juventus precisava de um extremo direito tão capaz de recuperar a esférica, assim como tão rapidamente contra-atacar e conduzir as transições ofensivas. Di Maria consegue realizar tudo isto e muito além.

O argentino já demostrou o poder em atuar tanto na lateral direita como na esquerda, mas também não seria inoportuno pensar em colocá-lo posicionado atrás de uma dupla de atacantes.

A nosso ver, a Juventus poderia adotar um esquema muito ofensivo, por exemplo, um 4-3-3, colocando Di Maria na zona ofensiva direita, Chiesa na lateral esquerda e Vlahovic como ponta-de-lança. Com um tridente desses, a equipa de Turim voltaria finalmente a ter um ataque de peso e de indiscutível qualidade, solucionando os problemas de concretização na fase final da ação e ganhando novamente competitividade na Europa.

Paola Amore
Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!

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