Juventus FC 0-0 FC Internazionale Milano: Quem disse que um jogo sem golos não dá motivos para sorrir?

    A CRÓNICA: JUVE COMPETENTE SEGUE PARA A FINAL

    Todos sabemos que um jogo com golos pode ser mais frenético, empolgante, entusiasmante, tudo o que se lhe possa chamar, mas o cariz desta eliminatória tinha tendência para sobressair outros elementos-chave rumo ao sucesso. Após o triunfo da Juventus FC por 1-2 no reduto do FC Internazionale Milano, a segunda mão das “meias” da Taça de Itália acabou tal e qual como começou – resultado suficiente para apurar a equipa de Turim para a final da competição.

    Num início de jogo muito “amarrado”, Antonio Conte bem gritava para que a equipa fosse mais capaz de travar a construção (calma!) do adversário, mas a pressão não era suficientemente alta para apertar o cerco aos homens de Turim. Contudo, o filme acabaria por sofrer alguns solavancos e o Internazionale não só intensificou esse posicionamento mais subido, como passou a criar perigo junto da baliza de Buffon, por Lukaku e Brozovic. Já se sabe que ação leva a reação e, à beira do intervalo, tais “riscos” foram abrindo brechas, com a Juventus a ameaçar o golo por três tentativas, as três por…Cristiano Ronaldo.

    E a essas três tentativas, juntaram-se outras três no segundo tempo – novamente com o internacional português a ser o maior protagonista. Do outro lado, após o primeiro susto de Hakimi, as verdadeiras oportunidades só começaram a aparecer no último um quarto de hora. O recém-entrado Sensi esteve perto de inaugurar o marcador por duas vezes, mas a incessante procura do golo que relançasse a eliminatória não encontrou o caminho certo e o jogo acabaria por terminar com um nulo no marcador.

    A equipa de Andrea Pirlo fica, assim, à espera do vencedor do embate entre SSC Napoli e Atalanta BC, sendo relevante recordar que, na edição passada, a Juventus perdeu a final da Taça para o conjunto de Nápoles, nas grandes penalidades, após um empate a zeros no tempo regulamentar. Estará o conjunto de Cristiano Ronaldo a caminho da 14ª Taça de Itália do seu palmarés?

     

    A FIGURA


    Rodrigo Bentancur – Pelas oportunidades criadas, o destaque até poderia ir para a capacidade de desequilíbrio de Cristiano Ronaldo, mas tendo em conta todo o filme do encontro, a principal nota vai para Rodrigo Bentancur. O médio uruguaio revelou ser a unidade mais preponderante no encontro, não só nas várias vezes que intercetou momentos de perigo dos oponentes, como na importância que teve ao recuar para a primeira linha de construção, na ajuda aos dois centrais (que também estiveram a um bom nível).

     

    O FORA DE JOGO


    Matteo Darmian – O italiano de 31 anos até foi um dos elementos mais pressionantes no primeiro tempo, mas quando a bola esteve em posse da sua equipa praticamente passou ao lado do jogo. Nas poucas vezes que a equipa optou por investir na ala esquerda, Matteo Darmian foi chamado a intervir, mas nem sempre correspondeu da melhor forma. A incapacidade de desequilibrar nesse corredor aliada às várias decisões erradas no momento de “soltar a bola” acabaram por contribuir para que fosse o primeiro jogador a ser substituído (por Perisic), ainda antes da hora de jogo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    Andrea Pirlo decidiu trocar apenas uma peça no “onze” em relação ao duelo da primeira mão, retirando Weston McKennie do meio-campo e colocando Danilo no corredor direito – desse modo, Cuadrado galgou uns metros nessa mesma ala.

    A jogar em 4-4-2, o conjunto de Turim controlou a primeira meia hora de jogo com um futebol mais possante, assente numa construção a partir de trás assertiva e a resistir às linhas subidas do adversário. Nessa construção, foram várias as vezes que Bentancur baixou para a linha mais recuada, entre os centrais, tendo sido um elemento-chave nesses momentos da partida.

    A equipa de Turim não só controlou melhor as investidas adversárias em grande parte do segundo tempo, como ainda foi arriscando o golo, principalmente nas incursões de Cristiano Ronaldo. Os últimos minutos foram de maior sofrimento, é certo, mas uma grande disponibilidade coletiva na hora de defender barrou qualquer aspiração que o Inter ainda pudesse ter.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gianluigi Buffon (7)

    Alex Sandro (5)

    Merih Demiral (7)

    Matthijs De Ligt (7)

    Danilo (6)

    Federico Bernardeschi (6)

    Adrien Rabiot (6)

    Rodrigo Bentancur (8)

    Juan Cuadrado (7)

    Dejan Kulusevski (6)

    Cristiano Ronaldo (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Westton McKennie (7)

    Giorgio Chiellini (-)

    Federico Chiesa (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC INTERNAZIONALE MILANO

    Já Antonio Conte optou por fazer três alterações no (habitual) 3-5-2 que apresentou no jogo de Milão: Ashley Young foi substituído por Achraf Hakimi na ala esquerda, Christian Eriksen rendeu Arturo Vidal e, como se esperava, Alexis Sanchéz deu lugar a Romelu Lukaku.

    Alterações que deram outra dinâmica aos processos de transição do Internazionale. Lukaku revelava ser letal a vir buscar jogo atrás e a velocidade de Hakimi ia fazendo mossa na ala direita. Tudo isto num primeiro tempo em que a equipa de Milão ia pressionando alto numa primeira fase, mas depois de remetida ao seu meio-campo, esperava o erro na circulação para sair em contra-ataque.

    Já na segunda metade, a urgência em chegar a um golo que relançasse a eliminatória era evidente, mas isso nem sempre acompanhou o processo e a Juventus acabou por controlar a vantagem que trazia da primeira mão.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Samir Handanovic (7)

    Alessandro Bastoni (6)

    Stefan de Vrij (7)

    Milan Skriniar (6)

    Matteo Darmian (4)

    Nicolò Barella (7)

    Marcelo Brozovic (8)

    Achraf Hakimi (8)

    Christian Eriksen (7)

    Lautaro Martínez (6)

    Romelu Lukaku (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Ivan Perisic (6)

    Aleksandar Kolarov (5)

    Stefano Sensi (7)

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.