As prendas de Mancini

cab serie a liga italiana

Quando apareceu, no Basileia, rapidamente se percebeu que Xherdan Shaqiri era um jogador com um potencial tremendo. O Bayern achou o mesmo, avançando para a sua contratação. No entanto, com Robben como indiscutível no flanco direito, o suíço acabou por não conseguir ganhar espaço na equipa bávara. Por Munique também andou Lukas Podolski, o melhor jogador jovem do Mundial’2006 – à frente de Ronaldo – e um dos melhores marcadores de sempre da Alemanha. O jogador nunca conseguiu exibir-se no clube com a mesma qualidade com que o fazia na selecção, tendo regressado ao “seu” Colónia. Arsène Wenger acreditou que o avançado podia voltar a jogar ao mais alto nível depois de três temporadas no clube onde foi formado, levando-o para o Arsenal, mas a verdade é que o alemão nunca atingiu a regularidade desejável. Os dois esquerdinos vêem agora os seus destinos cruzados: é em Milão, num Inter à procura de recuperar estatuto, que ambos vão tentar relançar a carreira.

Shaqiri e Podolski estão em momentos diferentes da carreira. O suíço ainda é muito jovem (23 anos) e continua a ter condições para ser um jogador de grande nível; já o alemão, que nunca conseguiu ser figura num clube de topo, está a entrar na casa dos 30 e terá uma das últimas oportunidades para mostrar que também consegue ser figura fora da selecção. A escolha do Inter terá sido a mais correcta, já que ambos estão em busca de mais tempo de jogo e no Giuseppe Meazza têm a titularidade quase assegurada e serão duas das estrelas da companhia (mais o suíço do que o alemão, certamente).

Podolski já se estreou pelo Inter Fonte: Facebook do Inter
Podolski já se estreou pelo Inter
Fonte: Facebook do Inter

Os dois esquerdinos são duas belas prendas para Mancini, que quando aceitou regressar a Milão já devia ter garantias de que a equipa ia ser reforçada em Janeiro. Depois das excelentes contratações para esta época (pelo menos em teoria), o magnata indonésio Erick Thohir, que comprou o Inter no final de 2013, não fechou os cordões à bolsa e parece disposto a investir o que for necessário para colocar o clube novamente no topo do futebol italiano. Apesar de Shaqiri e Podolski terem chegado ao Giuseppe Meazza por empréstimo, o suíço tem uma cláusula de compra obrigatória – um esquema que começa a ser recorrente para contornar as regras do fair-play financeiro – fixada em 15 milhões de euros, o que comprova que dinheiro não falta.

Com a chegada dos dois reforços o Inter fica com um plantel mais do que capaz de lutar pelos lugares europeus. Apesar do fracasso algo inesperado de Mazzarri, os nerazzurri estão apenas a 6 pontos do terceiro lugar, que dá acesso à Champions. Assim sendo, Mancini tem margem de manobra para colocar a equipa no “primeiro lugar”, logo atrás de Juve e Roma. Na segunda metade da época, o técnico italiano deverá ter mais dores de cabeça com o sector defensivo, porque do meio campo para a frente as opções são fantásticas. Medel e Guarin são uma dupla que deve continuar a merecer aposta, sobretudo porque M’Vila não está a ter o impacto que se esperava, e as entradas de Podolski e Shaqiri dão outra capacidade de ganhar jogos através de acções individuais (muitos encontros serão resolvidos “à bomba”). Com o alemão à esquerda, o suíço à direita mas sempre a procurar diagonais, e o genial Kovacic no apoio ao talentoso Icardi, o quarteto ofensivo do Inter tem tudo para ser um dos mais interessantes do futebol europeu.

Foto de capa: Facebook do Inter

Tomás da Cunha
Tomás da Cunha
Para o Tomás, o futebol é sem dúvida a coisa mais importante das menos importantes. Não se fica pelas "Big 5" europeias e tem muito interesse no futebol jovem.                                                                                                                                                 O Tomás não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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