Club Atlético de Madrid 1-0 FC Bayern de Munique: Vitória de quem leva facas entre os dentes

Ontem assinalaram-se 113 anos de existência do Club Atlético de Madrid, hoje a equipa de futebol fez questão de brindar o clube com um triunfo histórico ao bater o Bayern de Munique, no Vicente Calderón, por 1-0. Ou melhor, os jogadores terão oferecido a si mesmos a vitória, porque eles próprios se confundem com o clube, absorvendo, por cada poro, a mística rojiblanca, hoje mais orgulhosa que nunca, vingada que está a derrota na final da Taça dos Campeões Europeus de 1973/1974 (1-1 e 0-4 no jogo de desempate, favorável ao Bayern de Munique).

Levaram para o campo o espírito embutido por Luís Aragonés (marcou o golo colchonero na tal final) e amplificado por Diego Simeone, assente na crença de que se pode fazer melhor que o outro, mesmo que ele seja melhor. Porque se há coisa em que qualquer homem pode bater outro é na vontade e na fé. E foi nesses pilares que se construiu a superiorização deste Atlético sobre um “senhor” Bayern.

O início do jogo denunciou o espírito do Atlético. O ambiente do Calderón era infernal e a forma como a equipa condicionava, de forma diabólica, a circulação do seu adversário (estavam sempre dois homens sobre o portador da bola, estivesse ela onde estivesse, num esforço) faziam-no duvidar de si mesmo, não criando qualquer oportunidade de perigo durante esses minutos iniciais.

Talvez apático, quiçá intimidado, pela atitude do seu adversário e pelo meio que o rodeava, o Bayern achou-se passivo durante esses primeiros instantes, ilustrando-o na forma como não conseguiu contrariar a cavalgada mágica de Saúl Ñiguez- pegou na bola no início do meio-campo do Bayern, ultrapassou Thiago Alcântara, ziguezageou entre Bernat e Javi Martínez, driblou Alaba e fez a bola aninhar-se onde só podia- juntinho ao poste da baliza defendida por Neuer. 1-0 para o Atlético.

O Bayern tentou reagir, mas tinha as linhas de passe bastante condicionadas. Entrar na àrea madrilena parecia ser tarefa mais difícil que enfiar um elefante dentro de um lata de coca-cola. Só obra de mágicos poderia fazê-lo… mas os do Bayern estavam desinspirados, e assim continuaram até ao início da segunda parte.

Pedro Machado
Pedro Machado
Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Fabio Capello aponta problemas no jogo de Rafael Leão: «Eu obrigá-lo-ia a trabalhar muito as finalizações»

Fabio Capello abordou a temporada de Rafael Leão e apontou alguns dos problemas no jogo do internacional português.

Rafael Obrador está a caminho do Benfica e despede-se do Deportivo da Corunha: «Fui muito feliz durante esta etapa»

Rafael Obrador é esperado no Benfica. O lateral esquerdo espanhol já se despediu do Deportivo da Corunha.

Orkun Kokçu já tem princípio de acordo com o Besiktas: eis os detalhes

Orkun Kokçu está cada vez mais próximo do Besiktas. Médio turco já tem acordo contratual com o clube do coração.

Brighton empresta Ibrahima Osman ao Auxerre

O Auxerre apresentou Ibrahima Osman por empréstimo do Brighton. A cedência contempla uma cláusula de 16 milhões de euros.

PUB

Mais Artigos Populares

Athletic renova com Unai Egiluz até 2028

O Athletic comunicou a renovação de contrato com Unai Egiluz. Na época passada, o defesa foi emprestado ao Mirandés da La Liga 2.

Renato Gaúcho contesta penálti revertido contra o Fluminense e destaca: «Espero que a nossa campanha ajude a aumentar o respeito pelos treinadores brasileiros»

Renato Gaúcho analisou a derrota do Fluminense diante do Chelsea. Encontro das meias finais do Mundial de Clubes 2025.

Enzo Maresca elogia João Pedro e destaca: «Estamos muito felizes e orgulhosos de poder jogar a final»

Enzo Maresca analisou o apuramento do Chelsea para a final do Mundial de Clubes 2025. Vitória sobre o Fluminense.