Club Atlético de Madrid 1-1 FC Bayern de Munique: Empate justo num duelo que já viu melhores dias

    A CRÓNICA: PARA QUEM PRECISAVA DE GANHAR, ERA PRECISO MAIS NESTE CLUB ATLÉTICO DE MADRID X FC BAYERN DE MUNIQUE

    Espanhóis e alemães tinham encontro marcado no Wanda Metropolitano, na fase decisiva da passagem para a próxima fase da Liga dos Campeões, pelo menos para alguns. A turma de Munique já estava apurada e com o primeiro lugar garantido e por isso este seria um jogo para cumprir calendário. Já a equipa caseira precisava de uma vitória para não deixar para a última partida do grupo todas as decisões em relação à passagem aos oitavos de final. Assim sendo de um lado tínhamos um Club Atlético de Madrid forte e pressionado pelos acontecimentos e do outro um FC Bayern de Munique com bastantes alterações e jogadores menos rotinados.

    O jogo começou equilibrado com criação de parte a parte, ainda que sem grandes oportunidades de golo. No entanto a equipa caseira tinha de querer mais e de ser mais ambiciosa, e foi isso que aconteceu ao minuto 26 quando João Félix inaugurou o marcador depois de um cruzamento rasteiro de Llorente. Os espanhóis estavam em vantagem e ainda que o resultado fosse favorável, contra uma equipa como a dinâmica do FC Bayern de Munique nunca se pode relaxar, muito menos com uma vantagem tão magra.

    A equipa de Madrid pôs-se a jeito e foi, à medida que o encontro foi decorrendo, recuando no campo, procurando essencialmente situações de contra-ataque. Os alemães não gostam de perder nem a feijões e foram para cima do adversário até que chegaram ao golo do empate através de uma grande penalidade cobrada por Muller, que tinha entrado 25 minutos antes.

    Não houve tempo para muitas mais situações e o empate acabou por se manter até ao apito final. Um jogo algo aborrecido tendo em conta a qualidade das duas equipas, mas previsível face à situação dos alemães cuja ambição não tinha de ser a maior.

    No último jogo os alemães vão voltar a cumprir calendário, desta vez frente aos russos do FK Lokomotiv e o Club Atlético de Madrid não poderá perder em casa do RB Salzburgo para poder seguir em frente na Liga Milionária onde todos querem estar.

     

    A FIGURA

    João Félix – O português voltou a estar em destaque na equipa madrilena e acabou por marcar o seu terceiro golo nesta edição da Liga dos Campeões. Sempre com grande qualidade técnica nas suas ações, é por ele que passam as melhores jogadas da equipa e foi por ele que mais uma vez desbloquearam o encontro. Parece estar cada vez mais encaixado no sistema tático de Diego Simeone e promete dar muitas alegrias aos adeptos do clube.

     

    O FORA DE JOGO

    Diego Simeone – Num jogo onde só a vitória interessava e onde a equipa alemã estava com tantas baixas, o treinador argentino deveria ter adotado uma postura mais ofensiva, essencialmente depois do golo marcado. As indicações pareceram ser de esperar que o jogo acabasse e o FC Bayern de Munique não fizesse golo, algo que acabou por acontecer nos últimos dez minutos da partida. A equipa estava confiante depois de vitórias importantes no campeonato e por isso pedia-se outro tipo de abordagem na segunda parte, apesar de algumas oportunidades criadas.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CLUB ATLÉTICO DE MADRID

    Diego Simeone fez duas alterações em relação à última partida contra o Valência CF  a contar para a Liga Espanhola, promovendo as entradas de João Félix e de Ferreira Carrasco para os lugares de Lemar e Renan Lodi. Ainda assim, o habitual 4-4-2 esteve bem desenhado dentro das quatro linhas e o Club Atlético de Madrid pouco ou nada surpreendeu o adversário. A linha mais recuada com quatro elementos, sucedida por outra linha de quatro com Koke e Saúl Niguez no meio e Carrasco e Llorente nas linhas. À frente os criativos Angel Correa e João Félix, responsáveis pela mobilidade e grande parte do processo ofensivo da equipa. Durante todo o jogo a equipa foi igual a si mesma, com posições muito bem ocupadas por todas as peças, o que acabou por se refletir essencialmente no momento defensivo – apenas um golo sofrido, e de grande penalidade. A maior falha esteve no momento ofensivo, onde se pedia mais a quem precisava de ganhar.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Oblak (6)

    Trippier (6)

    Savic (6)

    Gimenez (6)

    Hermosob(5)

    Llorente (6)

    Saúl (5)

    Koke (5)

    Ferreira Carrasco (6)

    Correa (6)

    João Félix (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Felipe (5)

    Herrera (5)

    Renan Lodi (-)

    Lemar (-)

    ANÁLISE TÁTICA – FC BAYERN DE MUNIQUE

    Devido às circunstâncias favoráveis à equipa alemã, o técnico promoveu muitas alterações e deu tempo de jogo a jogadores menos utilizados. As grandes figuras acabaram por ficar de fora e isso refletiu-se durante a partida. Hans Flick dispôs a equipa num 3-4-3 pouco utilizado durante a temporada, ainda que, na ideia de jogo do treinador alemão a tática seja meramente indicativa devido às enormes dinâmicas criadas pelas peças do xadrez. Na linha de três mais recuada apareceu Sule, Alaba e Hernandez, com Javi Martinez a ocupar uma posição à frente dos defesas. A percorrer todas as alas apareceram Sarr e o menino de apenas 17 anos Arrey-Mbi. Na linha da frente Sane e Douglas Costa com Choupo-Moting no meio, apoiado por Musiala que com apenas 17 anos mostrou que pode ser uma opção de futuro para aquela posição. Com a entrada de Muller a equipa ganhou outra vida e o jogo ofensivo tornou-se mais evidente. Foi também através do alemão que a equipa marcou o único golo da partida, tendo ele ganho e marcado a grande penalidade.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Nubel (6)

    Sarr (5)

    Sule (5)

    Alaba (6)

    Lucas Hernandez (6)

    Arrey-Mbi (5)

    Javi Martinez (5)

    Musiala (6)

    Leroy Sane (6)

    Douglas Costa (5)

    Choupo-Moting (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Gnabry (6)

    Muller (7)

    Richards (6)

    Stiller (5)

    Zirkzee (-)

     

     

     

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    Guilherme Vilabril Rodrigues
    Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.