FC Internazionale Milano 1–1 FC Barcelona: No futebol não há justiça

    O estádio Giuseppe Meazza encheu-se para receber um dos jogos grandes da quarta jornada da Liga dos Campeões, colocando frente a frente os líderes do Grupo B.

    O conjunto espanhol entrou em campo sabendo que se triunfasse carimbava definitivamente a sua presença nos oitavos de final da prova e desde de cedo se mostrou bastante determinado em atingir esse objetivo.

    Assistimos a um primeiro tempo de total domínio por parte dos blaugrana, que cilindraram em todos os momentos do jogo, ou seja , tanto no capítulo defensivo como ofensivo o controlo foi do Barcelona, o que se traduziu num maior número  de recuperações de bola, justificando a sua coesão defensiva e ainda um elevado número de oportunidades de golo associado aos 60% de posse de bola, que ilustram na perfeição aquela que foi a toada do jogo nestes primeiros 45 minutos.

    Desde do segundo minuto de jogo, quando Dembelé após uma jogada individual remata para defesa do guardião dos nerazzurri até ao momento em que o árbitro apitou para o intervalo, o Barcelona dispôs mais do que chances suficientes para inaugurar o marcador e quebrar de vez a resistência do Inter, mas não conseguiu alcançar o mais importante do futebol: o golo.

    Luis Suárez foi o homem em destaque por ter protagonizado diversas ocasiões de perigo, mas acima do uruguaio esteve claramente Handanovic, o principal responsável pela sobrevivência do Inter a este poderoso Barcelona.

    A segunda parte foi uma cópia exata da primeira e desde cedo o Barcelona tornou a controlar a partida e a jogar maioritariamente no seu meio-campo ofensivo, remetendo novamente os comandados de Spalleti à missão exclusiva de não sofrer golos.

    O festival de golos falhados pelo Barcelona continuou e Handanovic continuou também a brilhar, levando ao desespero os adversários que não sabiam o que fazer mais para poder ficar em vantagem no jogo. À passagem da hora de jogo, o Inter dá finalmente um ar de sua graça e após uma bela jogada de entendimento coletivo dispõe da sua melhor oportunidade para surpreender a equipa de Ernesto Valverde, mas Matteo Politano livre de marcação não conseguir cabecear devidamente.

    Não há resistência que dure para sempre e o Barcelona mais que nenhuma outra equipa já provou isso mesmo por várias vezes e esta noite após 82 minutos de domínio absoluto da partida conseguiu quebrar o muro italiano por intermédio do recém-entrado Malcom, que na sua primeira intervenção e somente dois minutos após ter entrado em campo fez o que nenhum dos seus colegas havia conseguido antes.

    Desbloqueado o marcador, pensava-se que a vitória estava entregue, pois, o Inter de Milão não tinha apresentado indícios suficientes para merecer sequer um golo pelo que o empate era um cenário muito pouco provável.

    Fonte: UEFA

    Contudo, o futebol além de imprevisível é muitas vezes pouco justo e os nerazzurri conseguiram mesmo evitar a derrota sem fazer muito por merecê-lo.

    Praticamente na resposta ao golo consentido, os italianos lançam-se para o ataque, beneficiam de uma estranha apatia da defesa catalã e na ressaca de alguns ressaltos Mauro Icardi iguala a partida e fixa o resultado final em 1-1.

    De facto, no futebol não há justiça, mas deve ficar escrito que o Barcelona merecia mesmo ter conquistados os três pontos esta noite. Por outro lado, o Inter tem o mérito de saber sofrer e de não desistir da partida após o golo sofrido. No que diz respeito às contas do Grupo B, o Barcelona continua no primeiro posto e tudo aponta para que se apure nesta posição, já o Inter com este empate permitiu a aproximação por parte do Tottenham e disputará com os ingleses uma vaga na próxima fase da Liga dos Campeões.

    Inter de Milão: Samir Handanovic, Sime Vrsaljko, Stefan de Vrij, Kwadwo Asamoah, Milan Skriniar, Matías Vecino , Radja Nainggolan (Borja Valero´63), Matteo Politano ( Candreva´80), Ivan Perisic, Marcelo Brozovic (Martinez´85), Mauro Icardi

    Barcelona: Ter Stegen, Gerard Piqué, Clément Lenglet, Jordi Alba, Sergi Roberto, Ivan Rakitic, Sergio Busquets, Arthur (Vidal´73), Philippe Coutinho, Luis Suárez, Ousmane Dembélé (Malcom´81)

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    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.