Real Madrid CF 1-1 Chelsea FC: Entrada fulgurante prometia mais…

    A CRÓNICA: INAUGURAR, RESPONDER E… PAUSAR

    Na primeira de duas batalhas de acesso à final da Liga dos Campeões, Real Madrid CF e Chelsea FC não foram além de um empate a uma bola no Estádio Alfredo Di Stéfano. Os golos apareceram dentro da meia hora de jogo e prometiam uma segunda metade intensa, mas tal não chegou a ser uma realidade.

    Bem, que início de jogo! A fórmula ‘pressão + rapidez = fluidez’ foi nota dominante nos primeiros quinze minutos avassaladores por parte dos Blues. O conjunto visitante entrou mais forte e ameaçou o golo logo ao minuto 10, numa excelente jogada entre o trio da frente travada apenas pelo pé direito de Courtois. A objetividade imperou e o Chelsea acabaria por chegar à vantagem num lance bem trabalhado por Pulisic nas costas da defesa madrilena.

    Apesar das dificuldades, o Real Madrid despertou e foi Benzema quem mais se destacou: o francês atirou ao poste naquele que foi o primeiro remate dos merengues e, perto da meia hora de jogo, aproveitou as cabeçadas de Casemiro e Militão para fuzilar a baliza de Mendy. Ambas as equipas ainda podiam ter chegado ao segundo golo em lances de contra-ataque, mas o jogo chegaria ao intervalo com a igualdade a uma bola, fruto de um primeiro tempo bastante animado.

    Contudo, a segunda parte não correspondeu às expetativas da primeira e acabou por ser mais fraca, lenta, apática e desinteressante. O ritmo de jogo mais pausado e as disputas de bola no meio-campo foram reveladores disso mesmo e nem as substituições a meio do segundo tempo conseguiram contrariar essa indefinição das duas equipas. Os ajustes táticos chegaram tarde e o resultado não sofreu qualquer alteração, deixando tudo em aberto para a segunda mão em Stamford Bridge. Assim, Zinédine Zidane continua sem conseguir derrotar Thomas Tuchel e o Real Madrid sem vencer o Chelsea, algo que os Merengues procurarão quebrar em Londres na disputa de um lugar na final da Liga dos Campeões.

     

    A FIGURA

    Éder Militão – É certo que a entrada do Real Madrid no jogo não foi a melhor e a muito se deveu a descoordenação entre os elementos da defesa, mas Éder Militão revelou ser a unidade mais segura do setor. O brasileiro foi preponderante ao aliviar vários lances de perigo e a fazer a mancha aos oponentes mais ofensivos. Além disso, acaba por estar envolvido na assistência do golo de empate, com um cabeceamento crucial para que Benzema rematasse logo a seguir.

     

    O FORA DE JOGO

    Segunda parte – A primeira teve golos, a segunda não teve. A primeira teve grandes oportunidades, a segunda não teve. A primeira teve ritmo e nota artística e a segunda…não teve. O futebol praticado de parte a parte foi pouco fluído e a bola só se aproximava verdadeiramente da baliza nos lances de bolas paradas. Não que as equipas tenham jogado para o empate, mas também não apresentaram dinâmicas para mais do que aquilo que ofereceu o primeiro tempo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – REAL MADRID CF

    Zinédine Zidane optou por regressar ao esquema de três centrais e chamar novamente Marcelo para o onze, promovendo ainda mais duas alterações na equipa inicial em relação ao nulo diante do Real Betis: Toni Kroos ocupou o lugar de Isco e Vinícius Junior rendeu Rodrygo na frente de ataque.

    A jogar em 3-5-2, os merengues sentiram muitas dificuldades nos primeiros minutos do encontro, tanto a encontrar espaço para chegar à baliza contrária, como para suster as investidas ofensivas do adversário. Aliás, defensivamente, foram notórios os desequilíbrios pelas alas e no corredor central quando as bolas eram colocadas em profundidade. Após o golo inaugural, o Real Madrid conseguiu equilibrar a partida, com as linhas mais altas e compactas, embora com uma ou outra descoordenação pelo meio. Ainda assim, não foi fácil entrar na teia montada pelos londrinos, nem mesmo na segunda parte, onde o Real passou a jogar em 4-3-3 nos últimos quinze minutos, mas sem criar grandes problemas.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Thibaut Courtois (7)

    Éder Militão (8)

    Raphaël Varane (7)

    Nacho Fernández (5)

    Daniel Carvajal (6)

    Marcelo (5)

    Casemiro (6)

    Luka Modric (7)

    Toni Kroos (6)

    Vinícius Junior (5)

    Karim Benzema (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Eden Hazard (6)

    Álvaro Odriozola (5)

    Marco Asensio (5)

    Rodrygo (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC

    Thomas Tuchel repetiu exatamente o mesmo onze que derrotou o West Ham United FC na passada jornada da Premier League, destacando-se novamente a aposta num trio de centrais composto por Antonio Rüdiger, Thiago Silva e Andreas Christensen.

    Disposto no já habitual 3-4-2-1, o Chelsea entrou na partida fiel à sua filosofia de jogo e isso ficou bem patente logo a abrir. Além da forte pressão ofensiva, os blues revelaram ser criteriosos nas saídas para o ataque, tanto a partir de trás, como nos contra-ataques rápidos, provocando muitas dificuldades ao setor defensivo adversário. Jorginho e N’Golo Kanté encheram as medidas do campo e foram preponderantes nos processos da equipa durante todo o encontro, principalmente na ligação entre setores. Na altura de defender, o Chelsea soube fechar bem, muitas vezes com uma linha de cinco (com os dois laterais a descerem no terreno), mas nunca abdicando da saída rápida.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Edouard Mendy (6)

    Antonio Rüdiger (7)

    Thiago Silva (6)

    Andreas Christensen (6)

    Ben Chilwell (7)

    César Azpilicueta (6)

    Jorginho (7)

    N’Golo Kanté (7)

    Mason Mount (7)

    Christian Pulisic (8)

    Timo Werner (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Kai Havertz (6)

    Hakim Ziyech (6)

    Reece James (5)

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.