Athletic Club 1-0 FC Barcelona: Sofrimento recompensado com toque dramático

    A CRÓNICA – ATHLETIC RESISTENTE FRENTE A UM FC BARCELONA SUPERIOR

    O Athletic de Bilbau qualificou-se para as meias finais da Taça do Rei, num encontro em que o FC Barcelona foi superior. Os bascos acabaram por ver recompensado o seu enorme esforço, e concretizaram uma surpresa no Estádio San Mamés. No começo da partida, existiu um grande equilíbrio entre as duas equipas, com o Barcelona a assumir o controlo do encontro ao longo que o tempo ia passando e a instalar-se no meio campo adversário. Na segunda parte o mesmo aconteceu. Nos primeiros 45’, o Athletic limitou-se a pressionar bastante a equipa da Catalunha e a construir contra-ataques que levavam perigo, mas sem efetuar nenhum remate à baliza de ter Stegen. O Barcelona acabou a primeira parte com 67% de posse de bola, mas com o mesmo total de remates que o Athletic de Bilbau.

    Na segunda parte o Barcelona apresentou-se mais dinâmico e o objetivo, muito devido à entrada de Antoine Griezmann e também ao posicionamento de Frenkie de Jong, que se instalou entre os defesas adversários. Com o baixar das linhas defensivas do Athletic, o Barcelona tornou-se ainda mais ofensivo, o que obrigou Unai Simón a efetuar um bom conjunto de intervenções. Quando já se esperava o prolongamento, aos 93’ Ibai Gómez, que estava em campo há 4 minutos, efetuou um excelente cruzamento do lado direito do ataque do Athletic, ao qual Iñaki respondeu afirmativamente. Fica a ideia de que ter Stegen podia ter feito melhor na abordagem ao lance. Apesar da superioridade do Barcelona, o Athletic venceu com um “golpe de teatro”. Ao longo que a partida se encaminhava para o fim, o golo dos catalães parecia inevitável, mas a equipa da casa não desistiu e acabou por ser premiada com um golo ao “cair do pano”.

    A FIGURA

    Fonte: Athletic Cluc

    Iñaki Williams – O avançado espanhol não realizou uma exibição brilhante, mas o seu esforço foi recompensado com o golo que decidiu a eliminatória. Foi a “peça-chave” na excelente pressão do Athletic que causou dificuldades ao adversário, e acabou o jogo completamente esgotado.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: FC Barcelona

    Marc-André ter Stegen – O guarda redes alemão fez uma exibição fraca e cometeu um conjunto de erros que poderiam ter prejudicado a sua equipa ainda mais. Podia ter feito uma melhor leitura do lance do golo do Athletic, e transmitiu insegurança aos seus companheiros na construção de jogo, tendo errado alguns passes comprometedores.

     

    ANÁLISE TÁTICA- ATHLETIC CLUB

    O Athletic apresentou uma formação tática de 3-4-3 a atacar, e 5-3-2 a defender. Esquema de três centrais bastante dinâmico, com os dois alas bastante abertos no corredor e avançados no terreno. A equipa basca pressionou bastante a saída de bola do adversário, com o posicionamento de Iñaki, Muniaín e Raúl García a ser essencial para o sucesso desta tática. Criou dificuldades principalmente a ter Stegen, que errou alguns passes que poderiam ter um desfecho desagradável para o guarda-redes alemão.

    No decorrer da segunda parte a fadiga dos jogadores do Athletic fez-se sentir, e os bascos foram recuando cada vez mais no terreno a defender. O jogo acabou por ser decidido num lance de ataque organizado dos bascos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Unai Simón (8)

    Ander Capa (6)

    Yeray Álvarez (6)

    Unai Núñez (7)

    Iñigo Martínez (7)

    Yuri Berchiche (6)

    Mikel Vesga (5)

    Dani García (6)

    Raúl García (6)

    Iker Muniaín (6)

    Iñaki Williams (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Mikel San José (6)

    Aritz Aduriz (5)

    Ibai Gómez (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA- FC BARCELONA

    Organizado num esquema tático de 4-3-3, Quique Setién apostou em Messi no corredor central como “falso 9”, apoiado nas alas por Sergi Roberto e Ansu Fati. No decorrer da partida, Messi foi obrigado a recuar no terreno de jogo para apoiar na construção atacante devido à alta pressão do Athletic.

    No segundo tempo, o Barcelona procurou uma construção de jogo mais objetiva, jogando um futebol mais dinâmico, contrastando com a posse de bola ineficaz da primeira parte. Perante o recuo de Messi, no segundo tempo, De Jong apareceu regularmente em zonas de finalização, desempenhando a função de “falso 9”. Os movimentos interiores de Griezmann foram importantes para um melhor desempenho ofensivo dos catalães no segundo tempo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marc-André ter Stegen (4)

    Nélson Semedo (6)

    Gerard Piqué (6)

    Clément Lenglet (6)

    Jordi Alba (6)

    Sergio Busquets (7)

    Frenkie De Jong (7)

    Ivan Rakitic (5)

    Sergi Roberto (6)

    Lionel Messi (7)

    Ansu Fati (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Antoine Griezmann (6)

    Arthur Melo (6)

    Samuel Umtiti (-)

    Foto de Capa: Athletic Club

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    Diogo Mimoso Ferreira
    Diogo Mimoso Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto desde muito jovem de bom futebol disputado dentro das 4 linhas, desde o Tiki-taka ao catenaccio. Saiu do litoral e estuda na Beira interior, tentando cumprir o seu sonho desde criança: Comentar e analisar futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.