Pichichis & Taconazos #2: Gerard Moreno, o anti-craque

    O “Pichichis & Taconazos” é um espaço dedicado à LaLiga, um campeonato pelo qual Pedro Castelo se apaixonou.

    O penteado é simples, os dentes da frente são desalinhados e não há tatuagens à vista. Ao primeiro olhar tem pouca coisa de craque, mas felizmente ainda há exemplos em que o que conta é, efetivamente, o futebol jogado.

    Durante o mês em que Gerard Moreno esteve ausente por lesão, Unai Emery quis passar uma mensagem em que negava que a equipa estivesse dependente do avançado. Percebo que um treinador não queira assumir isso, mas quando há um jogador desta dimensão numa equipa como o Villarreal não há outra volta a dar. Moreno marca, Moreno assiste, Moreno joga e faz jogar e é daqueles que consegue fazer com que os colegas pareçam ainda melhores.

    Na última semana falou-se do interesse cada vez maior do Atlético de Madrid no internacional espanhol, curiosamente a coincidir com mais uma mostra de toda a sua qualidade. Fez o primeiro hat-trick da carreira e num dos golos brindou-nos com uma receção orientada que só os predestinados podem executar e picou a bola sobre o guarda-redes contrário. Esta época só vem confirmar o que já pensava de Gerard Moreno: pode jogar em qualquer equipa e seria um reforço de luxo para qualquer candidato ao título em Espanha. Já bateu o recorde pessoal de golo numa edição da LaLiga, leva 19, e ainda faltam nove jornadas.

    Depois da crónica da semana passada, ver Rafa Mir maravilhar-nos com o lance que resultou no segundo golo do Huesca em casa do Levante fez do autor destas linhas um cronista orgulhoso. Claro que nem sempre será assim, mas o jogo que “El Diablo” fez só veio confirmar a ideia que já tinha: é um craque e tem futebol para jogar em equipas com outras ambições. Até lá, vai continuar a reforçar a esperança do Huesca em conseguir manter-se na LaLiga. Ele e Pacheta, que está a fazer um excelente trabalho.

    Ainda nesta luta pela manutenção, o Alavés fez mais uma vítima. Agora foi Abelardo que deixou o comando técnico dos bascos, depois de ter chegado para substituir Pablo Machín. Vê-lo de mãos na cabeça quando aos 20 minutos perdia por 3-0 com o Celta já deixava antever este desfecho.

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