AC Milan 1-2 Real Bétis Balompié: Lo Celso deixou Milão de pernas para o ar

    Os grandes jogos europeus também acontecem à quinta-feira, na UEFA Europa League. Em jogo a contar para o grupo F da competição, os italianos do AC Milan receberam os espanhóis do Real Bétis Balompié. Em San Siro, a equipa andaluza levou melhor os milaneses e já se encontra em primeiro lugar do grupo, ao vencer o jogo por 1-2. Olympiakos, com três pontos, e Dudelange, com zero, também fazem parte deste grupo. À mesma hora, os gregos tinham batido o conjunto do Luxemburgo por 0-2.

    Ambas as equipas entravam na partida vindas de uma derrota no jogo anterior. O Bétis tinha perdido em casa a um golo com o Valladolid para a LaLiga, resultado também consentido pelo AC Milan frente ao rival Inter de Milão, na Serie A.

    O momento do primeiro golo do Bétis, que deixou o AC Milan de pernas para o ar
    Fonte: UEFA Europa League

    O Bétis foi quem se destacou no primeiro tempo.  A jogar num esquema aproximado ao 3-5-2, a projeção de jogadas para laterais era letal para criar perigo na baliza do AC Milan, que também deixou os espanhóis progredir muito à vontade pelo campo e mostrou algumas faltas de atenção em repor a bola em jogo.

    Até que aos 30 minutos, Canales lança a bola longa do meio campo do Bétis para o flanco esquerdo, ocupado pelo o número 20, Junior Firpo. O espanhol domina e passa logo para Lo Celso, o argentino consegue contornar Zapata, com alguma atrapalhação do defesa do Milan, já dentro de área, e passa para o meio da pequena área, onde estava Sanabria para encostar. O outro central da equipa italiana, Romagnoli, podia ter feito melhor para travar o 0-1. Antes do final da primeira parte, o Bétis bem pode agradecer a Mandi para o AC Milan não ter chegado ao empate, com Gonzalo Higuaín a aparecer isolado na área adversária e já ter contornado o guarda-redes Pau Lopéz. O central argentino faz um corte mesmo antes de ‘Pipita’ rematar.

    Apesar do susto, o Bétis foi quem continuou a controlar a partida em San Siro. Os andaluzes pareciam ter sempre espaço no meio campo para começar uma jogada, quer em passes curtos ou longos. No eixo, Lo Celso e Canales catapultavam os extremos. O lado esquerdo era o favorito, onde estava Junior Firpo. À direita, era Barragán. O português William Carvalho era, logicamente, o elo de ligação do meio campo com a defesa.

    O momento da noite em Milão chega ao minuto 54. Ainda fora de área, Lo Celso faz um remate colocado, sem hipóteses de defesa para Pepe Reina, apesar da bola dar a noção que ia lentamente para o fundo das redes. O golo do 0-2 para o Bétis é para ver e rever em baixo:

    O AC Milan tentou responder à desvantagem, e quase da mesma forma que Lo Celso, com um remate potente de pé esquerdo por Castillejo – também fora de área – ao ferro, à passagem do minuto 72. Dez minutos depois, os italianos reduzem a desvantagem com o extremo espanhol a passar rasteiro da direita para o meio da grande área e Cutrone encostar (1-2). Estava reservado um final de partida fervoroso, mas o Bétis conseguiu controlar a posse de bola de forma muito inteligente, jogando com o cérebro dos adversários ao ponto do mesmo Castillejo ser expulso, com um cartão vermelho direto, nos minutos de compensação, após rasteirar por trás Lo Celso.

    Com este resultado, o Bétis é o líder do grupo F da Liga Europa, com sete pontos; o AC Milan é segundo, com menos um ponto; o Olympiakos está em terceiro, com quatro pontos; e o Dudelange encontra-se em último, sem qualquer ponto. A luta pelo primeiro lugar continua em aberto, mas uma vitória do Bétis, na próxima jornada, em casa, frente aos italianos, pode ditar o apuramento dos andaluzes para os 16 avos de final da competição.

    Onzes iniciais:

    AC Milan – Pepe Reina; Calabria, Zapata, Romagnoli e Laxalt; Bakayoko, Biglia e Bonaventura; Castillejo, Borini e Higuain

    Real Bétis Balompié – Pau Lopéz; Mandi, Barta e Sidnei; Barragán, William Carvalho, Junior, Lo Celso e Sergio Canales; Sergio León e Sanabria

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    Francisco Correia
    Francisco Correiahttp://www.bolanarede.pt
    Desde os galácticos do Real Madrid, do grandioso Barcelona de Rijkaard e Guardiola, e ainda a conquista da Liga dos Campeões do Porto de Mourinho em 2004, o Francisco tem o talento de meter bola em tudo o que é conversa, apesar de saber que há muitas mais coisas que importam. As ligas inglesa e alemã são as suas predilectas, mas a sua paixão pelo futebol português ainda é desmedida a par com a rádio. Tem também um Mestrado em Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.