AS Jeunesse Esch 0-1 Vitória SC: Vantagem que peca por escassa contra um “autocarro”

    A superioridade da equipa portuguesa foi tal, que qualquer outro resultado que não a vitória do Vitória – passo a redundância – seria injusto. A falta de eficácia dos atacantes (especialmente de Guedes, que só teve uma oportunidade clara) e o azar – há que dizê-lo –, quase faziam com que esta modesta equipa luxemburguesa pudesse levar um resultado positivo para o D. Afonso Henriques. O melhor em campo, Joseph, resolveu aos 90+3 minutos de jogo, numa altura em que a táctica já passava mais por despejar bolas na área.

    Numa primeira parte onde já se adivinhava um domínio total vimaranense, foi precisamente isso que aconteceu. A jogar num 4-2-3-1 quando atacava, que se transformava num 4-3-3 quando defendia – a variante que se alterava era João Carlos Teixeira, 10 a atacar e “8,5” a defender – o Vitória teve pelo menos cinco oportunidades claras para colocar o esférico no fundo das redes de Sommer, o melhor em campo no primeiro tempo.

    Curiosamente, com os defesas a causarem mais perigo, “Pedrão” Henrique cabeceou ao poste a meio da primeira parte, Tapsoba (o outro central da equipa da cidade berço) falhou duas chances em frente à baliza e Rafa, aos 23 minutos, falhou quando o guarda-redes já nem estava na sua posição, com um remate fraco de meia-distância. Na reta final dos primeiros 45 minutos, o Vitória Sport Clube pressionou mais e aí já foram Davidson e João Carlos Teixeira (por duas vezes) a permitirem boas intervenções do guardião francês de 29 anos.

    Já na segunda parte, onde a qualidade vitoriana não foi tão exuberante, ainda se contaram quatro “falhanços” evidentes. Pêpê entrou e dinamizou um pouco o estado de coisas, mas nunca com eficácia. O mais inconformado ia sendo Joseph, que para além de equilibrar a equipa, ainda fazia autênticas “cavalgadas” para o ataque, sempre com perigo. A partir dos 65 minutos, o discernimento começou a faltar em ambos os lados e a qualidade futebolística é que sofreu. A quebra física, normal da altura do ano, o calor intenso (na altura que começou o jogo estavam 38 graus na cidade luxemburguesa) e a má qualidade do relvado condicionaram uma exibição que podia ter sido mais brilhante, embora segura.

    O Jeunesse, durante o jogo todo, limitou-se a ver a jogar e a defender, com tentativas tímidas de contra-ataque, facilmente controladas pela organização defensiva vimaranense. Para se ter uma noção, a primeira (e única) oportunidade de golo do conjunto que terminou em 3º lugar no Campeonato do Luxemburgo em 2018/19, aconteceu na sequência de uma bola parada no início da segunda parte.
    Um “autocarro” a quem o Vitória SC conseguiu furar os pneus já no final da partida. O melhor em campo, Joseph, resolveu aos 93 minutos de jogo, na sequência de um cruzamento em forma de “despejo” da bola na área. Davidson ganhou nas alturas e assistiu o médio ganês, que isolado bateu facilmente o guarda-redes Sommer.

    A segunda mão joga-se em Guimarães, a 1 de Agosto (próxima quinta-feira), e face à diferença de qualidade evidenciada nesta primeira mão, diria que só uma hecatombe tira aos minhotos a qualificação para a próxima pré-eliminatória da Liga Europa.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    AS Jeunesse Esch: Kevin Sommer, Alessandro Fiorani, Johannes Steinbach, Medy Meddour, Emmanuel Lapierre, Sogbo Kouame, Milos Todorovic, Arsene Menessou, David Soares (70′, Yannick Makota), Almir Klica (78′, Arslan Mehmet) e Luca Duriatti.

    Vitória Sport Clube: Miguel Silva, Victor García, Pedro Henrique, Tapsoba, Rafa Soares, Joseph Amoah, Al Musrati (87′, Mikel Agu), João Carlos Teixeira (62′, “Pêpê” Rodrigues), Rochinha (84′, João Correia), Guedes e Davidson.

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    Carlos Ribeiro
    Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.