Olympiakos FC 1-1 Wolverhampton Wanderers FC: Equipa de NES confirma favoritismo

    A CRÓNICA: ENTRE GREGOS E INGLESES, O PROTAGONISMO É DOS PORTUGUESES

    O Olympiacos FC recebeu no Pireu o Wolverhampton Wanderers FC (vulgarmente conhecido por Wolves), em jogo a contar para a primeira mão dos 16 avos da Liga Europa, num jogo marcado por várias condicionantes, nomeadamente o facto de ser um jogo à porta fechada e com o plantel da equipa Grega a passar uma semana complicada após descobrir que o Presidente do clube acusou positivo no teste do vírus Covid-19. Um jogo marcado pela forte armada Portuguesa, não só no que aos treinadores diz respeito, mas também com vários jogadores Lusos a figurar do banco de suplentes e 11 inicial das duas equipas (ao todo jogaram 9).

    Numa partida que acabou por desiludir, dada a intensidade baixa com que foi disputada, os jogadores sentiram claramente a falta da sua massa adepta. Depois de uma entrada forte da equipa da casa, com marcações agressivas e a condicionar as saídas do adversário, a expulsão de Rúben Semedo ao minuto 29, acabou por alterar o rumo de jogo, com a equipa inglesa a assumir uma maior posse de bola até ao intervalo. Ainda assim, um jogo que se manteve num ritmo baixo e sem grandes oportunidades, ora porque o Olympiakos reduzido a 10 não poderia “entusiasmar-se” nas saídas ofensivas, ora porque os espaços eram muito reduzidos para o Wolves explorar as arrancadas dos 3 rápidos avançados com que normalmente alinha.

    Na segunda parte, mérito para a equipa de Pedro Martins que mesmo com 10 jogadores conseguiu adiantar-se no marcador através de uma bela jogada de contra-ataque, finalizada por El Arabi (o carrasco do Arsenal!). A equipa grega soube preservar a posse de bola, mostrou coesão, capacidade de sofrimento e de entreajuda, mas acabou traída por um livre do Português Pedro Neto, que com a ajuda de um desvio na barreira bateu o guarda-redes José Sá.

    O jogo manteve-se morno até ao final e o Wolves acaba por confirmar o favoritismo trazendo um resultado positivo para Inglaterra, mas sem o brilhantismo esperado, uma vez que fica claramente a sensação que apesar do resultado se ajustar ao desempenho das equipas, um Olympiakos com 11 jogadores poderia ter conseguido ganhar vantagem na eliminatória. A equipa Grega teve o mérito de anular a perigosa frente de ataque dos Lobos de Nuno Espírito Santo.

     

    A FIGURA

    Fonte: Olympiakos FC

    Mady Camara – O médio da Guiné Conacri foi uma dor de cabeça constante para o adversário, com arrancadas que foram deixando os médios e defesas do Wolves em sentido. Camara apareceu na direita, apareceu na esquerda, no centro, correu, lutou, dava a sensação que estava em todo o lado. Menção honrosa para Guilherme e El Arabi.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Olympiacos FC

    Rúben Semedo – Podiam ser um dos avançados do Wolves a merecer a referência, mas um jogador que é expulso antes da meia hora de jogo (com uma abordagem péssima ao lance com Diogo Jota) acaba por condicionar bastante a estratégia da equipa para a partida. Felizmente os seus companheiros souberam dar conta do recado, mas a expulsão de Semedo, não fosse o modo “contenção” da equipa Inglesa, poderia ter resultado em descalabro para os Gregos. Uma pena já que Ruben Semedo tem estado em grande nível e tinha tudo para ser um dos destaques do jogo. Depois da sua expulsão, o Wolves controlou o jogo uma vez que estava em vantagem numérica:

     

    ANÁLISE TÁTICA – OLYMPIAKOS FC

    Pedro Martins apostou no 11 que lhe permitia conservar melhor a posse de bola, com um tridente ofensivo interessante composto por Valbuena, Masouras e El Arabi. Optou pela sua habitual estrutura em 4-3-3 com Guilherme a assumir a batuta do jogo. A expulsão do central Português acabou por ditar que a equipa do Olympiakos acabasse o jogo com estatísticas em todos os campos inferiores ao adversário, ainda que a posse de bola se tenha fixado nos 49%, um dado bastante interessante para uma equipa em inferioridade numérica. Atacou menos, mas atacou com mais critério.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    José Sá (6)

    Elabdellaoui (6)

    Ruben Semedo (3)

    Ousseynou Ba (6)

    Tsimikas (6)

    Guilherme (7)

    Mady Camara (8)

    Bouchalakis (6)

    Masouras (6)

    Youssef El Arabi (7)

    Valbuena (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Abou Cisse (6)

    Fourtounis (4)

    Bruno Gaspar (3)

     

     

    ANÁLISE TÁTICA – WOLVES

    O Wolves, liderado por Nuno Espírito Santo, apresentou-se o seu habitual 3-4-3, sendo uma equipa que passou a maior parte do tempo a procurar ingloriamente encontrar espaço para os seus avançados explorarem. Só conseguiu lá chegar de bola parada. Jimenez espalha a classe habitual, mas desta vez de forma um pouco inconsequente. Traoré e Jota bastante abaixo daquilo que já mostraram. É provável que os Gregos encontrem mais dificuldades no Molineux (seja lá quando for o jogo…), mas claramente NES sabe que tem de gerir a parte física, uma vez que o Wolves ainda alimenta a esperança de uma qualificação para a Champions. Se jogarem o que sabem e levarem a competição a sério, são na minha opinião uma das equipas favoritas à conquista do troféu.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rui Patrício (6)

    Willy Boly (6)

    Conor Coady (7)

    Romain Saiss (6)

    Doherty (5)

    Ruben Neves (6)

    João Moutinho (7)

    Ruben Vinagre (6)

    Traoré (5)

    Diogo Jota (6)

    Raul Jimenez (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Pedro Neto (7)

    Podence (3)

    Dendoncker (2)

     

     

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