O Atlético Madrid é o novo vencedor da Liga Europa! A equipa de Simeone (que não esteve no banco devido a castigo) marcou no primeiro remate que fez e construiu a sua vantagem em redor dessa vantagem, acabando por ser um vencedor justo.
Para o jogo mais importante da época, os treinadores apresentaram os seus onzes mais fortes, destacando-se apenas a titularidade de Anguissa em detrimento de Maxime Lopez, na equipa francesa. Nota ainda para a presença do português Rolando – herói da meia-final- no banco de suplentes.
A jogar no seu país, mas em casa de um dos seus maiores rivais, o Marselha entrou a todo o gás e logo aos quatro minutos podia ter inaugurado o marcador, depois de uma grande jogada de contra-ataque, Payet isolou Germain com um passe delicioso, mas este, no cara-a-cara com Oblak, atirou por cima. Ainda nos primeiros dez minutos, mais dois remates da equipa do sul de França, ambos sem perigo.
No entanto, quem não marca sofre e pouco depois dos vinte minutos, um erro na construção defensiva do Marselha isolou o inevitável Griezmann que na cara de Mandanda não desperdiçou. Primeiro remate, primeiro golo, eficácia e frieza madrilena ao mais alto nível.
Um mal nunca vem só e, à meia hora, nova adversidade para os marselheses com Dimitry Payet a sair em lágrimas devido a lesão (desta vez foi Payet a sair lesionado numa final…).
Os comandados por Rudy Garcia acusaram o golo e, simultaneamente, o Atletico sentia-se mais confortável, o que fez com que a partida chegasse ao intervalo sem mais oportunidades dignas de registo.
A segunda parte, contrariamente à primeira, começou com um Atletico muito forte, que tratou logo de registar essa superioridade no marcador: com apenas quatro minutos jogados, Griezmann, novamente na cara de Mandanda, voltou a fazer o gosto ao pé, desta vez picando a bola por cima do guardião francês para o segundo da noite. Nos minutos seguintes, mais duas oportunidades para os colchoneros: primeiro num desvio involuntário de Rami que quase dava autogolo, depois num cabeceamento perigosíssimo de Godín.
O vencedor estava praticamente encontrado, uma vez que este Atletico apanhado em vantagem raramente se deixa surpreender, tendo uma defesa muito rígida e uma equipa muito madura que sabe gerir a vantagem.
À entrada dos últimos dez minutos, resposta ténue dos franceses, primeiro num cabeceamento impressionante de Mitroglou ao poste (Oblak estava batido) e pouco depois numa bomba de Amavi para defesa do esloveno.
Mesmo a fechar, e já com os comandados de Rudy Garcia balanceados para a frente, Gabi rematou cruzado para o último golo da noite, para gáudio dos milhares de adeptos colchoneros nas bancadas do Stade de Lyon.
Vitória indiscutível da melhor equipa em campo e a mais forte da competição. O Marselha até entrou melhor e podia ter inaugurado o marcador, mas a eficácia dos espanhóis permitiu o controlo do jogo e do resultado. Direi que o momento chave foi a lesão de Payet, que vinha sendo o jogador mais influente dos franceses. A equipa ficou refém do camisa 10 e foi totalmente dominada pelos comandados de Simeone no segundo tempo. Ainda assim, o Marselha tem que estar orgulhoso do seu percurso na competição, caindo apenas aos pés do candidato mais forte.
Haverá festa rija nas ruas de Madrid! Aúpa Atleti!